domingo, 27 de março de 2011

Um agradecimento. O Tarô Visconti-Sforza

Olá pessoal. Ganhei um presente, anteontem; apesar de querer compartilhar com vocês imediatamente, realmente precisei de um tempo para conseguir falar a respeito, pois fui pego de surpresa. A Marília fez a gentileza de me aplicar um dos maiores sustos da minha vida, dando-me de presente o Pamela Colman Smith Commemorative Set e o Visconti-Sforza Tarot Deck, ambos da US Games Systems. Do primeiro falaremos posteriormente; concentremo-nos no segundo.


Conforme a Wikipédia, "O nome "Tarô Visconti-Sforza" é usado para se referir coletivamente aos conjuntos incompletos de aproximadamente 15 baralhos, agora localizados em vários museus, bibliotecas e coleções particulares em todo o mundo. Nenhum baralho completo tem sobrevivido, mas sim, algumas coleções possuem algumas cartas, enquanto outras possuem uma única carta." O Tarot Visconti-Sforza chegou-nos parcialmente completo, a despeito dos seus quase seis séculos de existência - foi produzido em meados do século XV. A edição da US Games Systems recebe também o nome de Pierpoint Morgam-Bergano, em função do local onde se encontram o maior número de suas cartas - 35 de suas cartas estão hoje na biblioteca-museu Pierpont Morgan, em Nova York enquanto as demais estão em duas instituições na Itália
Das 78 originais, sobreviveram 74(!), sendo que as perdidas foram o Diabo, a Torre, o Cavaleiro de Ouros e o Três de Espadas. Algumas cartas também aparentam ter sido adicionadas a posteriori.


Há também uma restauração proposta pela Lo Scarabeo. Contudo, o restauro do Diabo é criticado por não corresponder à estética da obra como um todo.
Eu ganhei o primeiro. Olha a carinha da criança ao recebê-lo:



Felicidade pouca é bobagem.

Abraços a todos.


P.S.: Em função da leitura do livretinho que o acompanha, da autoria de Stuart R. Kaplan, atualizei a postagem sobre a organização do baralho de Tarot.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Blogagem Coletiva: Ano Novo Astrológico de Mercúrio


Olá pessoal. Proponho para essa blogagem um texto meu publicado no Clube do Tarô. Espero que gostem!
Abraços a todos.

Blogagem Coletiva: Os Arcanos e a linha do tempo


Instantes marcantes e Arcanos que recriam seus momentos e memórias, essa é nossa pauta agora.
Na trilha do livro da vida há um ou mais de um Arcano que registrou ou irá registrar suas experiências e vivências, nosso convite é tecer com você esse percurso, identificando esses Arcanos e a essência que eles guardam da sua linha do tempo. Afinal lidar com eles é um infinito exercício de aprendizagem e reflexão, lembrar do nosso passado mediante eles é exercitar de fato as lições que eles carregam.


Poxa... É difícil precisar os Arcanos na minha infância, já que o início foi com meu baralho comum e eles me são mais vívidos. Lembro do Valete de Copas do baralho Royal da minha avó, um baralho lindo, que, infelizmente, hoje se encontra quebrado e incompleto pelo uso (eis o problema, entre outros, das cartas de plástico).Lembro que eu assistia She-Ra só para ver o Arqueiro, que me lembrava a bendita carta! 






Eu sei que foi nessa fase que eu comecei a fazer meus castelinhos de cartas. Aproveitava que no bar do seu Joaquim, perto de casa, tinha um truco "nervoso", e que eles dispensavam muitos baralhos, para fazer meus castelinhos com os Oitos, Noves e Dez dispensados aos montes, e, de quando em vez, uma ou outra Carta da Corte para morar dentro dos castelos que eu fazia. E aí... Eu observava a carta, detalhadamente, buscando entender sua personalidade, o que a levaria a defender seu espaço... Um comecinho bem bacana de interpretação! Isso eu deveria ter uns sete anos.



Nessa época também ganhei o meu primeiro baralho, um Sete Belo (inclusive, alguém já comeu a balinha Sete Belo? É tão gostosa! E difícil de achar, igual bala de Coca Cola). Eu dormia com meu baralho debaixo do travesseiro. Pra quê urso de pelúcia?



