domingo, 28 de novembro de 2010

Notícias e atualizações

Olá pessoal. Sexta feira passada fui convidado pela turma do segundo período de Enfermagem da UNIS Varginha para debater sobre o aborto. Foi muito interessante e produtivo refletir sobre algo que eu jurava ser ponto dado para mim - sou a favor e pronto. Desejo que cada um seja plenamente responsável por si, incluindo as coisas as quais não desejo fazer. Mas, depois de um tempinho de discussão, refutei minha ideia inicial em função do seguinte pensamento: estamos prontos para sermos plenamente responsáveis por nossas ações? Ainda estou pensando a respeito.

Depois do debate, dando uma volta por Varginha, encontrei um rapaz a quem havia lido a mão no cursinho pré-vestibular, quando comecei a me interessar por Quiromancia. Ele gostou muito - para se lembrar disso quase sete anos depois. Por isso, resolvi repensar meu posicionamento e postar algumas considerações sobre Quiromancia na postagem correspondente.
Dia 30 de novembro estarei na Rádio Tropical FM de Três Corações/MG para refletir sobre as previsões feitas para o ano de 2010 (temos um resumo publicado no Clube do Tarô) e já preparar as reflexões para 2011. (atualização: link para a entrevista aqui)
Ah, e só para lembrar: ainda dá tempo de participar da promoção COPAG/ Conversas Cartomânticas. Dê uma olhada aqui, ou no link correspondente na barra ao lado.
Abraços a todos.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Blogagem Coletiva: Vozes dos Decks


"Como cada pessoa é uma pessoa, cada baralho de tarot carrega suas características, seu tom, sua voz. Como você escuta o que seus decks lhe contam? Que tom dão para as suas leituras? Qual é voz do seu tarot?
Blogagem baseada no texto Vozes dos Decks, na coluna La Pietra Oracolare do Bruxaria.net"

Olá pessoal. A postagem de hoje é a respeito de algo que me fez refletir sobre longo tempo. Há pouco mais de um ano (ou um pouco mais, não tenho certeza), estava eu postando num grupo de discussão do Yahoo! e a conversa estava bem interessante, até um jovem perguntar o que achávamos que a Força fazia - abria ou fechava a boca do leão.
Respondi que, em minha concepção, a informação dependia do baralho que ele estivesse utilizando, incluindo o fato de que nem sempre a Força é mulher! (Tão aí os Tarots Mitológico, dos Santos e 1JJ que testemunham isso)
E no caso do Thoth, em que a mulher está, com o perdão da palavra, pouco se lixando para fechar ou abrir a boca do leão?


