sexta-feira, 30 de abril de 2010

Corra Lola Corra e a Cartomancia


Hoje, quatro horas da madruga, jurei ouvir a voz de um amigo. Jurei de pés juntos! Não consegui mais dormir. Ao ligar a TV, me deparei com um filme que há muito não via, exatamente pela aura "cult" que ele carrega - tenho dificuldades com obras de arte que devem ser vistas de forma esotérica por um seleto grupo que decide o que é bom e o que não é...

Mas esse filme é bom. Rodrigo Cunha assim o apresenta, o define, e eu concordo:
"Corra, Lola, Corra ganhou alguns prêmios internacionais, como o de Melhor Filme Estrangeiro pelo Independent Spirit Awards, e é um excelente filme alternativo para se curtir. Tem 3 finais (todos ótimos), é preciso ser visto mais de uma vez para ser totalmente aproveitado, apesar de eu ter atentado que nem todas as pessoas curtem o seu modo de fazer cinema. Eu gostei muito, e desde já o considero como um dos novos clássicos do Cinema."


Sinopse: Manni (Moritz Bleibtreu), o coletor de uma quadrilha de contrabandistas, esquece no metrô uma sacola com 100.000 marcos. Ele só tem 20 minutos para recuperar o dinheiro ou irá confrontar a ira do seu chefe, Ronnie, um perigoso criminoso. Desesperado, Ronni telefona para Lola (Franka Potente), sua namorada, que vê como única solução pedir ajuda para seu pai (Herbert Knaup), que é presidente de um banco. Assim, Lola corre através das ruas de Berlim, sendo apresentados três possíveis finais da louca corrida de Lola para salvar o namorado.

Valério Fiel da Costa faz uma apresentação fantástica deste filme, que merece todo o respeito. confira aqui. E aqui, temos uma análise com base na teoria psicanalítica de Freud. É... O filme dá mesmo pano para manga.


Eu gostaria de partilhar com vocês as sensações que me permearam dessa vez. Desde Matrix, fico me perguntando sobre a nossa função, enquanto cartomantes, no processo de construção dos eventos que permeiam a vida de nossos consulentes. Ou será que, se não falássemos nada, o vaso realmente cairia?


 De lá para cá, li muitas possibilidades de interpretação, desde que "gero karma" por jogar Tarot (!) até que não podemos "alterar o Destino" de ninguém através de uma simples leitura. Mas acho que a resposta que mais me atendeu foi a do livro Conversando com Deus, de Neale Donald Walsh. Experimentamos, simultaneamente, todas as possibilidades de sermos o melhor que pudermos ser. E a parte mais fiel ao que representamos e sentimos (segundo os critérios que adotamos) é escolhida para representar nosso momento.
O Tarot seria uma "antevisão" das possibilidades que temos de representar o melhor que podemos ser. A partir dessa antevisão, decidimos se ela corresponde ou não à realidade que desejamos vivenciar. Não é um fado, mas uma possibilidade, como olhar um mapa antes de cair na estrada.
Ainda bem...
Abraços e até o próximo post.



  • título original:Lola Rennt
  • gênero:Ação
  • duração:01 hs 21 min
  • ano de lançamento:1998
  • site oficial:http://www.spe.sony.com/classics/runlolarun/index.html
  • estúdio:X-Filme Creative Pool / Westdeutscher Rundfunk / German Independents / Arte / Bavaria Film
  • distribuidora:Sony Pictures Classics / Columbia TriStar Films
  • direção: Tom Tykwer
  • roteiro:Tom Tykwer
  • produção:Stefan Arndt
  • música:Reinhold Heil, Johnny Klimek, Franka Potente e Tom Tykwer
  • fotografia:Frank Griebe
  • direção de arte:
  • figurino:Monika Jacobs
  • edição:Mathilde Bonnefoy
  • efeitos especiais:Berliner Spezialeffekte Atelier / Das Werk
Assista ao trailer do filme aqui.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

New Moon e os Emanorados


Lua Nova no Céu, fui assistir Lua Nova. Ouvi severas críticas à série, muitas vindas de mim mesmo, pela natureza dos vampiros que compõe o núcleo central da trama. Discuti esse aspecto em um artigo anterior, sobre Dracula. Não creio que eu vá parar de assistir até o fim da série, mas, nesse momento, não sei se poderei ler os livros, por uma questão de logística. Portanto, peço, de antemão, desculpas aos fãs, caso as minhas percepções diferenciem-se daquelas hauridas da leitura da série.


