domingo, 24 de abril de 2011

Blogagem Coletiva: ...E foi quando o Tarot me encontrou... brincando de pique-esconde.


Não somos nós os que o encontramos e sim ele, o Tarot, o que surge no momento certo em nosso caminho. 
Pode ser um encontro rápido apenas anunciando uma permanência maior no futuro, ou ele pode vir, sentar na sua mesa e ficar para sempre... Mas quem o encontra, e com ele conversa não será jamais o mesmo após esse cara a cara.
Como aconteceu esse encontro com você? Sempre há uma lembrança, um momento marcante, um instante inesquecível que fica na escrita do Tarot em nosso livro da vida.

É, meninas... Quando ele chegou eu já amava as cartas. Mas ele chegou chegando, causando e provocando medo e fascínio. Como todo amor de novela.
Meu primeiro contato com um deck foi meio chocante. O jogo, feito com o Tarô Gótico, da Tibet - um dos melhores, senão o melhor, frente à leva de baralhos-releituras, e ainda por cima anterior à tsunami Crepúsculo.
Eu já jogava cartas. Já amava a visão do porvir. Mas até então não tinha conhecimento do potencial do Tarot, que é incomparavelmente mais amplo que as cartas de jogar (o que não afeta, de forma nenhuma, o potencial premonitório das mesmas). Quando vi o baralho, lembro que, na maior inocência, pedi: me empresta?
Não fui atendido, claro. Esse é o tipo de coisa que não se empresta, ele disse. Terá que conseguir o seu.
Para minha sorte ele tinha um Marselha à venda pela fortuna - na época eu tinha algo por volta dos doze anos, não se esqueçam disso - de R$3,00. Comprei. Feliz.
Sim, meu primeiro Tarot veio de segunda mão.
A consulta que mais me marcou nessa época não foi nada legal. Esse rapaz disse que eu tinha um espírito inferior, negativo, que me acompanhava. Ok, coisa bacana para se falar para uma criança. Quase pirei, mesmo. Fugi do Tarot por mais ou menos um ano ou dois, depois desse jogo.
Contudo, como tudo o que nos pertence retorna a nós de alguma forma, eu li As Brumas de Avalon e a saudade que esse livro despertou em mim, não se aplicou apenas ao Tarot, como também à Feitiçaria - A Arte me reencontrou quando eu quis brincar de esconde-esconde com ela...
Acho que é isso. Eu o (re) encontrei no susto, eu o amei no susto, e hoje, à vontade com suas possibilidades mas sempre aguardando surpresas, superei o medo e sinto fascínio. 
Abraços a todos.


2 comentários:

  1. Emanuel,

    é como penso então... o Tarô se a chega a cada um de nós de forma diferente e única. E ainda creio que não somos nós que o buscamos, ele que nos busca...

    Boa semana!

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  2. E tudo que nos pertence volta a nós de alguma forma. Fato.

    Muito legal, Emanuel.

    Ótima semana a você e suas cartas. =)

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Quando um monólogo se torna diálogo...