quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Blogagem Coletiva Petit Lenormand: 04. Marcelo Bueno e a Casa.


Pessoal, continuamos com a nossa Blogagem Coletiva. É fantástico repararmos em detalhes que sequer perceberíamos se não fossem os olhares de nossos pares! E hoje tenho a honra de convidar este que é uma referência para mim: Marcelo Bueno, que já esteve conosco na Blogagem Coletiva Arcanos e Olhares, explanando o Rei de Paus.
Marcelo Bueno é profissional do Tarot há alguns anos e aventureiro eventual em outras oráculos, como o Lenormand. Seus textos estão disponíveis no blog Zephyrus – www.zephyrus.blog.br – onde ele compartilha seu modo de (vi)ver as cartas. Vivamos/vejamos o que ele tem a nos apresentar, hoje. 
Certeza que será gratificante, como sempre.


Ok, dificilmente este é o seu primeiro texto sobre o Baralho Lenormad (aka Baralho Cigano), logo, as palavras-chaves de cada lâmina não lhe são de todo desconhecidas.

Sim, eu sei que você estranha que o Trevo em alguns lugares seja descrito como “sorte” e, em outros, como “paus e pedras no caminho”, mas os atributos da Casa permaneceram inalterados ao longo do tempo e independente das escolas, o que facilita bastante a vida.

Sibilla della Zingara

A Casa, por sinal, está presente em outros oráculos, como o Kipper alemão, a La Vera Sibilla italiana e a La Sybille des Salons francês, entre outros, guardando sempre os mesmos significados.

Em resumo, encontramos nesta imagem muito simples quatro grandes linhas de interpretação:

·         O espaço físico que o consulente entende como sendo a sua casa, incluindo todas as questões de ordem doméstica (cuidados com relação a conforto, segurança, manutenção, etc.) e as pessoas que dividem este espaço – parentes ou não.

·         A família (núcleo familiar, antepassados, parentes, etc.) como identidade e elemento de formação, exercendo influência constante na vida do consulente.

·         A casa como ponto de apoio emocional, oferecendo segurança, equilíbrio e estabilidade.

·         Espaços físicos específicos, quando combinada com outras cartas, como escola de ensino fundamental (com Livro), pequeno negócio ou home office (com Peixes) e templo religioso (com Estrela ou Cruz), por exemplo – para ensino superior, grandes organizações e mosteiros, considere a Torre no lugar da Casa.

Acrescento à lista a Casa associada ao corpo físico, morada da alma, tanto nas pautas de saúde (Árvore) quanto no aspecto espiritual, como algo que não deve ser preterido em nome daquilo que o consulente considera mais elevado, pois o corpo é a sustentação do ser, seu veículo nessa existência. Obviamente, para cada opção é preciso analisar o contexto.

Então, se é isso, poderíamos parar por aqui, não?

Poderíamos, mas vou além.

Clique para ampliar

A segunda letra do alfabeto hebraico, e a primeira da Torá, é Beit, que significa "casa". Na sua primeira representação, Beit possuía a forma de uma tenda e, com ela, temos dois grandes ensinamentos: o primeiro faz referência à tenda do patriarca Avraham, que possuía três lados abertos (exceto o Norte, por “onde entra o Mal”), representando a hospitalidade.


A hospitalidade, para o judeu, tem tamanha importância, que você pode se recusar a fazer parte de um minyan (quórum mínimo de dez homens adultos necessários para a realização de algumas liturgias) ou pode se abster/interromper o estudo da Torá para ser hospitaleiro com outra pessoa – em especial, desconhecidos, o que aumenta o mérito da ação.

Trazendo para o Lenormand, esta hospitalidade pode ser vista como acolhimento em diferentes sentidos. Não apenas a generosidade que auxilia quem precisa, desprovido de interesse, como a receptividade para o novo. O famoso “pensar fora da caixa” só é possível se você se arrisca por caminhos que não são familiares, logo, fora da zona de conforto que a Casa, simbolicamente, representa.

O segundo ensinamento é a clara distinção entre “dentro” e “fora” - Beit, como prefixo, sempre indica o movimento para dentro daquilo que a precede. Saber o momento certo de se voltar para dentro e quando se voltar para fora ou como se preservar internamente das influências (nocivas) do mundo exterior são alguns desdobramentos deste atributo. Por ter valor numérico 2, Beit se refere às dualidades, de modo geral, mas vou me ater à principal para o que nos interessa com relação à carta.

Neste sentido, a Casa fala de privacidade e de recolhimento estratégico (diferente de isolamento, que é coisa de Torre), por vezes necessário para recuperar as forças ou botar o foco no lugar certo.

Esta dualidade “dentro” e “fora”, por sinal, é curiosa, pois o homem íntegro, ainda com base em ensinamentos judaicos, é tido como aquele que "fora" de casa não é diferente de como é "dentro" dela ou aquele que não expressa (fora) algo diferente do que traz dentro de si, mostrando que, na verdade, dentro e fora são conceitos ilusórios da nossa percepção limitada.

Esta integridade está presente na expressão “voltar para casa”, que muitas vezes ganha contornos religiosos, como “voltar-se para D’us” depois de um descaminho qualquer, mas, em especial, se refere ao resgate do Eu Autêntico, livre de máscaras e idealizações.

Fico imensamente tentado a falar do Rei de Copas como representação de David haMelech, o pastor, rei e poeta de Israel, por ele ser reproduzido em diferentes baralhos com uma harpa, mas a associação de naipes e imagens é um tema controverso, mesmo que seja muito mais simples escrever sobre uma figura da corte, por isso fica para uma próxima oportunidade.

domingo, 25 de agosto de 2013

Helios.



Ainda escuro, ouvia meu pai estrilar os sininhos da bicicleta pela estrada de terra. Quando clareava, ele retornava, aninhando-se junto à lenha do fogão para comer pão de milho. Perguntei o que fazia tão cedo. “Acordar o sol”, maldizia entre os dentes. Foi então que, numa madrugada, ouviu-se apenas o silêncio. Papai, cansado, decidiu dormir para sempre. Ficamos sete dias no breu até que vovó, entregando a bicicleta, me deu o ofício da família - acordar o sol. Minha mãe diz que é maldição. 

Eu não. Gosto do sininho.



Leonardo Sakamoto 

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Blogagem Coletiva Petit Lenormand: 03. Luqiam Osahar e o Navio.


A nossa blogagem é um sucesso, gente. Eu fico muito feliz de estar com vocês nessa. Muito obrigado mesmo por acompanharem o processo. E hoje, vamos viajar nas ondas do mar conforme o timoneiro Luqiam Osahar mandar.

Luqiam Osahar (Robson Miranda) é cartomante, tarólogo e astrólogo. Descendente Rom de família egípcia já viveu em vários lugares no circuito Brasil/Europa/Africa. Psicólogo e Historiador de formação. Desenvolve pesquisas na área de simbologia e religiões nativas. Atua como oraculista e ministra cursos, palestras e workshop no Rio de Janeiro, onde atualmente reside.

contatos: luqiam.osahar@gmail.com  e site  www.luqiam.com 


Me dedico ao estudo profundo de simbologia, e isso me faz observar os detalhes em todas imagens que representam os oráculos. Há uma diversidade de figuras dentro do universo Lenormand, e talvez por isso eu as interprete de maneira um pouco distinta uma das outras; mas, como o baralho sugerido foi o French Cartomancy Lenormand, vou me ater aos detalhes do mesmo.
A terceira carta do baralho Lenormand é representada por um veículo; e único. Este veículo marítimo: o barco, navio, veleiro; nos remete a um propósito de transporte. É importante observar que o navio representado no baralho estará sempre em movimento, o que simbolizará sempre esta ação. Geralmente está associado a mudanças em nossas vidas, mudança esta de maneira externa: como deslocamentos físicos, mudanças de endereços, de ambientes, ou viagens. O Navio é um transporte coletivo, o que pode sugerir também mudanças que envolvam mais do que o próprio consulente.