Aos dez, com um pouco de esforço e muita persuasão, convenci a minha avó a me ensinar a dispor as cartas. Sem muita convicção, mas de forma extremamente didática como só as avós sabem fazer (principalmente as que possuem o Julgamento e a Sacerdotisa como Regentes), ela me explicou os primeiros passos na Arte. E cá o Louco se torna Mago sob responsabilidade da Sacerdotisa... e a coisa fica bonita! 



Acho que depois disso, pulei direto para o Diabo, quando recebi minha primeira consulta de Tarô. "Nunca mais quero saber disso", pensei comigo. Ledo engano, fatalmente demonstrado pela leitura de As Brumas de Avalon. Lá estava eu às voltas com meu velho Marselha, de segunda mão, mas de primeira linha. 
Foi essa também a época da minha Dedicação.
Ganhei, nessa época, de uma tia, como pagamento de uma consulta, o Tarô dos Anjos, da Monica Buonfiglio. Eu queria o Adivinhatório... Mas há uma ordem e ela faz sentido; ele viria alguns anos depois.



Nisso, fiz o Curso de Petit Lenormand, na época Tarô Cigano. Uma Aliança perfeita com ele se estabeleceu desde então, e vem se mostrando válida e perfeita até hoje.



Universidade... Fase Torre (troque o 't" por um "p", na maior parte das vezes, nos três primeiros períodos) da minha vida. Acidentes, crises, lutas e quedas. FUNDAMENTAIS.



Nessa época conheci o professor, orientador e amigo (in memorian) Dr. Ivan Antonio de Almeida. Ele havia aparecido nas minhas cartas, mais de uma vez, como o Rei de Ouros. E foi mesmo um senhor do mundo material para mim, oferecendo bibliografia e me presenteando com o Thoth Tarot.  




Outra fase interessante foi a de escrita de blogs. Encontrar pessoas que pensavam de forma semelhante, ou mesmo de forma diametralmente oposta, sobre os mesmos interesses. Todas as Estrelas são Sóis. E eu aprendi um pouco mais sobre o Ritmo das coisas.
E cá estamos. Numa linha do tempo de diversos baralhos intercambiando informações. 
Abraços a todos.
Em tempo: acaba que essa blogagem foi uma espécie de terapia biográfica... Se/me encontrar nas memórias das cartas.


domingo, 20 de março de 2011

Curso de Petit Lenormand. O Chá Cigano.

Olá pessoal. O Curso foi um sucesso! Muito bacana a interação entre as pessoas, e destas com o Petit Lenormand. Me diverti e celebrei muito!
Durante a tarde, tomamos um chá cigano, delicioso. Mas isso merece uma explicação...
Tente procurar sobre "chá cigano" no Google. Existem repetições de receitas, mas não uma receita. Então, decidi criar uma!  Mas primeiro, falemos do chá.


Segundo a Wikipédia, O chá é uma bebida preparada através da infusão de folhas, flores, raízes de chá, ou Camellia sinensis. Geralmente é preparada com água quente. Cada variedade adquire um sabor definido de acordo com o processamento utilizado, que pode incluir oxidação, fermentação, e o contato com outras ervas, especiarias e frutos.
"Chá de ervas" é frequentemente utilizado para designar todas as infusões feitas a partir de diferentes partes de plantas (não necessariamente ervas - casca, folhas, flores, etc). Exemplos mais comuns: chá de camomila, chá de erva-cidreira, chá de tília, chá de menta, chá de limão, chá de flor de laranjeira, etc.
No entanto, essas infusões são tisanas e não rigorosamente chás, uma vez que o termo chá designa única e exclusivamente a bebida preparada através da infusão de folhas, flores ou raízes da planta Camellia sinensis.


O chá é uma bebida envolta em lendas. Segundo Osho


Tarô da Transformação. Disponível em OSHO.com.



As pálpebras de Bodhidharma e as origens do chá


Consciência vem através da sensibilidade. Você tem que se tornar mais sensível a tudo aquilo que você faz, de forma que mesmo uma coisa trivial como o chá... você pode pensar em coisa mais trivial do que chá? Você pode encontrar coisa mais comum do que chá? Não, não pode, e os mestres e monges Zen elevaram essa coisa tão comum ao ponto de torná-la extraordinária. Eles interligaram "isso" e "aquilo"... como se chá e Deus tivessem se tornado um só.
A menos que chá se torne divino você não será divino, pois o menor precisa ser elevado para o maior, o ordinário tem que ser elevado para o extraordinário, a terra precisa ser o paraíso. É preciso criar uma ponte, não pode haver nenhuma brecha.