O retorno não poderia ter sido pior. Parece-me que entenderam como uma ofensa pessoal eu acreditar que baralhos diferentes levam-nos a viagens arquetípicas diferentes. Tinha que haver um significado estanque. E para mim, Tarot é transformação. 
Não houve nenhuma manifestação do restante da comunidade, incluindo a moderadora, o que, para mim, foi de profundo descaso quanto à seriedade do tema. Desabafos à parte, hoje eu vejo que tudo o que pensei a respeito disso encontrou finalmente eco em outro(s) lugar(es).
A experiência da Pietra, de escolher duas cartas a cada plenilúnio, de baralhos diferentes, eu faço todo fim de ano, quando reenergizo meus decks e refaço meus votos. Abro todos os meus baralhos (acredite, isso leva um bom tempo) e vejo duas, três, cinco cartas de cada um, anoto as informações, verifico discrepâncias e congruências, enfim, tento fazer um todo com todas aquelas partes. No início, eu fazia isso em busca de um todo comum, mas com o tempo e a experiência eu percebia que haviam nuances diferenciadas, como sotaques, das cartas. Alguns me faziam gaguejar (estou falando sério), outros, o próprio consulente queria interpretar; alguns baralhos iam mais a fundo em determinados aspectos psicológicos, mas não eram tão eficazes nas questões práticas; outros, falavam de forma extremamente precisa quanto às questões emocionais, mas eram muito confusos quanto às questões profissionais; haviam ainda aqueles que eram Jack Bauer, outros que nos remetem a visões do passado e/ou do futuro para revelar questões imediatas - o que nem sempre é claro num primeiro momento.
Vejo meus baralhos como vejo minhas espátulas, quando estou restaurando algo: amo a todas, indistintamente, mas nem todas me auxiliam em todos os trabalhos - por isso são úteis! Uso cada uma delas de acordo com a necessidade. Da mesma forma, não jogo para todos os meus clientes com o mesmo baralho; de acordo com a necessidade, utilizo baralhos diferentes, cujo enfoque está mais próximo dos questionamentos que lhe afloram.
Certamente, vocês podem pensar, como eu pensei: "Então o que fazer quando só temos um baralho?" Bem, como pude perceber, o número de baralhos não altera o valor de uma consulta, mas o grau de envolvimento, comprometimento e conhecimento dos elementos ali envolvidos. Particularmente, creio que nunca vou ser bom, ou melhor, nunca vou ser razoável no Call of Cthulhu Tarot. Não li o Call of Cthulhu original; Não sou fã de Lovecraft; não gosto de monstruosidades; não sou adepto de leituras sombrias (ok, ok, eu assumo: sou fã do Edgar Allan Poe, e tenho certa estima pela Annie Rice, mas deixa baixo). No máximo, conseguiria uma grande dor de cabeça com esse deck - suas imagens não me provocam comoção, não me enlevam. Não me afetam como o Tarot deve afetar. Não correspondem ao que espero de um baralho. Entendam: Isso não significa que não seja um baralho bom. Significa que não é bom para mim.
Não pensem que sou maniqueísta. Para poupar leitura, não vou citar aqui tudo o que dizem de ruim sobre Aleister Crowley. Retire os exageros e possivelmente você estará lidando com a realidade de sua biografia - ele não fazia segredo sobre suas bizarrices. Mas, mesmo não concordando com muitos dos seus motes e hábitos enquanto era vivo, quem há de dizer que não é um baralho magnífico o Thoth (referências cruciais para leitura no Clube do Tarô), desenvolvido por ele junto a Lady Frieda Harris? 
Por outro lado, o Marselha (Grimauld, por favor. Conheci essa versão, dita espanhola, recentemente), o Mitológico, o Rider-Waite (e suas trocentas reinterpretações, temáticas ou não) são baralhos que falam algo, diretamente, à minha memória. Me sinto à vontade, com eles.
Entre eles, vamos tomar o exemplo do Mitológico. Se o Cartomante conhece os mitos gregos - ou está disposto a apreendê-los - e se interessa pelos aspectos psicológicos inerentes a interpretação dessas cartas, para quê mais? Esse baralho irá falar exatamente o que ele precisa de uma forma que ele consiga entender. Agora, se ele busca respostas práticas e diretas, voltadas para atitudes pré-determinadas, deverá treinar bastante, pois não é esse o foco dado ao desenrolar de suas leituras. Por outro lado, sendo esse o foco do Tarô Adivinhatório, precisamos estar mais amparados quando desejamos um jogo mais profundo e psicológico com suas lâminas.
Isso, só falando dos Tarôs. Quando estendemos a questão para os demais baralhos, o buraco fica BEM mais embaixo. Mas aí, é outra história.


Para mim, as vozes mais doces provém do Marselha (uma contralto de voz inigualável), do Thoth (um barítono que deve ser explorado ao máximo), do Mitológico (um castratto muito bem posicionado em seus solos), do Petit Lenormand (na versão da COPAG, Baralho para Ver a Sorte - minha soprano favorita) e do baralho comum francês (32 cartas Um baixo c'est ne pas grave). Não estou dizendo que são atenuantes das previsões, pois não são mesmo; mas que é bem mais palatável para mim receber as informações a serem repassadas a meus consulentes através de suas imagens. Existem outros, é verdade; mas dependem do meu momento, do rumo que minha busca está tomando, de para onde desejo ir... E para onde estou sendo levado.
Abraços a todos.




segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Preparando para 2011: Qual é seu desejo?



Olá pessoal. Repararam que o layout do blog mudou? Já estamos nos preparando para 2011!
Tal como no ano passado, teremos esse ano a promoção do blog em função do Arcano Regente do ano vindouro. 