Na imagem da carta 3 do French Cartomancy Lenormand, observamos três elementos que vale a pena ressaltar: o veleiro, o mar e o céu. Como se procederá então essa "mudança" representada neste baralho?

1- Temos um barco a velas - um veleiro, diferente de outros baralhos onde o barco é representado a vapor. No caso deste baralho observamos que o deslocamento do veículo se dá por uma força externa e natural, o próprio vento. Isso nos remete a uma mudança que ocorrerá sem a nossa indução, algo que venha de maneira natural conduzida pela própria ação do Tempo, ou necessidades repentinas. Já nas imagens que o barco é a vapor, vejo que essas mudanças devem ser programadas e estudadas; exigirá do consulente abastecer seu navio de carvão e fazer toda uma análise do maquinário (logística) que envolverá essa viagem (mudança).
2- O mar está agitado, um sinal de que as correntes de ar são firmes e fortes, o que levará o veículo com certa rapidez ao seu destino. Lembrando que, um mar agitado é perigoso até para os mais experientes, e neste caso, essa viagem deve ser conduzida com cautela por águas agitadas, águas essas que podem ser bem associadas as nossas emoções: euforia, ansiedade, medos e inseguranças.

3- O céu nesta carta se encontra bom - o tal "céu de Brigadeiro", e é um sinal de que, apesar dessa mudança estar ocorrendo em águas turbulentas, o céu que nos guia se mantem claro e firme, nada nos pegará de surpresa.

Lembrando que essas minhas considerações é apenas um resumo da carta em sua individualidade. Sabemos que outras cartas que a acompanharem vão interferir no seu significado para a questão colocada. No Lenormand temos mais duas cartas que estão estreitamente fadadas a interferir com peso  na carta do navio: a âncora e as nuvens.
A âncora prenderá esse navio, não a um cais, e sim no mar - o real propósito da ancora. E neste caso, a ancora acompanhando o navio nos remeterá a uma viagem interrompida. Algo abalará a estrutura do navio e o forçará a ancorar.
As nuvens ocasionarão um mau tempo e com isso essa viagem pode ser cheia de transtornos e dificuldades; o mar já se encontra agitado, e com a presença das nuvens pode ocorrer tempestades que colocaria a integridade do navio e seus passageiros em risco.

O Navio no jogo (breve consideração), pois os detalhes podem vir com outras cartas acompanhando. 

Questões abstratas (emocionais) - passeio ou viagem com o parceiro(a); ou o encontro de algum sentimento importante nesta ação. Para os solitários, o amor pode estar fora de sua cidade ou ter origem em outro lugar.
Questões profissionais - mudanças do ambiente de trabalho; viagens profissionais
Questões saúde - a solução pode estar fora de seu habitat, sugerindo uma viagem/deslocamento físico para encontrar a cura/tratamento. 

domingo, 18 de agosto de 2013

Um começo de resposta para uma pergunta de muito tempo.


Olá pessoal. Eu venho me debatendo com uma questão acerca do Tarô enquanto imagem, e isso tem tirado literalmente o meu sono. Ainda que possamos, sabendo os conceitos pertinentes a cada carta, jogar qualquer baralho de Tarô, isso significa, necessariamente, que todo baralho de tarô trará a mesma qualidade de leitura, sendo imagens diferentes e, portanto, baralhos diferentes ainda que de uma mesma categoria?
Particularmente, eu tenho comigo a ideia de que é impossível termos jogos iguais com baralhos diferentes. Entenda, ter jogos diferentes não significa termos mensagens diferentes, mas partindo de pontos diferentes podemos chegar às mesmas conclusões. Todos os caminhos levam à Roma.
Para facilitar a minha vida, dividi a percepção do que é Tarô em três grandes grupos. O tarô instrumento, o baralho propriamente dito, o papel e tinta que utilizamos. O tarô imagem, que nos permite, através do acesso aos referenciais singulares da figura impressa no papel, ou não (que nos digam os baralhos virtuais e os jogos em flash), reconhecer os padrões de leitura. E o tarô técnica, aquele que é baseado na mão e nos conhecimentos de cada praticante e que, a partir dos diálogos acerca dos conceitos e estudos de caso, permitem a evolução do primeiro e do segundo "tarôs" anteriores. É uma forma didática de entender o processo que, no fim das contas, é tudo uma coisa só mas complica a vida do pesquisador justamente por isso. Vira uma torre de babel falar sobre o instrumento quando o interlocutor entende de técnica ou defender um tarô virtual quando a pessoa só reconhece o instrumento, e por aí vai. 

Aí, num daqueles acasos que explicam o motivo pelo qual a dúvida se expressa - em algum lugar existe uma resposta e inevitavelmente ela virá até você - o Carlos Hollanda postou em seu Facebook a seguinte imagem. Aproveite, inclusive, para fazer o desafio valer a pena.

clique na imagem para ampliar

Achei em pouco mais de três segundos. E na conversa que se seguiu, o Carlos postou a seguinte mensagem:

Dica/aulinha de Teoria da Informação: o motivo de acharmos muito depressa, em bem menos tempo do que diz o enunciado e o "duvido" do autor original da mensagem, é o fato de que o número 8 é "a" informação diante do ruído, o número 9 extremamente redundante. A Informação é originalidade, ela sobressai ao ruído. A Informação redundante, se excedente, torna-se informação nula, o mesmo que ruído ou o mesmo que nada, desaparece aos sentidos. Já a informação em si se destaca fortemente ao sistema cognitivo. Esse mesmo princípio é utilizado em cibernética para que os dados sejam reconhecidos e promover ação. Em tempo, apesar de ser verdade que Mercúrio em Escorpião é bem atento, nem mesmo é preciso tê-lo ali para perceber o 8 em tempo recorde.
Acrescentando: ainda assim, só é possível dar inteligibilidade ao ícone "8" porque ele faz parte de nossos códigos de reconhecimento, nosso repertório sígnico. Se não o fizesse, perceberíamos alguma anomalia, mas nosso sistema cognitivo encontraria um modo, inconscientemente, de ajustá-lo a padrões conhecidos, fazendo com que, assim, ele se assemelhasse ao que estivéssemos condicionados a perceber naquele momento por fatores históricos, preconceitos, necessidades imediatas, experiências recentes etc.

Agora eu tenho um ponto de partida para responder uma questão que, até o momento não tinha a menor possibilidade de resposta, ainda que, evidentemente, soasse plausível para mim. E pensar que ouvi que deveria ignorar os pontos do baralho que gerassem incômodo.
Muito pelo contrário. Nas entrelinhas é que são guardados os tesouros. E eu preciso estudar Teoria da Informação.
Abraços a todos.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Blogagem Coletiva Petit Lenormand: 02. Sonia Boechat e os Trevos.


Olá pessoal. Segunda postagem da nossa Blogagem Coletiva, hoje contamos com a queridíssima Sonia Boechat dando uma aula para a gente sobre os trevos. Essa carta, que possui duas interpretações diferentes - uma no Brasil, e outra na Europa, é vista em profundidade por essa cigana que mora no meu coração.
Para conhecer melhor o trabalho dela, clique aqui.