O chá foi descoberto por Bodhidharma, o fundador do Zen. É uma bela história.
Ele esteve meditando por nove anos, olhando para uma parede. Nove anos, apenas encarando uma parede, continuamente, é natural que eventualmente ele começasse ter sono.
Ele lutou e lutou contra o seu sono – lembre-se, o sono metafísico, a inconsciência. Ele queria permanecer cônscio mesmo enquanto dormia. Ele queria manter a consciência permanentemente – a luz deveria brilhar dia e noite, por vinte e quatro horas. Eis o que dhyana é, o que meditação é: percepção.
Uma noite ele sentiu que seria impossível manter-se alerta; pois estava caindo de sono. Ele cortou suas pálpebras e as jogou fora! Agora não havia mais como fechar os olhos.
A história é linda. Para obter a visão interior, esse olhar para fora deve ser abandonado. Esse é um preço que deve ser pago. E que aconteceu depois? Após alguns dias, ele descobriu que aquelas pálpebras que ele havia jogado no chão, tinham começado a brotar novamente. Esse broto tornou-se o chá.
Eis porque quando você bebe chá, alguma coisa de Bodhidharma penetra em você e o mantém acordado. Bodhidharma estava meditando numa montanha chamada T’a, daí o nome, chá. Isso procede dessa montanha onde Bodhidharma meditou por nove anos.
Isto é uma parábola. Quando um Mestre Zen diz, “Beba uma xícara de chá,” ele está dizendo, “Prove um pouco de Bodhidharma. Não se importe com essas questões, se existe Deus ou não, quem criou o mundo, onde fica o paraíso e onde fica o inferno e qual é a teoria do Karma e da reencarnação.”
Quando o Mestre Zen diz, “Esqueça suas dúvidas e beba uma xícara de chá,” ele está dizendo: “Melhor ficar mais atento, não se prenda a essas coisas sem sentido. Nada disso irá lhe ajudar.



Outra interpretação dada por Osho

O chá é um símbolo Zen, o qual significa consciência, porque o chá torna você mais alerta, mais consciente. O chá foi inventado pelos budistas, e por séculos eles o têm usado como um auxílio à meditação. E o chá ajuda.
Conta-se que Bodhidharma estava meditando em certa montanha da China chamada ‘Ta’. De ‘Ta’ vem o nome ‘chá’. Essa montanha podia ser pronunciada como ‘Ta’ ou como ‘Chá’; é por isso que na Índia o chá é chamado ‘chai’ ou ‘chá’.
Bodhidharma estava meditando e ele era realmente um grande meditador. Gostava de meditar por dezoito horas, mas isso era difícil. Muitas vezes sentia-se sonolento, suas pálpebras fechavam-se repetidamente. Assim, ele cortou suas pálpebras e as jogou longe. Agora, não havia qualquer possibilidade de fechar os olhos.
A história é linda – aquelas pálpebras tornaram-se as primeiras sementes de chá, e uma planta nasceu delas. Com essa planta, Bodhidharma preparou o primeiro chá do mundo, e ficou admirado ao perceber que, se pegasse as folhas e as bebesse, podia permanecer alerta por períodos mais longos. Assim, por séculos, as pessoas que praticam Zen bebem chá, e o chá se tornou algo muito, muito sagrado.
E Osho nos faz esta sugestão: “Toda vez que você perceber que está agindo inconscientemente, pare. Não seja um robô. Não aja a partir do ego. Tome uma xícara de chá. Acorde – e então aja com consciência”.
As paradas que interrompem a rotina da pressa, a qual a nossa sociedade está submetida, são vitais para o restabelecimento da ordem interna e da clareza de visão. Nas pausas, adquirimos fôlego novo para seguir adiante, em condições de tomar decisões mais assertivas, com menos desgaste.


Outra lenda aponta para um Imperador como descobridor do chá.

Conta a lenda que a árvore do chá foi descoberta, no ano 2737 a.C., por acaso, quando o imperador chinês Shên Nung, mais conhecido como o “Curandeiro divino”, dava um passeio pelas suas propriedades.
O imperador pediu a determinada altura que os seus servidores lhe fervessem um pouco de água enquanto descansava à sombra de uma árvore. Foi precisamente dessa árvore que uma folha se soltou e caiu dentro da taça de água fervida. Sem reparar, o Imperador bebeu, sendo dessa forma que nasceu a primeira chávena de chá. Terá sido este imperador que criou a medicina natural ou ervanária, testando ele próprio uma enorme variedades de bebidas medicinais à base do chá.


