Pessoal, nesse mês contamos com a experiência de Pietra di Chiaro Luna, idealizadora e organizadora com Edu Scarfon da Confraria Brasileira do Tarot e uma amiga querida de muito tempo - do tempo em que o Yahoo! tinha dois mega de espaço no e-mail e isso parecia muito...
Vamos visitar o Amor, com ela, hoje. Filha da Senhora que lida com ele em seu ventre e essência, vamos com ela, conhecendo e reconhecendo em nós o que ele é capaz de fazer.
Amar sugere o objeto do afeto... assim, mesmo que se trate do amor próprio, existe um sujeito amante e um amado. E tudo se acende com a paixão de quem enamora... de quem se encanta. Acredito que a essência do arcano 6 seja aquilo que puxa o coração para a ação. Ele vai para as mãos e para os pés. O amor move o mundo e faz com que se sobreviva. De seu início e do seu fim. Pelas suas dualidades, suas partes, o amor, Os Enamorados podem ser vistos em dois atos que acabaram se tornando parte da tradição do tarot, tanto em suas iconografias quanto num crescimento histórico.
Acredito que Os Enamorados têm sim a essência da escolha, pois quem ama, ama este ou aquele - ou deveria. O amor impõe uma escolha. Preferir, preterir. Mas antes de tudo, Os Enamorados são sobre fogo nos olhos. De ver as coisas com mais vontade e, assim, paixão.
Enamorados
Visconti Sforza
Primeiro ato: a união
As primeiras imagens dos Enamorados remontam a um casamento. E essa união de opostos, afinal, nem gêmeos são iguais, vai fazer com que uma terceira alma se forme.
Gostar e unir-se pressupõe fazer escolhas, as quais falaremos mais adiante. Porém, o foco daquilo que puxa o coração é muito importante. E assim, corre-se o risco de ouvir: que loucura! Isso não tem futuro!
E ali está a crença do coração. Entregar-se e viver o que se ama.
Sem dúvidas, mora aqui também flexibilidades, concessões, trocas. E ganhos. Muitos ganhos. Um coração apaixonado funciona de forma saudável.
Então, pulando os Enamorados numa leitura, em seu primeiro ato, ame. Apaixone-se. Olhe-se no espelho, sorria!
Amantes
Antigo Tarô Lombardo
Segundo ato: a escolha
E então, quem ama, escolhe. Escolhe ceder ou não. O caminho da virtude ou da tentação, da razão e do apetite nos pedem coisas diferentes. E sim, pode-se fazer escolhas baseadas naquilo que precisa ser feito, aliás, uma ideia budista é essa: liberdade é fazer o que precisa ser feito.
A estrada está aberta.
Por fim, existem momentos que a escolha tem de ser você. E, voltando ao primeiro ato, uma escolha de amor a si. Ao que o coração deseja. Não é uma escolha de Justiça ou do Eremita. Isso chega um dia. Ainda estamos pueris.
Num ano de Enamorados, a paixão é o nosso mestre. Apaixonar-se pela poesia da vida e deixar o caminho seguir sob sua ótica. Apaixonar-se por si e deixar as flores crescerem no caminho. Não adianta aqui "e se". As escolhas são feitas. E que o sejam de coração livre para que o coração e o sangue fluam!
Para uma reflexão diferente, sugiro aqui algumas perguntas, tiradas do livro Tarot for dummies, de Amber Jayanti.
- Há um novo amor entrando em sua vida?- Você está tentando curar alguma das partes da sua alma - anima ou animus?- O que você deseja vivenciar sem se importar com as consequências?- Virtude ou Sombra?
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"Quem nunca segurou longamente a pata do gato ignora aquilo que o gato pensa"
provérbio chinês
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