O Trevo – Carta 02  Petit Lenormand
O Homem caminha pelo mundo em busca de algo. O que? Não sabemos ao certo. Uns diriam que busca a si mesmo, um sentido para a vida, uma esperança que se renove ou que o renove, outra chance para recomeçar. Quem sabe não busca seus sonhos?
 A partir do primeiro passo da Carta 01 Cavaleiro, somos movidos pela esperança de alcançar algo que nos dê um pouco de alegria ou pela esperança de superar alguns entraves que a vida nos coloca. O que de fato importa é que dando o segundo passo no joga da vida encontramos a carta 02!
Estamos no mundo há tanto tempo, caminhando de terras em terras, seja numa única vida, ou em muitas de nossas vidas e lá no campo do imaginário ou em algum ponto da nossa Alma Cigana, ainda estão vivas as lendas e mistérios sobre o Trevo. Essa plantinha de aparência frágil e com poucos atrativos, mas que com sua força mágica e iniciática se perpetua como símbolo para que possamos entender melhor seu sentido dentro do Petit Lenormand.

French Cartomancy
 Cartomancia Francesa
Lenormand Karten
werden abgebildet mit freundlicher Erlaubnis von Lo Scarabeo.

Viver é uma aventura, e assumir a vida nos coloca diante de inúmeros desafios. Podemos contar apenas com nosso próprio talento? Somos assim sempre tão seguros e assertivos que nunca precisamos de um estímulo, uma força extra que nos acenda a luz da coragem e do entusiasmo? Claro que não! Somos lindamente frágeis e ricamente fortes, movidos pelo esforço e pela fé. Aliás as pétalas do trevo representam a esperança, o amor a fé e a sorte.
 Colocamos um pé na terra para caminhar e o outro pé colocamos na sorte para nos ajudar. Lá no meio desse caminho está o Trevo com sua mensagem simbólica que se torna mais clara quando nos encontramos com alguns de seus mitos. Então vamos falar um pouco dessas lendas!
São muitas as lendas sobre os Trevos (Trifolium), vou falar sobre algumas apenas, e veremos que elas têm algo em comum: a capacidade de “Abrir os olhos, ver coisas que não podem ser vistas, destrancar situações antes travadas, trazer a capacidade de transformar situações” e de formas diferentes trazer a sorte pelos benefícios que traz ou nos fortalecer pelo enfrentamento das dificuldades, e ainda nos potencializar a força pessoal como nos mitos Celtas representando a Tríplice Mãe.
Há muito tempo atrás na Escócia se contava que alguns Ciganos que por lá passavam tinham o dom de encantar as pessoas fazendo-as crer que algo que não era real assim parecesse aos olhos de quem via. Havia um deles muito habilidoso que com sua magia fez um grupo de pessoas acreditarem que um Galo puxava um enorme tronco de carvalho! Esses feitos traziam prestigio para ele, mas para sorte de todos ali presente, justamente nessa hora passou um velho homem carregando um grande maço de Trevos de quatro folhas que desfez a magia e mostrou que o galo puxava apenas um galho de arvore!
Outro poder do Trevo é trazer a visão de seres mágicos do campo astral como as Fadas. Basta que se coloque uma folha de Trevo sobre os olhos que sua visão se abra para as coisas encantadas da vida! A lenda conta que havia uma pomada feita desses trevos, usada parta fins mágicos. Mas, não se iluda, Fadas e sorte se vão num piscar de olhos!
Essas duas lendas me levam para a visão da Escola Européia na sua descrição da Carta 02 Trevos como “um momento” de sorte, mas a sorte tem de ser bem aproveitada! Assim que o Trevo aparece precisamos ver imediatamente a carta que vem a seguir. “Sorte” é poder ver, e mais “sorte” saber decidir com inteligência como se direcionar nas situações da vida. Saber lidar com as oportunidades sem se sabotar ou temer talvez seja a maior das conquistas que se possa ter. Precisamos escolher se damos um passo adiante e colhemos o Trevo ou se ele nos traz um alerta para aguardar o tempo certo de agir quando as oportunidades serão mais positivas.
Outra lenda vem da Romênia e da  Servia, e fala do mais poderoso dos Trevos, e também o menos conhecido entre nós,  o Raskovnik (Marsileia Quadrifolia), uma variante de grande poder místico que tem a capacidade de abrir o que está fechado, desbloquear os caminhos, tirar os empecilhos que impedem a liberdade de caminhar e seguir livremente.
Conta-se que magos e herbalistas buscavam essa planta com muito afinco, mas precisavam ter “olhos” para ver onde se encontra um elemento de tal poder. Sendo assim se valiam das tartarugas, um ser com muita intimidade com o mundo subterrâneo. Os magos aprisionavam seus ovos, colocando correntes, pedras e cadeados em volta do ninho. Para resolver o problema a tartaruga saía em busca do Trevo para desbloquear os seus ovos, e dessa forma era seguida pelo bosque na direção do Raskovnik. Achar um Trevo desses equivalia a conseguir superar os obstáculos!
Essa Lenda me levou ao conceito atribuído a Carta 02 – Obstáculos na Escola Brasileira, onde segundo Katja Bastos “Essa Carta  mostra que apesar de estarem acontecendo obstáculos e tropeços momentaneamente no caminho, que eles podem ser superados e transpostos para que a vida possa prosseguir o seu curso.”
Que lindo! Ambas as escolas consideram a “esperança”, e nos incentivam a buscar o que está além da visão, a ultrapassar os limites do possível em busca de algo melhor, nos motivam a não estacionar.
Minha experiência e sensibilidade ao vivenciar a Carta Trevos me ajudaram a encontrar nela algumas características que se encaixaram confortavelmente nas leituras que faço. Considero que o Arcano Trevo corresponde ao que “surge pelo acaso”. É algo que se apresenta como oportunidade para alcançar um desejo, ou uma surpresa que esbarramos no caminho. Esses acasos podem indicar “sorte” quando nos oferece um ganho positivo, um bônus extra que a vida dá. Ou surge como aviso de algo a ser evitado, e com o qual podemos lidar a medida que é visto, e assim buscar novas estratégias para lidar com a situação.


Seja como na lenda, procurado pelos magos, ou usado como amuleto de sorte, o fato é que o Arcano Trevo carrega em si um pote com seis moedas de ouro (carta de jogar inclusa na carta 02)!
Se o destino trouxer essa carta para seu jogo, lembre-se de avaliar com atenção a carta que a antecede como a energia que dá sequencia ao Trevo, e a carta que vem depois, como uma oportunidade de beneficiar-se da sorte ganhando uma chance  ou evitando uma dificuldade. Em ambos os casos seus olhos foram tocados pelo encanto do Trevo e a partir deste momento a visão se abre, seja para que as Fadas mostrem o tesouro, ou para ver que nenhuma dificuldade do caminho fica sem saída!
Que Santa Sara nos traga sempre Luz sobre todos os nossos caminhos!

Sonia Boechat Salema
Referencias bibliográficas:

domingo, 11 de agosto de 2013

Fórum Nacional de Tarô em Belo Horizonte: um evento para além de todas as expectativas.


Olá pessoal. Eu fiquei pensando no que escrever a respeito desse evento que, mais que intenso em termo de formação profissional, foi estupendo no meu desenvolvimento pessoal. É fundamental que saibamos quem somos, mas é tão importante quanto nos vermos nos olhos dos outros, para entendermos se estamos no caminho certo. Conforme dito na Mesa III (Profissão: O que um tarólogo pensa ou sente durante uma consulta? Quais seus receios e objetivos durante a revelação oracular? O que deseja do futuro profissional?) por Fernando Nobre, nos conhecemos através do outro. Você se conhece na relação com o outro. Então, bora conhecermo-nos como profissionais através da experiência de outros profissionais.