Na verdade, o primeiro registro escrito sobre o uso do chá data do século III a.C. O tratado de Lu Yu, conhecido como o primeiro tratado sobre chá com caráter técnico, escrito no séc. VIII, durante a dinastia Tang, definiu o papel da China como responsável pela introdução do chá no mundo.


Não conheço a procedência das receitas que permeiam o espaço virtual. Mas deu para perceber algumas similitudes, que geraram a receita que repasso a vocês. Primeiro, o chá. Embora tenha encontrado receitas com chá mate, a maior parte das receitas indica o chá preto, que é o que eu utilizo, por ser mais fiel à história.


Para preparar a infusão, primeiro eu adiciono à água canela, cravo-da-índia e cardamomo. Não tenho muita medida nessa hora não, mas geralmente é um pauzinho de canela, umas 15 flores de cravo-da-índia e umas cinco sementes de cardamomo (a medida é a concha da mão, difícil precisar). Enquanto a água é aquecida, liberando a essência das especiarias (e perfumando a casa toda), pico em cubos não muito pequenos uma nectarina, duas ameixas, um pêssego, uns seis damascos secos, uma pêra, uma maçã (prefiro a argentina, para o chá). São frutas doces, relacionadas à prosperidade e à fertilidade. Vi receitas que utilizam morangos, limões (a casca), uvas, figos, caquis... 
Com a água em ponto de ebulição, desligo o fogo e adiciono uma quantidade de saquinhos de chá preto que considere suficiente; algo por volta de um saquinho para cada meio litro de água. Aguardo a infusão (dois ou três minutos é suficiente) e despejo o conteúdo sobre as frutas, já no recipiente para servir. Mais uns cinco minutos e a bebida está pronta para ser consumida.


Há quem adicione bebidas alcoolicas ao chá, como o whisky; outros há que adocem o chá com mel. Há também quem coloque as frutas para serem maceradas na xícara, individualmente, escolhendo as frutas que correspondem aos desejos de quem degustará a bebida. Eu prefiro colocar todas as frutas juntas, para obter uma homogeneidade no sabor. 
Divirtam-se com esse chá maravilhoso! Tanto para o ritual quanto para receber amigos, esse chá é uma delicia. 
Abraços a todos.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Participando do concurso Zoocanecas: Petit Lenormand

Olá pessoal. Eu não tenho a menor formação em Design, mas me meti a besta propus fazer uma arte para a caneca do Zooblog. Lendo a postagem, nem pensei muito: quantas cartas temos no Petit Lenormand que representam animais! Aí, saiu isso aqui:


A verdade é que a versão em .jpg é um presente da Valéria (responsável pelo Zooblog), já que eu criei a imagem em Word (sim, acreditem; eu faço quase tudo em Word, menos fritar bolinho.) Obrigado, Valéria!
Bem pessoal, a votação é de um júri especial, mas não custa nada vocês darem uma passada para verem a arte dos demais concorrentes!
Abraços a todos!

terça-feira, 15 de março de 2011

Blogagem coletiva: Fases da vida - Nascimento.

Olá pessoal. Me interessei enormemente pela blogagem do Publicar para Partilhar, onde passaremos, todo dia 15, pelas fases da vida. Nada melhor do que passar pelo nascimento, perto do nascimento do Ano Novo Astrológico, na entrada em 0º de Áries!


Cada blog tem a sua temática central. Nossa sugestão é que no dia 15 de Março as pessoas que desejarem participar conosco, falem sobre o NASCIMENTO, a 1a. fase da vida, misturando-o com a temática do seu blog.
Usem sua criatividade, despertem lembranças, sentimentos, seja para falar do seu nascimento, ou do seu filho, ou qualquer outro que tenha sido marcante para você. Quem sabe até de um modo genérico, sobre o que representa nascer ou renascer.