O ano de 2011 será regido pelo Arcano IV, o Imperador. Em contraposição complementar a 2010, quando fomos influenciados pela Imperatriz, teremos agora a oportunidade de desenvolvermos nossas características masculinas, próprias do Pai, tomando para nós o cetro do nosso Destino. A regência do Imperador é Áries (conforme os decks herdeiros da Golden Dawn; para o Kier, a regência é Urano em Aquário; para Papus, a regência cabe a Júpiter - inclusive, Deus que ocupa a mesma posição no Tarot Mitológico, como Zeus, e o local do Hierofante no 1JJ Tarot), que é por natureza Cardeal e Masculino, regido pelo Fogo: teremos mais iniciativa e força de vontade que costumamos ter, mas estaremos também com os humores mais alterados, tendendo mais ao colérico que ao fleumático. Crowley ainda correlaciona essa carta aos dois aspectos do Carneiro: seus aspectos belicosos não excluem a sua perspectiva de agnus Dei. Mesma natureza, mas manifestação diametralmente oposta. Igor Pedrosa propõe como palavra-chave da carta o magnetismo pessoal: "A vontade imperiosa ou autoridade natural é o magnetismo pessoal". (PEDROSA: 2005, 161).



Teremos como Regente Planetário o planeta Mercúrio. Esse planeta incita ao diálogo - que pode ser uma discussão como um silêncio compreensivo; o importante, aqui, é a mensagem ser passada adiante, a despeito do método.
A combinação entre os dois aspectos - Mercúrio no Céu influenciando os aspectos d'O Imperador pode tanto representar os melhores aspectos da comunicabilidade sendo utilizados para concretizar nossos desejos de forma prática, direta e efetiva como também a presença de um Snaketongue perto (dentro?) de nós, limitando e reprimindo nossos desejos e possibilidades (já imagino esses efeitos na política desse país...).
Frente a isso, o Conversas Cartomânticas, em parceria com a COPAG do Brasil, lhe propõe a seguinte reflexão: Qual é o seu maior desejo para 2011? Como você fará para atrair o que deseja? Vale utilizar seus conhecimentos de Cartomancia associados a quaisquer outras mancias, tais como a Astrologia, Quiromancia, Geomancia, I Ching, Runas; da mesma forma, correlações com livros, músicas e filmes são igualmente válidas. Para dar uma ajudinha aí com inspiração, segue abaixo o Imperador do Color Tarot, que possui bastante correlações (sempre uso esse baralho quando procuro inspiração):



As duas melhores respostas receberão, por cortesia da COPAG do Brasil, o livro Tarô: a história e a magia, de Igor Pedrosa (não acompanha as cartas).

Para participar


Para quem possui blog:
1. Postar o selo promocional em seu blog ou site;
2. Responder em uma postagem, linkando o Conversas Cartomânticas.


Para quem não possui blog:
1. Utilize o espaço direcionado aos comentários, aqui mesmo, no blog, com nome completo e e-mail de contato.
2. Só valerão comentários postados nesse tópico. Comentários em outras postagens serão desconsiderados.


Mas, como saberemos quais serão as melhores respostas?


1. No primeiro caso - quem possui blog - por número de comentários ao texto.
2. No segundo caso - quem comentará essa postagem - por coerência com a temática proposta, frente os demais comentadores.


Se não houverem participantes em uma das categorias, a premiação será repassada para a outra, tendo portanto dois ganhadores.


As participações são válidas até o dia 15 de dezembro.
Abraços a todos... E boa sorte!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Caetano Veloso, A Força e a Tigresa

Olá pessoal. Postagem descompromissada, compromisso apenas com a beleza do gesto, nesse caso, da música. Ouvi, recomendado por alguém que tomou posse de um pedaço do meu coração, fez morada e não quer sair. Nem que eu queira.
Mas...
Quem disse que eu quero?...

Não conheço quase nada de Caetano, não porque eu não queira, mas porque música tem que ter contexto. E contexto se faz vivendo, não cavando sites de busca. Então, hoje, por recomendação, ouvi essa música que, por me remeter diretamente a um Arcano Maior, compartilho com vocês.


Caetano Emanuel Viana Teles Veloso (Santo Amaro da Purificação, 7 de agosto de 1942) é um músico e escritor brasileiro. Considerado um dos melhores compositores do século XX. Não vou me estender em sua biografia, porque quero experienciá-la em seus discos (estou aceitando sugestões da ordem em que devo ouvi-los). 