A Mesa I (Consulta: Podemos classificar uma consulta de tarô como adivinhação ou autoconhecimento? É possível o cliente mudar o destino com qualquer informação do tarô?) contou com a participação de Marcelo Martuchele, Yedda Paranhos, Profhelius Silva, Juliana Diniz e Ticiane Vilar, tendo por mediador Alexsander Lepletier.
Marcelo, Juliana e Ticiane são queridos de longa data, sempre um prazer estar com eles. Com muito bom humor e conhecimento de causa, expuseram suas experiências e estudos de caso. Inclusive, a Ticiane disse algo que me deixou pensando, e muito: “O Tarô desvenda as forças que nos motivacionam.” Um universo se descortina dessa frase. Algo muito semelhante ao que o Paulo Bahia disse, no mesmo contexto: “quando você faz a tiragem, é uma gravidez de possibilidades.
Uma das mais gratas surpresas que tive nesse evento foi meu contato com Profhelius Silva. Dentro dos seus olhos tem uma savana. Ele tem olhos que já viram muita coisa. Que já percorreram muitas paisagens. Tive a honra e a oportunidade de conversar com ele um bocado. E conversaremos mais.
Essa, inclusive, é uma das coisas que mais vale a pena em qualquer evento de Tarô: o encontro de pessoas que serão fundamentais à nossa caminhada. Que se tornarão referências e amigos, cuja companhia transcenderá os eventos nos quais nos encontramos.
Como foi com a Dona Yedda Paranhos.
Conheci a Dona Yedda no Fórum Nacional do Tarô no Rio de Janeiro. Fiquei dois anos com uma frase dela na cabeça. Uma pequena conversa, um sussurro em meio à multidão. E esse Fórum me permitiu conviver um pouco mais com ela. Conversamos, almoçamos juntos, e eu aprendi muito. Não de teoria, mas de vida.
Conforme suas próprias palavras, “o Tarô é um processo incrível de autoanálise e autoconhecimento.” Tem momentos em que você “sabe que a carta é aquilo, mas naquele momento [da consulta], não é não. É fundamental aceitar a voz da intuição.
Com a idade, você se torna imediatista. O Tarô é imediatista; para fazer um mapa astrológico de qualidade são necessários muitos detalhes. O Tarô, por outro lado, pode ser jogado em qualquer circunstância.”
Os astros inclinam, não determinam”. E isso vale para as cartas, também.

Nas palavras de D. Yedda, a Força Animal,
do Barbara Walker Tarot.
Obrigado, Tatiana. Obrigado mesmo.

Mas um dos momentos em que ela me deixou extremamente reflexivo foi quando disse como chama o Arcano XV. Força Animal. Complemento inseparável da Força Divina.
Profhelius demonstrou claramente a sua experiência de vida no caminho dos oráculos. Uma de suas frases mais impactantes foi “nem sempre é interessante ajudar o consulente. Depende do que ele quer.” Afinal de contas, “se o tarólogo não for bom sem as cartas, não será bom com elas, também.” Isso se deve, sobretudo, ao fato de que o know-how das cartas “deve ser maior que o conhecimento individual delas. A visão espacial do jogo é soberana à visão singular de cada carta.” 


A Mesa II foi composta por mim, Giancarlo Schmid, Cyddo de Ignis (Alcides de Paula), Ilma Queiroga e Sávia Moraes, tendo como moderadora Vera Chrystina da Costa Santos. Dissertamos sobre o Ensino: por que tanta pluralidade na instrução do Tarô: cabala, numerologia, mitologia e simbologia? Tanto conhecimento ajuda ou atrapalha o profissional ou o estudante?
Particularmente, expus que o maior problema que vejo na utilização de ciências afins está no uso de baralhos que utilizam ciências afins. Se o baralho foi feito com aquele propósito, é uma anátema utilizá-lo deixando tais aspectos de lado. Escolher o baralho, a ferramenta, é fundamental para um bom uso. 
O problema é que a palavra Tarô é utilizada para representar muita coisa junta, e por vezes até mesmo os profissionais se confundem na utilização. Existe o Tarô instrumento, que é o meio físico, o papel, a estrutura. Existe o Tarô imagem, que é a virtualidade da utilização da imagem – a imagem funciona mesmo não estando em um suporte físico. E existe o Tarô técnica, que é a habilidade do oraculista de se valer das cartas de Tarô por conhecimento de cada uma delas e de suas inter-relações, que prescinde inclusive de um baralho ou imagens: setenta e oito papeizinhos ou escolher um número de 1 a 22 já basta para que funcione.
Confundir as acepções entre uma coisa e outra é gerar ruído em meio a sinais.


Foi uma mesa muito harmônica, tivemos, mesmo entre diferenças de utilização, um consenso quanto ao ensino: é necessário que saibamos o que estamos fazendo para podermos oferecer algo. Sem pressa, mas com empenho sincero.


A Mesa III foi composta por Fernando Nobre, Cris do Tarot, Yub Miranda, Mari Senac e Beth Castro, tendo por mediadora Luciene Ferreira. Nessa Mesa foi abordada a Profissão: O que um tarólogo pensa ou sente durante uma consulta? Quais seus receios e objetivos durante a revelação oracular? O que deseja do futuro profissional? E nessa Mesa tivemos reflexões profundas sobre o know-how do Tarólogo. Afinal de contas, não há responsabilidade no que o consulente fará com a informação do oráculo, mas há plena responsabilidade naquilo que se diz.
No entremeio das palestras, tive a oportunidade de conversar com a minha querida Pietra di Chiaro Luna, e relembrar verdades que não foram esquecidas, mas foram deixadas em segundo plano. E tive, também, a oportunidade de conhecer muita gente bacana!!! Gente que segue comigo, que levo para mais que apenas um evento. 
Como bem disse o Nei, a semente foi lançada. E vamos florescer com ela.

Gostaria, particularmente, de agradecer à COPAG do Brasil por ter cedido material para sortear no evento. Foi um prazer entregar material de tão grande qualidade às mãos de quem, de fato, usará com prazer.
Abraços a todos. E até breve.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Blogagem Coletiva Petit Lenormand: 01. O Cavaleiro e Odete Lopes, nossa homenageada.


Olá pessoal. Dando início aos trabalhos da nossa Blogagem Coletiva, abrimos com ninguém menos que nossa homenageada, Odete Lopes Pinto. Moçambicana que mora na Suíça, num estado em que falam italiano. Incansável divulgadora do Lenormand no mundo, Odete ministra aulas e consultas na Suíça e na Itália (Milão, Nápoles e Roma) e também em Portugal, Moçambique e Angola. Tem dois livros publicados, um sobre Lenormand e outro sobre Sibilla, sendo que o primeiro brevemente estará disponível para os leitores daqui do Brasil.
Assim como eu, Odete aprendeu a ler cartas com sua avó, mas, ao contrário de mim, sua mãe também é astróloga e cartomante, atuante em Portugal (a minha mãe não é afeita à essas coisas, o que não me traz problema algum). Amiga fiel dos cartomantes de cá e d'além mar. Seus grupos de estudo de Lenormand estão entre os mais profícuos e harmônicos da rede. 
Nessa postagem, Odete nos dá uma aula de interpretação para além do esperado. 
Evidente. 
Odete é uma mulher para além do esperado.