Para nós, falar de nascimento é falar de previsão. Porque, como Cartomantes, nos atemos às causas, às geradoras de efeitos. Um nascimento é o efeito de uma causa prévia, seja uma gravidez, seja uma ideia. Seja um filho, seja um neto, seja um projeto, seja uma viagem, não importa. São efeitos de uma causa primeira, dos primeiros brainstorms (ou storms em outras partes do corpo...)
Já falamos sobre gravidez no Petit Lenormand em duas postagens anteriores (aqui, falando da carta 13, e aqui, falando da 17). Eu vejo a gravidez como a soma da possibilidade da maternidade com a geração biológica de uma criança. Nem sempre os dois fatores estão juntos; nem sempre o efeito corresponde à melhor possibilidade de causa. Muitas mulheres estão psicologicamente prontas, por vezes até afoitas para tal, mas biologicamente não possuem a possibilidade de realizar seu desejo. Por outro lado, e talvez pelo lado mais triste, muitas mulheres estão biologicamente prontas, e inclusive geram um novo ser, sem estar prontas, psicologicamente falando, para serem mães. São excelentes e saudáveis genitoras; não são mães.
Mas, falando dos nascimentos no Tarot, com que cartas conversaríamos?

Creio que, fundamentalmente, com os Arcanos 0 e I. O Louco pelo Vazio e o Mago pelo Cheio. O Louco é a surpresa, o Mago o fundamento. O que nasce do Louco é surpreendente, o que nasce do Mago foi devidamente calculado e medido. Causas diferentes podem, sim, gerar um mesmo efeito. 
Não falemos propriamente dos Arcanos III e IV, para fugirmos um pouco do tema gravidez/ nascimento de criança, em seu aspecto mais direto.


Existem mais duas cartas que indicam nascimento, não necessariamente positivos: a primeira é A Morte. Estranho falar em Morte como nascimento, não é?
Mas os nascimentos não implicam em morte?
Um novo filho... Morte da vida como filho, nascimento da vida como pai/mãe.
Um novo emprego... Morte do emprego antigo/desemprego, nascimento de uma nova fase profissional.

Vênus encarna o aspecto Morte do nascer do relacionamento: Urano é castrado para que a Beleza do Amor possa nascer, da relação entre o sêmen divino e as ondas do mar.

Um@ nov@ namorad@... Morte da vida de solteir@/ fim do luto pelo antigo relacionamento, nascimento de uma nova possibilidade afetiva.
Um novo caminho espiritual... Fim de um paradigma, início de outro.
E por aí vai.


Outra carta singular é a Estrela. Porque ela representa o nascimento após a ruína (d'A Torre). Já reparou que nunca mais somos os mesmos após uma mudança de casa? Ou, quem sabe, após uma grande decepção afetiva? A diferença é que o nascimento d'A Estrela indica continuidade. Seguimento. Só o excesso se vai, fica o essencial, que se expande e multiplica em potenciais novas formas. Tal como esse blog, que nasceu do essencial que venceu todas as possibilidades excessivas de outros blogs feitos anteriormente por mim.


Há um baralho em especial, o Ancestral Path, que modificou completa e definitivamente minha forma de ver o Arcano XII: Um feto, aquele que está literal e provisoriamente entre os mundos, entre possibilidades, entre meios, e nada lhe resta a fazer, senão esperar, pois sequer seu desenvolvimento está sob seu controle. Isso não é ruim, nem bom; simplesmente é.

Abraços a todos.


 

segunda-feira, 14 de março de 2011

Quebrando paradigmas de dentro para fora.


Difícil não se emocionar, mesmo sem entender muito de balé. Por isso, para aqueles, como eu, que não entenderam de primeira, segue a versão original aqui, que recomendo ser vista antes da revolucionária versão de John Lennon da Silva.
Abraços a todos.

terça-feira, 8 de março de 2011

Dia da Mulher e a Cartomancia: o Petit Lenormand


Eu realmente pensei em não escrever nada nesse período de Carnaval. Mas não poderia pular esse dia, tão especial. Mantenho meus agradecimentos a todas as mulheres, mas hoje gostaria de explorar melhor os aspectos de cinco mulheres em especial: 07, 09, 17, 22 e 29.