Uma tigresa de unhas negras e íris cor de mel
Uma mulher, uma beleza que me aconteceu
Esfregando a pele de ouro marrom
Do seu corpo contra o meu
Me falou que o mal é bom e o bem cruel

Enquanto os pelos dessa deusa tremem ao vento ateu
Ela me conta sem certeza tudo o que viveu
Que gostava de política em mil novecentos e sessenta e seis
E hoje dança no Frenetic Dancin’ Days

Ela me conta que era atriz e trabalhou no Hair
Com alguns homens foi feliz com outros foi mulher
Que tem muito ódio no coração, que tem dado muito amor
E espalhado muito prazer e muita dor

Mas ela ao mesmo tempo diz que tudo vai mudar
Porque ela vai ser o que quis inventando um lugar
Onde a gente e a natureza feliz, vivam sempre em comunhão
E a tigresa possa mais do que o leão

As garras da felina me marcaram o coração
Mas as besteiras de menina que ela disse não
E eu corri pra o violão num lamento
E a manhã nasceu azul
Como é bom poder tocar um instrumento 


Abraços a todos... Ao som de Caetano.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Notícias recentes. A Imperatriz.


Olá pessoal. Muitas coisas aconteceram nesses mais recentes dias, e elas estavam ligadas aqui ao Conversas. Mas cadê tempo de ordená-las para conversarmos?
Dia 08 de novembro dei uma palestra na Casa da Cultura de Três Corações cujo título era "Tarot: Oráculo e Terapia". Foi muito bacana, um grupo pequeno mas focado, que, mais que me ouvir, foram para me fazer pensar. Falei sobre o Tarot, em suas duas acepções - como forma de "ver o futuro" e como forma de "ver o interior" - e da forma como as percebo em meu trabalho, e principalmente, da ética de um Cartomante (acho super importante sempre frisar isso, independentemente do tema das palestras sobre cartomancia).
Depois disso, apresentei no SIC - UFOP dois trabalhos sobre Cartomancia, um relativo à semântica (Petit Lenormand, Baralho Cigano: um problema semântico e iconográfico) e outro à iconografia (O Tarot Thoth como objeto da História da Arte). Foram muito bem aceitos, e a pergunta que ficou foi: "Por que você não trouxe seu baralho?" Percebi que a Academia ainda se interessa pelos aspectos do Oculto. De uma outra forma. 
E, por último, recebi o desafio das meninas do Chá de Tarot para falar sobre uma das minhas lâminas favoritas: A Imperatriz.


"Se arquétipos são do conhecimento construído pela humanidade, eles estão, certamente, em tudo que nos cerca: da observação dos ciclos aos movimentos mais humanos como as celebridades e as necessidades de agrupamento. Então, convidamos todos os oraculistas a nos contar onde está A Imperatriz? Onde está seu reinado? Sua força fêmea? Onde manifesta-se seu jardim? O que nasce de sua barriga fértil? Onde moram suas manifestações mais físicas? Onde está a Imperatriz?"

Pensei muito nisso. Tanto que me atrasei na postagem, para além do esperado! A Imperatriz é uma das cartas mais lindas do baralho. Fatalmente atrai nossa atenção. É envolvente e diáfana como um entardecer. 
É o arquétipo da Mãe. Se nos ativermos à Espiritualidade da Deusa, a Donzela seria a Sacerdotisa, e a Lua a Anciã. Sendo assim, ela regeria a segunda fase da vida de uma mulher, por volta dos 17 a 35 anos (as Donzelas estão mais precoces).
Se fosse resumir essa carta em uma palavra, seria ternura. Ela não é o Amor, conforme entendemos - relação entre sujeito e objeto, podendo ou não ser recíproca - mas a relação de entrega do sujeito ao objeto que visa apenas a satisfação pessoal. Soa estranho e egoísta, mas não é. Pense num filme de amor. Qualquer um (aqui no blog temos alguns exemplos bem bacanas). E pense no estado em que você ficou quando chegou ao final. O teu choro, se choro, e o teu encanto, se encanto, não afetou ninguém além de você mesmo. Pura ternura. 
Conforme o Dicionário Priberam de Língua Portuguesa, ternura pode ser também uma tristeza suave. Seria saudade, se não soubessem lhe dar nome?

Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar
                                                                     [ extático da aurora.