Eu recebi com enorme alegria o convite da parte do meu amigo Emanuel, para subir no seu trem para o reino da “lenormandia” ( reino criado na fábula do nosso amigo Robson M. Luquiam [carta 03 da nossa blogagem coletiva - aguardem!]). Nessa extraordinária viagem, nos acompanham outras 35 maravilhosas pessoas que tenho o prazer de conviver diariamente na nossa página de estudo Lenormand no Facebook.
Me foi designada, pelo próprio Emanuel, a carta do Cavaleiro. Uma carta importante, que abre a estrada para as outras 35 cartas que pertencem ao  Baralho “Petit Lenormand”.

Carta n°1
O Cavaleiro
9 de Copas
                                                                      
O conteúdo do material aqui presente, é em parte, extrato do meu livro “A linguagem secreta de Mlle Lenormand” em língua italiana que será traduzido e publicado no próximo ano em língua portuguesa (2014). A linguagem aqui usada é a européia. 
Não inseri nesse texto o significado da carta de jogo que contém a carta, porque pessoalmente creio que ambas (carta de jogo e símbolo retratado na carta) sejam estreitamente ligadas entre elas. Infelizmente são poucas as informações que chegaram até nós a respeito dos significados das cartas: o Bayerische Tarock Schafkopf , de onde vem as raízes Lenormand. Podemos admirar tais cartas no famoso “Jogo da Esperança” em alemão “Das Spiel der Hoffnung” que foi criado por Johann Kaspar Hechtel nascido 1° de Maio de 1771 e falecido 20 de Dezembro de 1799 em Nuremberg, Baviera Alemã. 



Agora passamos aos significados da carta n°1, O Cavaleiro:

Descrição da carta: um nobre cavaleiro montado em um cavalo ( considerado um animal símbolo de nobreza, força, vitalidade e inteligência, usado por séculos pelo homem como meio de transporte) é a figura predominante da carta. O trote do cavalo é majestoso, elegante e significativamente veloz; parece que o Cavaleiro tem urgência de chegar no seu destino. O olhar do cavalo é voltado a estrada que está percorrendo, sob o comando do Cavaleiro que o endereça direto ao seu objetivo. Uma maravilhosa jornada acompanha o Cavaleiro e seu cavalo no seu percusso para nós desconhecido.
  
Palavras-chave primárias: Chegada de alguma coisa ou de alguém – Novidades – Notícias – Visita – Viagem – Deslocamento – Movimento – Ação mirada – Veloz – Rápido – Bovino – Equino

Palavras-chave secundárias: O Pensamento - Mente ágil – Comunicação – Informação que recebemos através da internet, TV, rádio, revista ou jornal – Resposta – Feedback – Novas idéias – veículo pessoal ( carro,moto,bicicleta) – Animal de trabalho e de transporte (cavalo,burro, boi, husky) – Ação – Enviado – Rapidamente – Transmitido – Entrega – Comissão – Intermediário – Mensageiro – Reunião – Entrevista – Encontro – Cara a cara – Adolescente – Amante – Pessoa estrangeira – pessoa da fronteira do país – Determinação – Energia – Vitalidade – Agilidade – Coragem – Entusiasmo – Audácia – Capacidade – Prático – Livre – Colaboração – Progresso – Orientado – Ir para frente – Avançar – Aproximação ou afastamento – Conquista – Retorno – Atualização – Militar – Uniforme – Esporte 

Como se deve “trabalhar” com seguinte carta: A primeira coisa que se deve aprender é quando se estuda as Lenormand, é que esse maço de cartas é feito de técnica. Técnica que vem praticada principalmente na “leitura” com a “Grande mesa Lenormand”, mas que é também essencial em qualquer outro tipo de “leitura”.Essa técnica única de “leitura” pertence a escola alemã em que eu faço parte. 

Técnica do olhar e da posição: Algumas cartas do nosso maço tem uma técnica para uma correta “leitura”. Quais são essas cartas? O Cavaleiro, O Navio, A Árvore, As Nuvens, O Caixão, A Foice, O Chicote, A Criança, A Raposa, A Cegonha, A Montanha, Os Caminhos, Os Ratos, O Livro, O Cigano, A Cigana, A Chave, A Ancora, A Cruz. Essas são as cartas que precisa prestar muita atenção durante a “leitura” porque a posição delas no jogo podem mudar toda a previsão. 

No entanto, alguns baralhos são diferentes na sua representação da direção de algumas figuras a respeito de outros. Vejamos como: 
A direção que se movem os personagens, se da direita para a esquerda ou da esquerda para direita a respeito do maço “Blue Owl” presente como estudo nesse texto. Para entender melhor o que estou dizendo, proponho que vocês observem o exemplo de dois cavaleiros, o do Blue Owl Lenormand e do French Cartomancy, que ilustra a postagem.

Como ler o Cavaleiro com a técnica do olhar?
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A carta n°6, As Nuvens, em alguns maços podem ter a nuvem escura na direita, outros ao centro e outros abaixo. Como trabalhar com cada uma dessas cartas? Tenha em conta que as cartas que se encontram do lado das nuvens claras trazem clareamento,luz, superação da situação que se está verificando. Praticamente, diminui o valor negativo apresentado na carta (obviamente se esta tem o valor interpretativo negativo). Pegamos como exemplo a carta das Nuvens do maço Lenormand Blue Owl. Suponhamos que, em uma “leitura” tenha saído as seguintes cartas: O Chicote (11) + As Nuvens (6). Aqui vemos a carta n°11 em contato direto com as nuvens claras,certo? Sabemos que a carta do Chicote contém significados duros: protestos, lamentos, reclamações, tirania, acerto de contas, brigas, afrontamentos, rixas, etc. Nessa posição, a ou as situações apresentadas na carta n°11 , seriam leves,pouco significativas. Coisa que não aconteceria caso a carta do Chicote se encontrasse em contato com as nuvens escuras. Aqui a previsão seria pesada e trágica,porque a ira, a fúria desses dois símbolos seriam seriamente ampliados. A carta das Nuvens é considerada como uma carta duplicada! 

A carta n° 10, a Foice, em alguns baralhos tem a ponta da foice voltada para a direita, em outros voltada para baixo e em outros ainda, voltada para a esquerda. 

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Quando a carta da Foice se encontra posicionada no futuro, ela deve ser considerada como uma advertência de um perigo.
Estes são alguns exemplos entre outros que podemos fazer comparando com outros maços. O discurso seria longo e confesso que gostaria de fazer com cada um de vocês.
Agora vamos continuar com a nossa viagem nos significados do Cavaleiro por argumento.

O Cavaleiro como pessoa: pode representar: 
- Conhecido - Mediador, intermediário, negociador - Adolescente - Amante - Cliente -Carteiro - Repórter, jornalista - Representante - Fornecedor - Motorista, taxista, piloto -Jóquei, cocheiro, cavaleiro, cowboy, gaúcho, texano, índio americano - Atleta, esportista profissional - Militar ( o Cavaleiro + a Criança, um recruta) - Hóspede - Escoteiro - Guia (com o Navio: guia turístico, com a Montanha: guia alpina) - Alguém que está prestes a entrar na vida do consultante. 

