segunda-feira, 11 de abril de 2011

Bond... James Bond ... e a Cartomancia: o Tarot 007



Olá pessoal. Num daqueles acasos que fogem à explicação, ou talvez não careçam dela, li o a tradução do Alexsander do texto de James W. Revak no Clube do Tarô e acabei visitando o site em busca de maiores informações. Em um teste muito bacana, de nomear os baralhos, acabei descobrindo que James Bond já recebeu uma consulta de Tarot!


No oitavo baralho da lista, James W. Revak escreve
Tarot of the Witches (James Bond 007 Tarot), by Fergus Hall, first published 1973.
Tarot of the Witches gained instant notoriety when it appeared prominently as a prop in the James Bond film Live and Let Die.  In fact, it was marketed at that time as the James Bond 007 Tarot.



Curioso que esse é o oitavo filme do James Bond...
Em tradução livre, seria: "Tarot das Bruxas (Tarot James Bond 007), produzido por Fergus Hall, publicado pela primeira vez em 1973. 
O Tarô das Bruxas ganhou notoriedade instantânea quando apareceu destacado como adereço no filme da série James Bond Viva e deixe morrer. De fato, foi comercializado na época como o Tarot James Bond."



Conforme a WikipédiaLive and Let Die é um filme britânico de ação e espionagem de 1973, o oitavo da série James Bond e o primeiro com Roger Moore no papel do agente 007. Conhecido em Portugal por 007 - Vive e Deixa Morrer e no Brasil por Com 007 Viva e Deixe Morrer, o filme foi realizado por Guy Hamilton e produzido por Albert Broccoli e Harry Saltzman e é baseado no romance homónimo de Ian Fleming.


É impressionante a quantidade de vezes que a Sacerdotisa aparece nesse filme, assim como sua oitava menor, a Rainha de Copas. 
Ao entrar na loja Voodoo, na porta temos a Rainha de Copas e na prateleira o Mago do Rider Waite.



Quando a taróloga joga para Bond, ela mesma se representa pela Sacerdotisa - confirmando quando Bond pergunta a respeito. Bond é representado pelo Louco (e aqui temos um jogo de palavras com os leigos da Arte que viram o filme, já que o Louco/Bobo (Fool) não é visto como seu aspecto divinatório, mas apenas o potencial semântico da palavra é revelado - e não é muito bacana ser chamado de tolo...), e por último, Bond tira os Enamorados, que deixa a vidente perplexa, pensando na relação futura entre os dois.



No cartaz onde figura a Sacerdotisa de Waite ao centro, temos, à esquerda, de cima para baixo (simmmm, eu pausei o filme para poder contar isso pra vocês): A corte de Espadas - Valete, Cavaleiro, Rainha e Rei, sendo que o Ás ladeia o Cavaleiro; à direita, por sua vez, a Corte de Paus, da mesma forma.



Uma das cenas mais interessantes para mim ocorre quando Bond recebe um bilhete com a Rainha de Copas invertida... Deuses! Quem desfaria um deck inteiro para mandar um bilhete! Divertido é perceber depois todo o potencial desse bilhete, quando ele compreende a traição de uma mulher perversa, ludibriosa e mentirosa.
É interessante vermos como a taróloga do filme parece ter um GPS. Ela diz em tempo real o paradeiro de Bond e a ação que ele produzirá. No momento em que perguntam-lhe sobre o futuro e a mesa nos é apresentada, vemos novamente a Sacerdotisa coroando o jogo, e ela vira... Os Enamorados. Novamente, me pergunto: estamos sob o efeito da lâmina como um todo ou apenas diante de uma exploração semântica?



Apesar de toda a manipulação das imagens, uma fala da Cartomante merece destaque, por ser aplicável na nossa prática, efetivamente: Se não fizer perguntas específicas, não me responsabilizo pela má interpretação das respostas.


Em seu atrevimento costumeiro, Bond toma das cartas e joga sobre a mesa A Carruagem, O Louco e a Sacerdotisa. Numa inversão de papéis, que beira a insolência no tratamento com um baralho consagrado, Bond abre com um golpe de mão magnífico as cartas para que a Cartomante - Solitaire, novamente uma exploração do potencial semântico da palavra, algo entre o jogo de cartas e o estado no qual ela se encontra (ou talvez tenha se perdido...) - tire uma. Adivinhe qual carta ela tira? Adivinhe?
Bond havia preparado um deck com todas as cartas iguais. Hmpf ¬¬".
Num diálogo direto com O Escorpião Rei (2002), a Cartomante perde seus poderes ao se aproximar do amor terreno, já que seria esposa de um Príncipe que já se foi desse mundo". E tal como nesse filme, o temor da Sibila se mostra sem fundamento.
Um homem de negro queima a Sacerdotisa do Rider Waite. Este mesmo homem vira a carta Morte, do mesmo baralho, indicando que a situação chegou a seu limite...