É um aspecto de nutrição. Nutrir, aqui, num aspecto diferente d'A Sacerdotisa: A Imperatriz é a nutrição que gera dependência e retroação. Como Dhea Mater, Ela pede nosso retorno e posicionamento. Sua dedicação não é gratuita. Assim, Ela permite que apenas os fortes sobrevivam; contudo, sua visão de força é diferente daquela que os homens desejam, pois não é imposta pela força, mas pela ousadia da semente que rompe a terra, a audácia do urso que emerge de sua hibernação, a vitória da crisálida rompida pela recém-nascida borboleta. Muito legal a colocação da Rainha de Espadas, que tomo a liberdade de transcrever: "Para mim a Imperatriz está nas bruxas de cozinha; alquimistas, nutridoras que são. Está nos momentos de maior criatividade, quando ousamos tirar idéias do papel. Quando plantamos nossas ervinhas no jardim, cuidamos dos nossos animais e de quem mais precisar de cuidados, mesmo que seja através de um chá quente e uma conversa. Está nos cuidados com nosso corpo, nossa casa."   
Criatividade - É assim que Ma Deva Padma chama o Arcano III no Tarô Zen de Osho. Falando nisso, nem sempre a Imperatriz é o Arcano III. No Tarot Mitológico, que não possui numeração, é a segunda carta após o Louco, a que tradicionalmente atribuímos o Zero, e o mesmo se aplica ao Housewives, que é o tema das nossas postagens. A Mãe Terrena serve de amparo para a compreensão da Mãe Celeste, o empírico gera as bases do filosófico. 



É muito forte o aspecto maternal dessa carta. Não sabia porquê. Mesmo. Talvez pelas relações com Isis e com Gaea, pois as primeiras referências à Imperatriz falam em razão, não em instinto, como temos atualmente. E a última coisa que eu relacionaria com a maternidade seria justamente a racionalidade. Para mim, era puro instinto.
Mas, pensando um pouquinho... É necessário muito sangue frio para cuidar das panelas enquanto se atende as necessidades de um filho, sem perder o controle de nenhuma das funções. 
Sendo assim, eu vejo, ou melhor, sinto a Imperatriz quando meus instintos exigem a presença da minha Anima, que conheci quando atravessei o Véu da Sacerdotisa. Por outro lado, é sempre um desafio ouvi-La, pois é sempre o Outro Lado do meu gênero, o Outro Lado da experiência que aceitei nessa vida, nesse corpo.
Mas... Justamente por isso... Vivo essa experiência nas relações com as mulheres que cruzam meu caminho, pois elas são como reflexos iridescentes da experiência de habitar um corpo físico - outra das acepções dadas à Imperatriz.






Abraços a todos.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Poker e Cartomancia: uma análise possível?


Olá pessoal. Estive pensando em uma coisa... E resolvi experimentar. Já falamos aqui, antes, sobre a interpretação dos acúmulos de números e naipes em um jogo. Mas, vendo alguns vídeos (eu já falei que eu sou viciado em baralhos? ^^), percebi uma possibilidade de ampliação das possibilidades significativas dos jogos. No Poker.


O Poker é um jogo de cartas, com apostas, para dois ou mais jogadores, onde vence quem possuir a melhor combinação de cartas. Segundo a Wikipédia, o pôquer desenvolveu-se nos Estados Unidos e desde logo tornou-se o jogo de cartas favorito dos norte-americanos, especialmente dos pioneiros do Oeste. A origem do pôquer é muito antiga e está ligada a vários outros jogos que também se baseiam em combinações de cartas do mesmo valor e que apresentam um sistema de apostas muito semelhante ao do pôquer atual.  


Não sou jogador, ainda. Mas vamos combinar que, para quem gosta de um carteado, é um jogo que tem glamour e agressividade na medida certa. 


Sobre esse jogo houveram diversas manifestações artísticas. Filmes (esse aqui eu não vi ainda, esse aqui comentamos no blog), desenhos (foi minha grata surpresa conhecer o Gambling King, no Ranma 1/2) e games (particularmente, eu adoro Devil May Cry... Especialmente o Capítulo 09, Death Poker: Assista: Parte 1Parte 2, Parte 3), vídeos, músicas (Leonardo Chioda comenta aqui, Eric Clapton surpreende aqui), livros. O clima tenso que existe numa mesa de jogo é de tal natureza que equivale a um filme de suspense. Por uma perspectiva romântica, vidas se definem numa mesa de jogo. Para melhor ou para pior.