Como puderam observar, a carta do Cavaleiro corresponde a uma pessoa específica que faz parte da nossa vida, do cotidiano ou por uma razão ou outra entra em contato conosco ou nós com ela. No entanto, para definir com precisão que aquela pessoa seja aquela que pensamos que seja, é necessário observar a ou as cartas que se encontram acanto a carta pessoa, no nosso caso, o Cavaleiro. Prosseguindo desse modo, teremos uma identificação exata do personagem da nossa “leitura”. 
Por exemplo: Vamos supor que tenha saído em uma “leitura” a carta n°1, O Cavaleiro, que como sabemos representa um mensageiro, alguém que se aproxima, que está para entrar em contato conosco. Sabemos também que esse indivíduo pode ser um carteiro, um intermediário, um agente, um empregado de uma empresa... Pode ser também um novo amor chegando. Como vocês puderam notar existem tantos “pode ser”. Para dissolver esse tipo de erro, é necessário que se observe as cartas que saem ladeando a carta do Cavaleiro. 
Ao invés, se encontrarmos: 
O Cavaleiro (1) + A Carta (27), saberemos com certeza que se trata de um carteiro ou alguém que trabalha em uma empresa de entrega direta (moto-boy); com os Lírios (30), a pessoa que temos que encontrar é um enviado, um mediador ou um embaixador, alguém que vem mediar entre uma empresa, família, etc. e nós; com a Criança (13), filho(a) adolescente; com o Navio (3), um estrangeiro; com a Torre (19) ou o Chicote (11), autoridade ( polícia); e assim por diante. 

Personalidade, caráter, atitude em relação a vida na carta do Cavaleiro: Disposto, corajoso, ativo, dinâmico, animado, independente e inteligente. Cheio de idéias e iniciativas, tem a mente aberta, com grande capacidade de se adaptar, ama a aventura, viajar, mas sempre respeitando as leis seja elas governamentais ou pessoais que ela segue fielmente. De caráter impulsivo e intuitivo, que age prontamente no próprio interesse sem deixar escapar nenhuma oportunidade que aparece. Muito frequentemente, por causa disso, é obrigado a conviver com situações de risco para a própria existência. Tem o olhar voltado ao futuro e os seus objetivos são bem definidos. Conquista com lealdade os próprios objetivos. É seguro de si mesmo, conduz suas reuniões com diplomacia mesmo em modo muito direto, sem pretextos e subterfúgios. 

- O Cavaleiro (1) + Os Caminhos (22), indeciso, ineficaz, dispersivo; 
- O Cavaleiro (1) + O Caixão (8), fechado em si mesmo; 
- O Cavaleiro (1) + A Torre (19), solitário, pouco sociável mas que mantém ativa a vida social através da internet; 
- O Cavaleiro (1) + A Raposa (14), mentiroso, malandro, trapaceiro; 
- A Raposa (14) + O Cavaleiro (1), astuto, inteligente, bom negociante; 
- O Cavaleiro (1) + O Sol (31), solar, incansável. 

Aspecto físico da carta do Cavaleiro: Físico bem cuidado, atlético (se interessa muito pelo próprio corpo, estética). É elegante, galante e atraente.

Amor, sentimentos, na carta do Cavaleiro: A carta n°24, o Coração, é a carta temática/mestra do AMOR no Lenormand. Representa o estado emocional ( belo ou feio que seja), a paixão ou a atração e o fascínio em relação a alguém ou alguma coisa, o talento, a arte, os gostos e as coisas que fazem um indivíduo feliz. Em uma “leitura” é muito importante que seja observada as cartas que entram em contato direto com a carta do coração, porque estas forneceram informações mais detalhadas a respeito do sentimento ou estado emocional da pessoa indagada. 
 O que representa, então, o Cavaleiro no tema do amor e sentimentos? 
Para quem está a procura de viver sentimentos “efervescentes”, intensos, essa carta indica a aproximação de uma pessoa na qual se viverá “um amor inesquecível”. A combinação da carta do Coração (24) + O Cavaleiro (1), representa de fato, um(a)  pretendente, uma paixão vivida intensamente com um jovem amante. Diferentemente, a combinação do Cavaleiro (1) + O Coração(24), indica a chegada de novidades em relação ao amor. Essas notícias ou pessoa, podem chegar via internet (e-mail, chat, skype, etc.) ou através frequentes deslocamentos ou locais que se frequenta. 
O Cavaleiro representa sempre sentimentos sérios e profundos que muito frequentemente são mal compreendidos dado a sua frequente ausência por motivos de compromissos (trabalho, estudos, família). 

Relação, união, ligação, na carta do Cavaleiro: A carta n°25, A Aliança, é a carta temática/maestra das relações, união em forma legalizada de qualquer gênero: matrimonio, compromisso, juramento, assinar um contrato. A Aliança é o símbolo de um vínculo que liga em modo oficial um indivíduo a um ou mais indivíduos ou também a uma condição de vida. É a carta onde vemos o Consultante relacionar-se com um outro ser, a comprometer-se, a compartilhar a própria vida ,os próprios bens, com os outros. 

O que representa O Cavaleiro em uma relação? 
Pode indicar uma relação de qualquer gênero com um jovem indivíduo já compromissado: 
- O Cavaleiro (1) + A Aliança (25). Em uma questão de trabalho, indica uma proposta que chega de uma sociedade bem conhecida. 
- Em uma relação sentimental, indica uma proposta para oficializar a propria relação de frente da sociedade ( noivado, matrimonio), isso se nos encontramos em frente: A Aliança (25) + O Cavaleiro(1) + O Bouquet (9). Para “morar junto”é necessário que na combinação esteja presente as seguintes cartas: A Aliança (25) + O Cavaleiro (1) + O Cão (18). 

Sexualidade, na carta do Cavaleiro: As cartas que para mim representam a sexualidade são: a carta da Serpente (7) e a carta do Chicote (11). Quando a carta do Cavaleiro entra em contato com uma dessas duas cartas podemos dizer: 
- O Cavaleiro (1) + O Chicote (11), sexualidade ativa, mas também sexo rápido; posição de quatro; 
- O Cavaleiro (1) + A Serpente(7), sexo oral; posição 69.

Comunicação, na carta do Cavaleiro: Afinal, o que é a comunicação? 
Respondendo em maneira simplificada, a comunicação é o ato de transmitir a outro ser informações para nós importantes: pensamentos, idéias, humor, conceitos, etc. Desde quando o mundo tem vida, cada ser na Terra (plantas, animais, seres humanos) conseguiu comunicar com o outro, a ser compreendido, criando na própria comunidade uma linguagem que se distingue de uma outra. Temos povos que se exprimem através de tatuagens, danças, costumes culturais, vestuário, deuses. Então, a comunicação, pode ser expressa em vários modos: por palavras, gestos, mímicas ou mesmo por escrito ( símbolos, desenhos, pinturas). 

Algumas cartas do nosso maço, tem mais relevância de outras para representar: comunicação, notícia. É muito importante saber diferenciar o rolo que cada uma dessas cartas tem durante uma “leitura”referente a comunicação, notícia. Ma quais são essas cartas? ( Irei apresentar em seguida as cartas em ordem numérica representada no maço ). 

Carta n°12, Os Pássaros, As Corujas 
Ambas cartas representam todas aquelas notícias que podem chegar via mídia: rádio, TV, jornal, revista, música, e a comunicação que se pode dar ou receber pela voz: troca de informações ( é feita de conversação, como por exemplo, bate-papo, fofoca, como dizem, “gossip”, obter ou espalhar informação ,mas também, entrevista, reunião.Via telefone ( celular, webcam,skype, msn). 
Esta carta também representa  barulho, voz, canto. 
Algumas combinações que lhe podem interessar: 
Os Pássaros (12) + As Montanhas(21), comunicação bloqueada; pode também indicar uma pessoa que não consegue comunicar, tendo sérios problemas com a linha ou problema pessoal; 
Os Pássaros (12) + O Jardim (20), publicar alguma coisa via mídia em modo que a comunicação chegue ao grande público; “lavar a roupa suja”. 
O indivíduo representado pelos pássaros é comunicativo, contagiante, alegre no seu modo de exprimir-se. Tem sempre muita coisa para falar, variando o discurso entre contos da vida mundana e da vida dos outros. 