 O filme, inspirado "fortemente" em Shakespeare (levando em consideração o gênero...) inicia-se com referências a Romeu e Julieta. O casal mais famoso de todos os tempos, cujo clímax trágico não retira o mérito do que foi vivenciado, talvez o amplie; todos os homens aspiram a Romeu (discuti a esse respeito sobre o Cavaleiro de Copas) como todas as mulheres a Julieta. Por mais que sejamos independentes, livres, um dia, nem que seja apenas esse único dia, desejamos, tão fortemente como a vida, alguém que nos pertença da mesma forma a que pertençamos a este alguém, de forma tal e tão intensamente, que nada, ninguém, coisa alguma e situação nenhuma possa ser maior que esse amor.
Em Romeu e Julieta, o sangue e o nome imperam; na série Crepúsculo, a natureza dos personagens. Uma humana, diferente dos demais. Um vampiro. Um lobisomem. Os Enamorados.



Bella, Isabella, Bells (trocadilho usado por Charlie, pai de Bella). Uma humana imune aos poderes vampíricos – mas não à sua força e sede de sangue. Naturalmente encara o mundo vampírico, a que deseja pertencer por amor (ou insanidade, ou juventude; however). Edward, um vampiro que detesta sua condição, a despeito dessa mesma condição ter permitido conhecê-la; e Jake, um lobisomem “recém-nascido”, ainda se adaptando à sua nova condição. Dois mundos que se cruzam, tendo por vórtice Bella. Dois inimigos que não se atacam, por amor a uma terceira.

Dúvida, insegurança, medo do futuro, medo das conseqüências – todos aspectos d’Os Enamorados, quando mal trabalhada sua essência. Porque, em essência, o Arcano VI fala do solve – processo alquímico de diferenciação das substâncias que antes eram Um. É preciso escolher, e escolher por si só representa uma evolução; é preciso seguir em frente, pois a indecisão é uma maldição mais potente que uma má escolha.


O aspecto da escolha fica claro desde o início da série, entre a mortalidade, vista como bênção, e a imortalidade, que aproximaria Bella de seu amado. Com a aproximação de Jake, um meio termo se cria, entre as possibilidades de viver o sobrenatural sem no entanto perder a natureza. Dúvida existencial um tanto quanto dura para uma jovem de 18 anos!
Mas o Arcano VI também disserta sobre o Amor em todas as suas formas. É a escolha de um Outro que não nós, um Outro que preencha a lacuna criada por nossas contradições e desejos, for a while, pelo menos...


Um último comentário: Lua Nova na lua nova, sincronicidade? Talvez não.

terça-feira, 13 de abril de 2010

O Tarô Zen, de Osho: O jogo transcendental do Zen

 
Olá pessoal. Fazia tempo que não postava algum comentário sobre baralhos que costumo usar, e este, em especial, tem sido presente em minha vida – tenho aberto este baralho com certa freqüência.
 

O Tarô Zen, de Osho, foi desenvolvido por Ma Deva Padma (Susan Morgan)  (apresentada no Clube do Tarô por Jaime Cannes) a partir de 1989, sendo resultado de diversas reflexões suas e de outros membros da Osho-Comunidade Internacional. A edição brasileira é da Editora Cultrix e conta com tradução de Paulo Rebouças. Possui 79 cartas – as 78 do Tarot convencional, somadas a uma carta que representa o Mestre (Osho), aquele que transcendeu a Roda. Ou, no contexto em que essa carta aparece no jogo, aquele que o está prestes a encontrar...
 