No Petit Lenormand, a carta 29 representa a mulher mais importante da vida do consulente, caso este seja um homem, assim como representa a própria consulente. Mãe, filha, irmã, prima, chefe, amada, amante, esposa, namorada, noiva, avó; todas as possibilidades do feminino podem ser representadas nessa carta. Inclusive, para homens, no limite poderia representar a anima. No limite, porque esse aspecto é deveras psicológico, sutil, para uma leitura convencional com esse baralho. Normalmente essa carta representa uma pessoa encarnada neste agora, não uma projeção ou aspecto psíquico.
O grande problema na interpretação dessa carta é justamente a sua grande abrangência. São as cartas em derredor - sobretudo aquela que for aberta junto a esta - que lhe dão as características e nuances interpretativas. Logo, a atenção deve ser dada em especial a essa segunda carta, que apontará seu grau de proximidade e de simpatia pela situação atual do consulente.
O Dr. Geraldo Spacassassi e outros interpretam o fato dessa carta ser regida pelo Ás de Espadas como a representação do animus. Não concordo muito com isso, apesar de ser plausível, por uma perspectiva do naipe, não se corrobora frente as demais atribuições carta comum/naipe/imagem. Se funciona para a 29 e para a 28 (Homem/Ás de Copas/anima), deveria funcionar para as demais também. Ainda não encontrei um bom significado na Cartomancia para acompanhar essa carta.
Para as pessoas que se utilizam da Escola Brasileira, essa carta representa a energia da Cigana dona do baralho. Utilizada por mulheres para tirar a mensagem final em nome de sua Cigana. 


A Carta 07 representa a inimiga. Mal intencionada, mesmo. A intenção desta mulher é causar dano. Não sabemos se por vanglória pessoal ou por inveja, sendo que esses extremos se tocam, em última análise. Quando interpretamos nesse baralho a Rainha de Paus, estamos lidando com uma pessoa má, egoísta, vulgar, geralmente a amante ou a "periguete". Não é uma boa referência, nem por isso seria menos capaz de causar boas situações para o consulente - novamente, atente para as cartas em derredor, sobretudo a 31. Um detalhe importante é que essa carta pode atestar homossexualidade quando junto a 01, então nem sempre se trata, necessariamente, de uma mulher no sentido estrito do termo.
Tenho certeza que algumas pessoas se chocariam ao ler isso; uma carta desagradável relacionada a uma natureza sexual. Mas, já reparou o prazer que pessoas mal resolvidas sexualmente têm de causar desconforto?


A Carta 09, por sua vez, é diametralmente oposta à 07. Mostra uma mulher segura de si, de sua experiência e do seu tempo. Não precisa competir para mostrar nada, já que ela é e tem tudo o que precisa. Geralmente amiga, porém neutra - não sairá de seu ponto de equilíbrio por nenhuma situação, já que sabe que o tempo desfaz todas as possibilidades de mal entendidos. Pense da seguinte forma: assim como um ramalhete é a soma de diversas flores e formas de forma harmônica - existe até uma proposta meditativa nisso, o ikebana - a nossa vida é feita de diversas experiências que se mesclam, dando forma a nossa personalidade e aparência. Não é egoísta, mas fatalmente egocêntrica. Está no seu centro e dele não sairá por nada. Geralmente representa, por isso, uma mulher mais velha, separada, viúva, solteira ou matrona.


Já a carta 17 fala da experiência da maternidade. Geralmente é uma mulher da mesma idade do consulente. São jovens e mulheres doces, amigas, próximas. Sonhadoras, confiantes, prontas para auxiliar no que for necessário. Essa carta representa uma intervenção, de alguém ou do Destino, favorável aos planos do consulente. Aguarde o que ela lhe traz, pois geralmente são coisas muito positivas. Interessante é perceber a personalidade volúvel dessa carta: apesar de estar pronta para ajudar incondicionalmente, coloque, logo em seguida, incondicionalmente entre aspas - pois ela cobrará o favor.
Para um homem, pode representar uma doce amiga ou mesmo uma amante eventual. Com a carta 25, pode apontar aprofundamento da relação. Com a 13, gravidez.


Por último, a carta 22 representa uma mulher neutra. Uma comerciante, coquete. Essa talvez seja a carta mais difícil para alguém que estude a Escola Brasileira interpretar, pois nela essa carta faz referência a Ogum, que, até onde sei, não tem nada de feminino! (a carta 07 faz referência a Oxumaré, a 09 a Nanã Buruquê e a 17 não possui atribuição).
Essa mulher é neutra, no sentido mais amplo do termo. Não está contra o consulente, a menos que ele assim deseje. Não é bom brincar com ela. Da mesma forma como ela pode abrir possibilidades novas, ela pode fechá-las. É a mulher que diz ao chefe do consulente: "não gosto dessa pessoa", e o deixa com a pulga atrás da orelha. A política.