Sinceramente, eu sempre achei esse Tarot das Bruxas horroroso. Mudei meu conceito sobre ele, mas continuo achando ele feiosinho. Mas fica cá a dica de um filme para nossas Conversas Cartomânticas...
Abraços a todos. 





Excerto do site Webcine:

Título Original: Live and Let Die
Gênero: Aventura
Origem/Ano: UK/1973
Duração: 121 min
Direção: Guy Hamilton

Elenco:
Roger Moore: James Bond 
Yaphet Kotto: Kananga/Mr. Big 
Jane Seymour: Solitaire 
Clifton James: Sheriff Pepper 
Julius Harris: Tee Hee 
Geoffrey Holder: Baron Samedi 
David Hedison: Felix Leiter 
Gloria Hendry: Rosie Carver 
Bernard Lee: M 
Lois Maxwell: Miss Moneypenny
Tommy Lane: Adam
Earl Jolly Brown: Whisper
Roy Stewart: Quarrel
Lon Satton: Strutter
Arnold Williams: Cab Driver
Madeline Smith: Miss Caruso

Sinopse: Com charme, inteligência e uma segurança implacável, Roger Moore aparece como o educado, sofisticado - e letal - agente 007 em um duelo "emocionante e de alta tensão" com um vil chefão do tráfico que está determinado a eliminar Bond e conquistar o mundo!
Ao investigar os rumores deste derrame de drogas, três agentes britânicos morrem no mesmo dia e o chefe do Serviço Secreto inglês põe em campo seu melhor homem: James Bond, o Agente 007. A missão destes agentes era investigar o primeiro ministro da ilha caribenha de San Monique, Dr. Kananga, que é suspeito de fazer negócios ilegais com o chefe do narcotráfico de Harlem em Nova York, Mr Big.
Na investigação, James Bond descobre que a quadrilha de traficantes é comandada pelo poderoso Kananga, vilão que usa braço mecânico como arma. Protegido pela magia negra e crocodilos assassinos, Kananga coordena um esquema gigantesco de tráfico de heroína... e o agente 007 está em seu caminho.
Nesta missão Bond conta com a ajuda de Felix Leiter, agente da cia, e mais tarde da ajuda da mística Solitaire (Jane Seymour), cartomante e sacerdotisa particular de Kananga, uma mulher misteriosa e sensual, cujos poderes mágicos servem ao mestre do crime, que ao ler as cartas prevê o fracasso de sua missão... mas não resiste ao charme de James Bond. Mas ele não consegue invadir o reduto do criminoso e aterrissa em San Monique. No hotel encontra uma jovem negra, Rosie Carver (Gloria Hendry), seu contato da CIA, que é uma agente dupla. O tempo para impedir o golpe diminui dramaticamente e 007 encontra outros obstáculos: como Tee Hee, dono de uma garra de aço no lugar de uma das mãos, o gigantesco Barão Samedi (Geoffrey Holder), sumo sacerdote do culto voodoo, também chamado "O Homem Que Não Pode Morrer". Antes que possa explodir a mansão de Kananga junto com sua plantação camuflada de papoulas, James Bond ainda irá enfrentar lagos infestados de crocodilos, milhares de serpentes venenosas... e mulheres perigosas e sedutoras. Mas James Bond está preparado para tudo.
O arsenal de truques do agente britânico é enriquecido por uma potente lancha voadora. Este inesquecível filme da série traz ainda a música-tema interpretada por Paul McCartney e o conjunto Wings.

Prêmios: Oscar 1974 - Indicado ao prêmio de Melhor Música
Distribuição em Vídeo e DVD: Warner / Fox


4 comentários:

  1. E qual é o baralho que ilustrou o post, sem ser o próprio James Bond tarot?

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  2. Olá, Filhote de Lua. Pasme: não é um baralho, são os cartazes do filme! O pessoal pesquisou mesmo, e produziu um efeito assaz interessante!

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  3. Olá Emanuel,

    Adorei o texto, muito abrangente e elucidativo, um dos mais completos que já li na rede. Obrigado por brindar-nos!

    Abraço!

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    Respostas
    1. 'Magina, Gian. Estou lisonjeado e honrado com sua visita. Você é sempre muito bem vindo por aqui.

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Quando um monólogo se torna diálogo...