A estrutura do baralho segue a do Rider Waite. Inclusive, muitas imagens revelam clara inspiração no referido baralho. Duas cartas apenas mantém seus nomes originais – o Bobo e os Amantes. Todas as demais receberam novos nomes, mais próximos à sua interpretação simbólica que à sua representação gráfica. Os quatro naipes também receberam novos nomes – Paus tornou-se Fogo; Copas, Água; Espadas, Nuvens (assim como as nuvens turvam a passagem da luz, esse naipe representa a capacidade da mente de obstruir a passagem da voz da consciência... ainda que sejam efêmeras); e Ouros, Arco-Íris (para mim, o insight mais preciso desse baralho, que utiliza o arco-íris, ponte entre o céu e a terra, como referência para a funcionalidade dessas lâminas tanto nos níveis mais densos quanto nos mais sutis).
O primeiro baralho referente a Osho que conheci foi o Neo Tarot, edição esgotada da Editora Madras (que poderia muito bem ser reeditada, em uma edição limitada que fosse). Silvia Theberge o apresentou como fonte de mensagens diárias, mas definitivamente eu não tinha a dimensão das cartas que eu retiraria. Até hoje guardo de memória minha primeira leitura, não somente como uma recordação, mas também como um direcionamento. São sessenta cartas, cada uma delas relacionada a uma lição deixada pelos mestres de diversas religiões e crenças, comentadas por Osho. Veja as cartas aqui, e experimente esse jogo aqui.
Para cada lâmina deste baralho, temos a leitura simbólica de seu potencial pictórico, relacionada a um comentário feito por Osho. São leituras voltadas para o momento presente, focados na consciência pessoal do livre-arbítrio daquele que consulta as cartas. Magnífico.
Deixo, nesse post, minha gratidão ao Eclair, amigo e companheiro de jornada, que me presenteou com esse baralho. 
 

P.S.: Descobri  que existem duas versões: uma com 78 cartas, a que possuo, e esta, com 22 cartas.
 

Experimente jogá-lo online aqui.

Conversas Cartomânticas em tardes sem importância

Olá pessoal. Num domingo destes, de tardes despropositadas e evanescentes, eu visitei os meus amigos da minha antiga república. Fazia tempo que não os via, e como saudade é algo extremamente prazeroso de matar, decidi matar a minha e ir tomar um café com meus amigos.
Encontrei a Baby, uma mulher com naipe de feiticeira (^^) que tem uma abordagem fatalista dos oráculos. Sua visão da Astrologia é bem medieval (não estou sendo pejorativo), e atualmente ela tem se debruçado sobre o estudo das lâminas do nosso querido Tarot de Marselha.

Ela me pediu para auxiliá-la em uma interpretação sim/não, e me apresentou seu sistema de jogo: são cinco cartas, a primeira representa o consulente, a segunda a questão, a terceira o passado, a quarta o presente e a quinta o futuro, sendo que as duas primeiras cartas estão acima das três seguintes, formando um trapézio.
Depois de confirmarmos nossas impressões sobre sua questão, pedi a ela que me apresentasse seu jogo na prática. Ela me disse que não possuía o baralho e eu, surpreso, lhe perguntei como então ela poderia jogar. Ela me trouxe 22 papeizinhos com os nomes das cartas e disse... “assim”.
Isso me recordou imediatamente de um dos meus “jogos de emergência”, aqueles momentos em que estamos diante de uma necessidade legítima de resposta sem um baralho por perto. Eu desenhei um baralho para um momento específico. Ele funcionou. E me recordou também o meu começo, quando eu não tinha condições de comprar um baralho (nem mesmo aqueles de banca de revista). Achei uma lembrança curiosa e um esforço genuíno em seguir em frente com os estudos.
Por outro lado, o fato de só possuir o nome das lâminas me levou a questionar o método, pelo menos em parte. Os Arcanos Maiores do Tarot de Marselha, grosso modo, são formadas por três elementos: um número, uma imagem e um nome – com exceção d’O Louco, que não possui numeração, e do Arcano XIII, que não possui nome. Sendo assim, ela utiliza em suas interpretações 1/3 do potencial gráfico das lâminas.
Claro está que não estou levando em consideração, com uma afirmação como esta, a memória da Baby. Depois de um tempo manipulando as cartas, não decoramos apenas algumas interpretações, como também a representação imagética das cartas. Isso nos dá certa liberdade interpretativa e um maior acuro no momento em que determinados detalhes são privilegiados em uma interpretação (certamente você já se deparou com uma lâmina “brilhando”, como diz o Carlos, um amigo meu, ou mesmo com um detalhe saltando aos olhos em detrimento do todo que a lâmina representa).
De qualquer forma, foi uma experiência interessantíssima verificar essa forma de jogo. A interpretação foi direta, sem cortes, dose dupla de realidade sem gelo. Mas a resposta foi positiva.