Carta n° 27, A Carta 
Aqui encontramos todas aquelas comunicações que vem efetuadas por escrito, como por exemplo, correspondência dos correios, e-mail, sms, fax, revista, jornal, anúncio... 
 Esta carta também representa uma folha, bilhete; cartão postal, carta, pacote. 
Algumas combinações que lhe podem interessar: 
- O Cavaleiro (1) + A Carta (27) = e-mail 
- A Carta (27) + O Jardim ( 20) = rede social ( internet). 
Obviamente, nenhuma dessas duas cartas é levada em consideração singularmente em uma “leitura”. É necessário observar a carta ou as cartas que se encontram em estreito contato com elas, até porque estas darão não só uma confirmação de que se está de frente a uma notícia real, mas também do conteúdo dessa notícia. 

Como reage a carta do Cavaleiro quando está em contato com uma das duas cartas? E como se exprime quando “fala” de comunicação? Representa um indivíduo comunicativo, objetivo, claro e rápido em exprimir os próprios conceitos. Tem plena confiança da própria opinião. Usa qualquer instrumento de comunicação disponível para manter-se em contato com os outros. 

Fisicamente pode representar um “veículo” entre o remetente e o destinatário, para dar a notícia (computador, sedex, “delivery”). Um portador de notícia.  

- O Cavaleiro (1) + A Carta (27), o carteiro, o mensageiro, telegrama, fax, email; ou mesmo a chegada de um documento; 
- O Cavaleiro (1) + O Livro (26), comunicação confidencial, pessoal; 
- O Livro (26) + A Carta (27) + O Cavaleiro (1), ( no meu maço de cartas “Blue Owl”,O Cavaleiro vai em direção à esquerda), entrega de um pacote. O conteúdo pode ser: um livro, documentos, maço de cartas; 
- O Cavaleiro (1) + Os Passáros (12), indivíduo com tendência a fazer fofoca. 
- O Cavaleiro (1) + Os Ratos (23), tendência a contar pequenas mentiras. 

Estudos/Escola, na carta do Cavaleiro: A carta que representa a escola e os estudos é a carta n° 26, O Livro. E todas as cartas que entram em contato com a carta do Livro indicarão as condições escolástica e o tipo de curso ou escola que está fazendo. 

- O Livro (26) + O Cavaleiro (1), curso de atualização, programador ou técnico em informática, equitação, veterinário, carteira de motorista ( carro, moto); 
-  O Cavaleiro (1) + O Livro (26), superar uma prova ou exame, indivíduo inteligente, concentrado e determinado a alcançar seu objetivo que é ser o primeiro da classe. 

Trabalho/Profissão, na carta do Cavaleiro: A carta principal para o trabalho é a carta n° 35, A Ancora. No entanto existem outras cartas que são consideradas como carta temática do trabalho no caso de:
- trabalho autônomo, se deve considerar, A Raposa (14), A Chave (33) ou O Peixe (34); 
- caso seja um empregado, se deve considerar , A Aliança (25) do lado da carta da Ancora (35); 
- vários empregos, se vê com a seguinte combinação, Os Caminhos (22)+ A Ancora (35); 
- desempregado, A Ancora (35) + A Montanha (21); 
- aposentado, A Ancora (35) + O Caixão (8); 
- trabalho ilegal,  (sem contrato), A Raposa (14) ou Os Ratos (23). 

Carta n°1, O Cavaleiro, identifica um indivíduo concentrado, ativo em fazer crescer a própria carreira profissional. Procura contatos, ligações que possam expandir e realizar a própria ideia e projetos. Tem uma visão aberta e predisposição a comunicação. Hábil na comunicação e em adaptar-se nas várias situações presentes, é um ótimo mediador entre o cliente e a empresa que ele representa. Como temos notado, O Cavaleiro não trabalha por conta própria, mas para terceiros. 

Quais são as profissões possíveis correspondentes com a carta do Cavaleiro? 
- mensageiro - carteiro (35+27) - entrega a domicílio - representante - taxista - motorista ( de veículo leve), piloto - correspondente, repórter -editor - negociante - programador - técnico - atleta - guia ( O Cavaleiro + O Navio) - militar. 

Algumas combinações que lhe podem interessar:  
O Cavaleiro é a carta do taxista, representante, motorista de veículo pequeno ( A Ancora (35) + O Cavaleiro (1) + A Carta (27); 
O Cavaleiro (1) + A Aliança (25), encontro, entrevista que levará a fechar um acordo ou um contrato de trabalho; 
O Trevo (2) + O Cavaleiro (1), oferta de trabalho. 

Finanças, na carta do Cavaleiro:  As cartas temática que representa as finanças são: 
- dinheiro, investimento: O Peixe (34); 
- economizar, poupar: O Urso (15).

Algumas combinações que lhe podem interessar: 
Quando a carta do Cavaleiro entra em contato com a carta do Peixe pode indicar: 
O Cavaleiro (1) + O Peixa (34), envio de dinheiro, pessoa materialista; 
O Peixe (34) + O Cavaleiro (1), vale postal, novidades em relação a investimentos, entrada de dinheiro.

Viagem/Deslocamento, na carta do Cavaleiro:  No nosso maço Lenormand existem 5 cartas que representam viagem e deslocamento: 
1- carta n° 1, O Cavaleiro; 
2- carta n° 3, O Navio; 
3- carta n° 12, Os Pássaros; 
4- carta n° 17, A Cegonha; 
5- carta n° 22, Os Caminhos. 

Então, classificaremos essas cinco cartas em dois grupos: 
Viagem ou deslocamento de curta distância: carta n° 1, O Cavaleiro; carta n° 12, Os Passáros; carta n° 22, Os Caminhos
Essas três cartas descrevem todas aquelas viagens e deslocamentos locais, como por exemplo, “tour”, excursão, visitas ( escolástica, cultural, pessoal) ou por motivo de trabalho. Podem ser percorridos a pé ou em bicicleta ( Os Caminhos); de carro, moto, bicicleta ou à cavalo (O Cavaleiro); via aérea,como por exemplo, vôo local em avião (táxi aereo, yacht), helicóptero, balão, pára-quedas (Os Pássaros). 
Viagem ou deslocamento de longa distância:  carta n° 3, O Navio; carta n° 17, A Cegonha; 
Indicam viagens e deslocamentos a longa distância como por exemplo para o exterior ou em um outro estado, porém para uma localidade muito longe da própria casa ou Pátria. Não podemos excluir que esse deslocamento ou viagem possa ter um longo período de afastamento e ausência da casa ou da própria origem. É muito fácil ver aparecer uma dessas cartas em uma “leitura” para um consultante emigrante ou para quem esteja transcorrendo uma longa férias no exterior. As motivações dessa viagem, 
deslocamento ou ausência será determinado da carta que
 se encontra a esquerda (nossa) de cada uma das duas cartas.
 A ou as cartas a direita , ou seja, aquela(s) que segue(m) a carta do Navio ou da Cegonha, descreverão o andamento ou a destinação da viagem feita. As viagens ou deslocamentos aqui representados são efetuados de trem, navio ( transatlântico, cruzeiro), ônibus ou caminhão internacional para aquele que diz respeito ao Navio. Em relação a carta da Cegonha, podemos imaginar viagens ou deslocamentos via aérea ( avião de linha, helicóptero, nave espacial). 
Nota: A carta n° 22, Os Caminhos, pode ser considerada como viagens de longa distância se estiver acanto a carta do Navio ou da Cegonha. 