Bem, pessoal, diferentemente do que eu costumo fazer, dessa vez atentarei apenas ao Petit Lenormand, já que as atribuições da Cartomancia diferem das atribuições do Tarot para as mesmas cartas e naipes. Mas já temos bons temas para diagnósticos futuros.

Abraços a todos; e, especialmente hoje, a todas as mulheres meu carinho especial.

terça-feira, 1 de março de 2011

Carnaval e a Cartomancia



Olá pessoal. Não vou me estender muito nesse tópico, estou a fazer as malas para buscar meu diploma na UFOP... mas não poderia passar em branco uma data tão reflexiva - no sentido de reflexos...


Terrível, por um lado, por seus excessos, tão próximos, ou tão afeitos, ao Louco e ao 7 de Copas, mas, por outro lado, tão necessário enquanto movimento de liberação dos sentidos - uma Luxúria justificada por falta de oportunidade de liberar a energia acumulada durante tanto tempo.

Vale, vale tudo...
Vale, vale tudo...
Vale o que vier...
Vale o que quiser...


Se procurasse nas cartas um Carnaval, aonde o encontraria? Festividade própria d'O Louco, o Dioniso, buscaria também, talvez, num Quatro de Paus, no seu melhor aspecto, de reunião de amigos e pessoas com interesses em comum - algumas acompanhadas de um Seis de Copas, olhando para trás, para um passado carnavalesco que não volta mais, mas que insiste em permanecer. Por outro lado, seus excessos, de álcool, de cigarros, de drogas e de sexo, e, por que não?, de glamour, plumas, paetês, lantejoulas e todo o resto, no Sete de Copas; suas confusões, seus desatinos, no Sete de Espadas. Se fôssemos para o Petit Lenormand, talvez na combinação entre 12 e 20, buscando nos derredores as informações sobre os aspectos positivos e negativos para o consulente...



- Quem é você?
- Adivinha se gosta de mim!
Hoje os dois mascarados
Procuram os seus namorados
Perguntando assim:
- Quem é você, diga logo...
- Que eu quero saber o seu jogo...
- Que eu quero morrer no seu bloco...
- Que eu quero me arder no seu fogo.
- Eu sou seresteiro, poeta e cantor.
- O meu tempo inteiro, só zombo do amor.
- Eu tenho um pandeiro.
- Só quero um violão!
- Eu nado em dinheiro.
- Não tenho um tostão... Fui porta-estandarte, não sei mais dançar...
- Eu, modéstia à parte, nasci prá sambar.
- Eu sou tão menina...
- Meu tempo passou...
- Eu sou Colombina!
- Eu sou Pierrô!
Mas é Carnaval! Não me diga mais quem é você!
Amanhã tudo volta ao normal.
Deixa a festa acabar, deixa o barco correr,
Deixa o dia raiar que hoje eu sou
Da maneira que você me quer.
O que você pedir eu lhe dou,
Seja você quem for, seja o que Deus quiser!
Seja você quem for, seja o que Deus quiser!

São excessos que se "justificam" pela carência subsequente. Sem a carência, teríamos excessos?

No Carnaval, não sou fã de abrir meu baralho, não. No afã de liberação de tanta energia, acho desgastante, por mim, abrir o Tarot. Dou-me férias por uns dias. Todos nós voltaremos mais ... hmmm ... centrados (?) depois das festividades e eu poderei jogar com mais calma.
Tô mais para Norah Jones. Nos vemos dia 10, eu já com diploma na mão, e de volta com meu(s) baralho(s), para conversarmos mais.
Abraços a todos.


Round 'n' round
carousel
has got you under it's spell
moving so fast...  but
going nowhere
Up 'n' down
ferris wheel
tell me how does it feel
to be so high... 
looking down here
Is it lonely ?
lonely...
lonely...
Did the clown
make you smile 
he was only your fool for a while
now he's gone back home
and left you wandering there
Is it lonely ?
lonely...
lonely...


RIGHT IN TIME: está rolando uma blogagem coletiva sobre o Carnaval, proposta pela Deborah, do Delicias 1001 e eu só vi hoje, terça feira! Em cima da hora, mas estamos nessa!!!