Não recomendo o uso de papeizinhos para substituir o baralho. Pelas questões já apresentadas, acredito que é utilizar um potencial simbólico muito inferior ao que as cartas oferecem como um todo. 
De qualquer forma, é louvável a tentativa de manter o crescimento com as lâminas que a Baby apresentou ao utilizar-se desse procedimento. E, levando-se em consideração que a Arte se vale da Visão, não do instrumento... Mas devemos aprender todas as regras, antes de aprendermos a quebrá-las.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Na Cozinha da Carina: 500 posts!


Oi pessoal. Esse post é comemorativo, ou melhor, celebrativo. A Carina, do blog Cozinha da Carina, comemora 500 posts. Um dia nossas conversas chegam lá!
Afinal de contas, cartomante também sente fome! ^^



Além disso, ela está sorteando uma mochila com 7 produtos Atelier Namorado (Arroz Koshihikari, Arroz Cateto Biodinâmico, Arroz Longo Fino Biodinâmico, Arroz Aromático Basmati, Mix para Receitas com Pescados, Quinua Branca e Arroz Selvagem). Uma delicia!
Quem puder e quiser, clica aqui e participa também! Eu já estou na fila! Ou melhor... No círculo!

Abraços a todos... e boa sorte!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Do Palavras de Osho: Quiromancia

Olha, eu sou realmente grato às inúmeras mensagens que Osho deixou, mas essa me deixou, no mínimo, intrigado. (link original aqui)



A quiromancia, a astrologia, todas essas coisas são apenas uma exploração da angústia dos homens. Ao se sentirem angustiados, desejam, de qualquer forma, que alguém lhes diga quem eles próprios são, quem serão, qual será o seu futuro.

É por conta dessa angústia que todas essas ciências surgiram e se ampliaram. Elas
têm explorado os homens por milhares de anos porque, mais cedo ou mais tarde, eles se preocupam com o sentido da vida: "O que estou fazendo aqui? Há um sentido ou não há? A vida me leva para algum lugar ou estou me movendo em círculos? E se ela estiver me levando para algum lugar, estou indo na direção certa ou errada?"

Osho, em "Osho de A a Z: Um Dicionário Espiritual do Aqui e Agora"

Não concordo, em grande parte; mas não posso deixar de pensar a respeito. Se bem que os comentários a essa postagem falam bem sobre o que me incomoda.


Bem, mas falando nisso... Não é a área da Cartomancia, mas é Mancia; falemos sobre a Quiromancia.