Possíveis combinações: 
O Cavaleiro (1) + A Montanha (21), deslocamento ou viagem bloqueada, adiado; 
O Cavaleiro (1) + A Aliança (25), deslocamento ou viagem com o(a) companheiro(a); 
O Cavaleiro (1) + Os Caminhos (22) + A Torre (19), caminhada solitária ou em lugar isolado; 
O Cavaleiro (1) + Os Pássaros (12) ou As Estrelas (16), deslocamento ou viagem feito a noite; 
O Cavaleiro (1) + Os Caminhos (22), partir sem destino, aventura; 
O Trevo (2) + O Cavaleiro (1), viagem breve, velocidade. 

Meio de transporte, na carta do Cavaleiro: 
Carro, moto, mobilete, quadriciclo, bicicleta, patinete, patins, animal de transporte (cavalo, burro, iaque, husky, rena, carro de boi); meio de transporte pessoal; van; 

 Algumas combinações que lhe podem interessar: 
- O Cavaleiro (1) + O Caixão (8) + A Cruz (36), carro fúnebre; 
- O Cavaleiro (1) + A Árvore (5) + A Cruz (36), ambulância; 
- O Cavaleiro (1) + O Navio (3), carro (moto ou bicicleta); 
- O Cavaleiro (1) + As Crianças (13), carro (moto ou bicicleta) nova, ônibus escolar; 
- O Cavaleiro (1) + Os Ratos (23), carro (moto ou bicicleta) usada ( de segunda mão). 

 Localidade/Local, na carta do Cavaleiro: Nas redondezas, na mesma cidade de domicílio ou cidade vizinha; academia, campo de adestramento, hípica. 
Tempo livre/ hobby/ Esporte, na carta do Cavaleiro: Esporte ( atletismo, jogging, ciclismo); corrida de automobilismo, moto, motocross, ciclismo; rodeio, equitação. 
Animais, na carta do Cavaleiro: Animais de transporte como por exemplo, cavalos, burros, camelos, yak, renas, husky, elefantes. E também toros e gado. 
Alimentos, na carta do Cavaleiro:  Carne bovina e equina. 
Conselho, na carta do Cavaleiro: O Cavaleiro aconselha a “correr” atrás das coisas que estão no coração, com perseverança e uma correta atitude consigo mesmo e com os outros. Aconselha de não perder a mira dos próprios objetivos. 
Tempo de previsão, na carta do Cavaleiro: O Cavaleiro indica tempo rápido, provavelmente de 1 a 15 dias no máximo. 
- O Cavaleiro (1) + A Foice (10), questão de 1 ou 2 dias. Indica um acontecimento em tempo veloz; 
- O Cavaleiro (1) + O Sol (31), durante o dia; 
- O Cavaleiro (1) + A Serpente (7), longo retardo, imprevistos e grandes complicações impedem de alcançar o objetivo; 
- O Cavaleiro (1) + A Montanha ( 21), longo atraso. 

 Algumas combinações do Cavaleiro: 
- O Cavaleiro (1) + A Cegonha (17) + O Navio (3), ficar grávida; 
- O Cavaleiro (1) + A Casa (4), (tendo em conta que a carta da casa se encontra atrás das costas do Cavaleiro), camper, trailer; 
- A Casa (4) + O Cavaleiro (1), hípica; 
- A Casa (4) + O Chicote (11) ou O Cavaleiro (1), academia; 
- A Torre (19) + O Livro (26) + O Cavaleiro (1), escola de equitação; 
- A Torre (19) + O Cavaleiro (1) + O Chicote (11), quartel militar; 
- A Torre (19) + O Cavaleiro (1), carreira militar; 
- A Casa (4) + A Criança (13) + O Jardim(20) + O Cavaleiro (1), maternal perto de um campo esportivo ou um hipódromo; 
- O Cavaleiro (1) + O Chicote (11) + As Estrelas (16), encontro para um esclarecimento; 
- O Cavaleiro (1) + A Torre (19) , visita de uma autoridade; 
- A Cegonha (17) + O Cavaleiro (1), modificação; 
- O Cavaleiro (1) + A Torre (19), autoridade ou funcionário do governo; 
- O Cavaleiro (1) + O Livro (26), correspondente, jornalista; 
- O Cavaleiro (1) + O Navio (3), amante estrangeiro, viagem ao exterior com a(o) amante; 
- O Cavaleiro (1) + O Chicote (11), treino; 
- O Cavaleiro (1) + O Jardim (29) + A Ancora (35), cliente; 
- A Casa (4) + O Cavaleiro (1),visita, hóspede; 
- A cegonha (17) + A casa (4) + O Cavaleiro (1), mudança no mesmo bairro ou cidade; 
- O Cavaleiro (1) + As Nuvens (6), notícias que esclarecem uma situação; 
- As Nuvens (6) + O Cavaleiro (1), notícias pouco clara, pertubadoras; 
- A Foice (10) + O Cavaleiro (1), entrevista ou encontro que não acontece; atenção a um perigo de acidente ou de sofrer uma lesão; 
- A Foice (10) + O Cavaleiro (1) + Os Pássaros(12), um encontro que será anulado telefonicamente; 
- O Chicote (11) + O Cavaleiro (1), multa por excesso de velocidade, negociação; 
- O Cavaleiro (1) + A Cegonha (17), voo domestico de avião, viagem que trás mudanças significativas na vida do consultante; 
- O Jardim(20) + O Cavaleiro (1), mostra esportiva. 

O Cavaleiro na CASA “ Grande mesa Lenormand” segundo o meu ponto de vista pessoal:

Casa 1 
Indica tudo que chega, que vem ao nosso encontro e nos trás novidade ou notícia importante. A carta que se hospeda nessa casa, nos vai dizer  que coisa ou quem será. 
O que ainda se pode ver nessa casa? 
- pensamentos ( planos, idéias, preocupações) - chegadas ( visitas, cliente, entrega dos correios ou de pacote, ou outro indicado pela carta que se hospeda nessa casa) - novidade (notícia) - negociação, venda ou outro visita - entrevista - deslocamento ou pequena viagem - veículo pessoal - atividade esportiva, física - animal de transporte ( cavalos, burros, camelos, iaque, renas, husky,etc.) 
Sugestão: A carta do Cavaleiro pode ser considerada como carta temática para conhecer a intenção da aproximação de alguém depois de um encontro.  
Vamos fazer alguns exemplos da carta do Cavaleiro em algumas posições das casas da “Grande Mesa Lenormand”? 
- O Cavaleiro na CASA 26 (O Livro), segredo em relação a um encontro ou deslocamento; estudos que induzem a fazer frequentes deslocamentos; 
- O Cavaleiro na CASA 2 (O Trevo),viagem breve, oportunidade, ocasião de sorte que chega através de um deslocamento ou um encontro; 
- O Cavaleiro na CASA 14 (A Raposa), falsa partida, risco de ser enganado durante um deslocamento; 
- O Cavaleiro na CASA 16 (As Estrelas),desejos, sonhos que começam a realizar; sucesso no esporte ou em uma viagem; 
- O Cavaleiro na CASA 20 (O Jardim), encontro de auto (moto), socialmente ativo, manifestante. 
      
Agradeço a você Emanuel por ter me hospedado na tua casa, pela amizade e afeto que você me dedicou e continua a dedicar. Agradeço também a Lu Summo, pela tradução do texto em língua Portuguesa. Um abraço afetuoso a todos vocês, que desejo poder dá-lo pessoalmente em breve. Obrigada!