Não é do nosso interesse imediato as regras do jogo em si, mas as combinações de cartas. Pensando na antiguidade das possibilidades combinatórias, e utilizando da Lei da Analogia, tais combinações poderiam ser, a partir do naipe e da numeração, ter novas atribuições dentro de uma mesa de consulta. Pois, no fim das contas, a Cartomancia ainda é um jogo.


Como já disse mais de uma vez, para a Cartomancia sou contra tabelas específicas, mas acho bem interessante utilizarmos generalizações significatórias para a interpretação pessoal. Por exemplo: no Petit Lenormand, 13+17 representaria gravidez; mas SÓ gravidez? Por outro lado, três rainhas (vejamos: 07, 09 e 17, para exemplificarmos) indicam "decepção por conta de uma mulher ou por mulheres", informação que ganha em sentido a partir das interpretações das lâminas correspondentes.


Por isso, vou testar e vamos conversando a respeito, as perspectivas simbólicas das mãos de Poker na Cartomancia.
Conforme o site da COPAG, os valores são os seguintes, em ordem decrescente:


1) Straight Flush: cinco cartas do mesmo naipe, em seqüência. O Straight Flush mais alto, chamado Royal Straight Flush, é formado por Ás, Rei, Dama, Valete e Dez. O menor, dependendo da menor carta utilizada (6 ou 7), é 10, 9, 8, 7 e Ás ou 9, 8, 7, 6 e Ás. Entre dois ou mais flusches, ganha o que for encabeçado pela carta mais alta. 
2) Quadra: quatro cartas do mesmo valor - 4 Ases, 4 Reis etc. Entre duas ou mais quadras, ganhará a que for formada pelas cartas mais altas. (Essa possibilidade já vimos antes)
3) Full hand, full house ou full: um terno (três cartas do mesmo valor) e um par. Exemplo: Dama, Dama, Dama, 9 e 9. Entre dois fulls ganhará aquele que tiver o terno maior. 
4) Flush: cinco cartas do mesmo naipe, que não formam seqüência. Se houver dois ou mais flushes, ganhará o que for encabeçado pela carta mais alta; se estas forem iguais, considerar-se-á a segunda maior, a terceira, se houver necessidade, e assim por diante. Só haverá empate se as cinco cartas de dois jogadores tiverem os mesmos valores (cinco cartas do mesmo naipe já vimos antes). 
5) Seguida, seqüência ou straight: cinco cartas em seqüência, independentemente dos naipes. Entre duas seguidas, ganhará a que for encabeçada pela carta de maior valor. Exemplo: Ás, Rei, Dama, Valete, 10 e 10, 9, 8, 7, Ás (valendo como seis) - vence a primeira. 
6) Terno ou trinca: três cartas do mesmo valor. Ganha a trinca mais alta (também já vimos antes). 
7) Dois pares: duas cartas do mesmo valor, outras duas do mesmo valor e uma quinta carta qualquer. Exemplo: 10, 10, 7, 7 e Ás. Se dois jogadores tiverem dois pares, ganhará aquele que tiver o par maior. Se este empatar, considerar-se-á o segundo par. Se este também empatar, ganhará quem tiver a quinta carta maior (A Cartomancia Francesa considera os pares - vide o Tarô Adivinhatório (Ed Pensamento; não consideraria no Tarot, mas é uma possibilidade para o baralho comum. O problema são as atribuições dadas por Papus... Teriam que ser melhor estudadas, e em alguns casos, novas atribuições oferecidas). 
8) Um par: duas cartas do mesmo valor e outras três cartas de valores diferentes entre si. Exemplo: Rei, Rei, 9, 7, 6. Quando dois jogadores tiverem um par, ganhará quem tiver o par de maior valor. Se ambos tiverem o mesmo par, serão consideradas as cartas restantes. Exemplo: 8-8-Ás, 10, 9 ganha de 8-8-Ás-10, 7. Se todas as cartas de duas mãos forem exatamente iguais, as fichas apostadas serão divididas. 


Como será que isso fica quando atribuímos significados aos que ainda não possuem? E, por outro lado, como será que um Cartomante antigo veria essa possibilidade?
Abraços a todos.