A Quiromancia (do grego cheiro, "mão", e mancia, "profecia") é um método complexo de adivinhação e de interpretação de sinais baseados nas linhas da palma da mão e no seu formato, tamanho, cor, temperatura, umidade e textura. Esse sistema de adivinhação deve ter se originado na Índia há pelo menos cinco mil anos. Era praticado na China, no Tibete, na Pérsia, na Mesopotâmia e no Egito.
Conta uma antiga lenda que existe no Himalaia uma caverna onde vive um Yogue de mais de 400 anos de idade, que se encontra em estado de meditação (samadhi) e que é portador de um antigo livro, feito com peles das palmas de mãos humanas mumificadas onde pode-se observar perfeitamente suas linhas. Segundo a lenda, este antigo livro tem sido utilizado por monges estudantes da "antiga arte", durante milhares de anos.
Atualmente atribui-se aos Ciganos a arte da leitura das mãos. Sabe-se que os Ciganos originam-se do norte da Índia e que emigraram para a região de Tiblisi, no sul da Rússia, dali para a Romênia, de onde se expandiram para o resto do mundo. Desde criança os Ciganos aprendem a ler as mãos. Esse é seu trabalho mais rendoso, pois da previsão do destino nas mãos nascem os feitiços e magias para o amor e os trabalhos para melhorar a vida. Os Ciganos a praticam até hoje em suas Ofisas (Templo Cigano), praças, feiras, etc.
A Quiromancia foi exaustivamente estudada na Europa da Idade Média, e muitas vezes associada à Astrologia. Enquanto a Astrologia nos informa da influência dos astros em nossas vidas, a Quiromancia procura explicar a influência da mente, manifestada na palma de nossas mãos. Ambas atuando em perfeita harmonia e sincronização. 
 Nessa arte, ambas as mãos devem ser analisadas. A mão projetiva (a que o consulente mais usa), principal ou superior indica o presente, as ações recentes e as projeções das mesmas; a mão receptiva, secundária ou inferior demonstra o que o consulente traz os talentos e habilidades, o que o consulente tem de intrínseco e as projeções de longa duração. Pessoas destras tendem a ser mais lógicas, pois a mão direita está conectada com a região lógica, lado esquerdo do cérebro. Pessoas canhotas tendem a ser mais criativas, pois a mão esquerda está conectada com a região intuitiva, lado direito do cérebro.
Na Quiromancia, o que se chama de "futuro" são projeções que podem ser modificadas pela vontade e atitude do consulente. O futuro é uma projeção do presente, portanto, ao ler a mão de alguém, é importante ter cuidado com o vocabulário utilizado para não acomodar o consulente a uma perspectiva positiva ou negativa. As linhas mudam, sinais somem, outros aparecem... É importante não nos acomodarmos ao diagnóstico, mas sim aproveitarmos as facilidades e enfrentarmos os desafios traçados em nossas mãos.


Via de regra todo tipo de pigmentação é sinal de fraqueza e deve-se recomendar a ajuda médica de acordo com o sintoma identificado na leitura. Pigmentação amarelada indica problemas no fígado e glândulas em geral. Azulada, infecção nos rins que é transmitida ao sangue. Avermelhada problemas circulatórios ou cardíacos. Pequenas bolinhas brancas estouradas indicam taxas altas de glicose, Diabetes. Emocionalmente, uma mão branca indica espiritualidade, calma; rosada, bondade, generosidade; Avermelhada, quente e úmida indica paixão descontrolada, cólera. Uma mão rude e áspera indica ignorância, egoísmo. Uma mão suave indica intelectualidade, sensibilidade, indolência. 


As formas das mãos também indicam peculiaridades. Uma mão roliça, palma curta, dedos curtos e movimentos grosseiros, é chamada ELEMENTAR e indica pessoas apaixonadas e de mentalidade frágil. Pessoas sem grandes aspirações, demasiado comuns, vivendo sob a esfera das demais. Uma mão roliça, palma longa, dedos curtos e movimentos leves é chamada QUADRADA e indica pessoa prática, lógica, quase fria. De costumes rotineiros e ordenados. Grande capacidade de realização, obstinada pelos seus objetivos, pouco original ou imaginativa. Uma mão magra, ligeiramente torta, ponta dos dedos arredondados é chamada ESPATULADA e indica entusiasmo pelas boas coisas da vida, porém inquietude e pessimismo. Falta persistência, mas sobra generosidade. Uma mão magra, dedos nodosos é chamada FILOSÓFICA e indica uma pessoa dedutiva, analista, meditativa, com tendência à filosofia e buscam a verdade interior. São pessoas honestas, justas e moderadas com outras pessoas. Uma mão Longa, firme e desenvolvida é chamada CÔNICA e indica uma pessoa sensual e extrovertida, imaginação fértil e de pouco raciocínio. Aprecia a beleza, as artes em geral, tem fome de poder e apego exagerado ao dinheiro. Uma mão bonita e harmoniosa, com dedos delicados e longos é chamada PSÍQUICA e indica uma pessoa de personalidade inquieta, intensa paixão pelo idealismo. Sonhadora, seu estado de espírito é cíclico e alternado. Complexa e neurótica. Existem ainda mãos que reúnem vários aspectos e são chamadas MISTAS, indicando pessoas muito comuns, na qual a maioria se enquadra, sem grandes aspirações e de mentalidade mediana. Comportamento e gosto vulgares. 


As principais linhas da mão são a linha da vida, a linha da cabeça e a linha do coração. Através dessas linhas verificamos a saúde física (vida), psíquica (cabeça) e emocional (coração) do consulente, decorrendo daí todas as demais projeções. Algumas pessoas não possuem algumas linhas, mas isso não é preocupante; a partir das linhas secundárias também é possível diagnosticar a área regida por uma primária, na falta desta.
As linhas principais são:
LINHA DA VIDA: Indica o tempo e a qualidade de vida, indicando aspectos da saúde e acontecimentos importantes na vida do consulente. Se longa, vida longa e próspera. Ao contrário, deve-se consultar a mão esquerda, havendo confirmação a pessoa deverá cuidar melhor de sua saúde, com o tratamento do corpo a vida poderá ser prolongada, caso contrário sua existência também será curta. Grossa, pessoa terá personalidade marcante. Fina, personalidade maleável. Em forma de corrente ou corda, pessoa de vida complicada com muitos embaraços.
LINHA DA CABEÇA, ou LINHA DA MENTE: Mostra a capacidade intelectual da pessoa, seus humores, criatividade, concentração e perspicácia.
Se longa, pessoa racional. Curta, pessoa emocional. Longa e caída, inteligência não desenvolvida, melancolia e depressão suave. Cortada, pessoa geniosa de difícil relacionamento.
LINHA DO CORAÇÃO: Revela a maneira como o indivíduo interage com os outros e suas expectativas em relação ao amor e a relacionamentos.
Se longa, pessoa amorosa e romântica, age em função do sentimento. Curta, pessoa interesseira, age em função da razão – compare com a Linha da Cabeça. Se a Linha do Coração for proporcional à da Cabeça, a pessoa equilibra razão e emoção.


As linhas secundárias são a Linha do Destino, Linha do Sol, Linha da Saúde e o Cinturão de Vênus. Indicam a vida social da pessoa e complementam a leitura das linhas principais. Nem sempre presentes.
LINHA DO DESTINO ou SATURNINA: Nace na base da mão e sobe em direção ao Monte de Saturno (dedo médio).
Iniciando ao lado da linha da vida, carreira bem sucedida. Unida à Linha da Vida, obstáculos na primeira metade da vida. Dupla, mudança de carreira ao longo da existência. É uma das Linhas mais fáceis de perceber o quanto cresce ao longo da vida.
LINHA DO SOL ou de APOLO: Nem sempre presente, caminha em direção ao Monte de Apolo (dedo anelar). 
Quando bem definida e em harmonia com a Linha do Destino, revela uma vida coroada de sucesso. Quando mal definida ou com linhas cruzadas e sinais, indica uma vida de altos e baixos. Ausente, indica tendência para as artes, reconhecimento em idade avançada. 
LINHA DA SAÚDE ou de MERCÚRIO: Nem sempre presente. Caminha ao longo da mão em direção ao Monte de Mercúrio (dedo mínimo). Sua ausência não é preocupante, pois indica vida saudável e muita resistência. Bem definida, inspira cuidados e a pessoa deve evitar excessos alimentares, fumo, álcool e outras substâncias tóxicas.
CINTURÃO DE VÊNUS: Localiza-se entre os dedos indicador e anelar, fazendo uma volta (cinturão) entre os dedos anelar e médio. Bem definida, pessoa sensível, intelectual, comportamento social instável, as vezes calmo e alegre, outras sombrio e depressivo. Dificuldades nos relacionamentos afetivos. É um dos sinais para percebermos a natureza sexual de uma pessoa.


As linhas terciárias são raras de se encontrar e indicam peculiaridades da personalidade, os traços que individualizam o consulente. São elas a Linha de Marte, , a Linha da Paixão, Linha da intuição, Linha do casamento,e os braceletes de Vênus.
LINHA DE MARTE: Formada por uma linha curva, que corre por dentro da linha da vida. Bem definida revela pessoa nervosa, ansiosa, alcoolismo e drogas. 
LINHA DA SAÚDE: Muito rara, quando aparece, corre paralela e à esquerda da linha da saúde. Sua presença revela personalidade vacilante e paixões desenfreadas. Verifique a Linha da Vida.
LINHA DA INTUIÇÃO: Linha semicircular, localiza-se entre os Montes de Mercúrio e da Lua. Quando bem definida, revela poderes ocultos e mediunidade. Verifique também o Monte de Netuno.
LINHAS DO CASAMENTO ou DOS AMANTES: Encontram-se na base do dedo de Mercúrio. Quando próxima à Linha do Coração, a pessoa casará jovem. Se terminar próximo ao Monte de Mercúrio, o casamento ocorrerá após os 29 anos. Inclinada para o monte de Apolo, casamento por interesse e ausência de amor. Bifurcada no final, separação. Curva em direção à linha do coração, ficará viúvo(a). Qualquer linha fina, paralela à linha do casamento, indica adultério, pessoa volúvel, ou mais de um relacionamento importante na vida. Além desses aspectos, existem outros a considerar: as linhas que cortam a do casamento representam os filhos, linhas grossas filhos homens, linhas finas mulheres, linhas dos filhos cortadas significam perdas. Muito cuidado com essas interpretações, pois são muito difíceis e evanescentes. Sempre compare com a Linha do Coração para as confirmações necessárias.
BRACELETES DE VÊNUS: Fáceis de identificar, localizam-se na base da palma da mão, próximo ao pulso. Podem ser um, dois ou três. Bem definidos, saúde boa. Interrompidos, vaidade, insegurança, mentira. Compare com o Monte de Vênus e com as Linhas do Coração e de Apolo.


As áreas mais carnosas em torno das palmas das mãos são chamadas "Montes" e receberam os nomes dos sete planetas, tendo atualmente recebido dos três transpessoais (nesse caso, colocados entre parênteses): Monte de Vênus - abaixo do polegar; Monte de Júpiter - base do indicador; Monte de Saturno - base do médio; Monte do Sol ou de Apolo - base do anelar; Monte de Mercúrio - base do mínimo; Monte de Marte positivo (Urano) - entre os montes de Vênus e Júpiter; Monte de Marte Negativo (Marte) - entre os Montes de Mercúrio de da Lua, Monte da Lua - base da mão; Monte de Netuno - entre os montes de Vênus e da Lua. Há também o Campo de Marte (Plutão), que une os montes positivo e negativo de Marte.
MONTE DE JÚPITER: Está relacionado ao ser e ao Ego, às possibilidades. Bem aspectado indica boa sorte, sucesso, fama, enriquecimento. Confira a Linha da Vida.
MONTE DE SATURNO: Está relacionado à vida profissional, à tradição e aos limites. Aqui encontramos também aspectos familiares. Tranqüilidade, prudência, teimosia e obstinação. Inclinação para o ocultismo e filosofia. Confira a Linha da Vida
MONTE DE APOLO ou do SOL: Está relacionado à vida social, política e religiosa. Amor pela beleza e artes em todas as suas formas. Tendência para o exibicionismo. Revela também informações sobre a maneira em que a pessoa encara a vida. Confira a Linha da Cabeça.
MONTE DE MERCÚRIO: Esse monte pode revelar inteligência, vivacidade, dispersão, versatilidade, comunicação, facilidade para o comércio e astúcia. Além disso também oferece informações sobre a situação financeira da pessoa naquela fase da vida.Bem aspectado, pessoa alegre e emocionalmente equilibrada, aprecia as viagens e o lazer junto da família. Mal aspectado, Desejo ardente de provocar mudanças. Confira a Linha da Vida (para saúde) e da Cabeça (para personalidade).
MONTE DE VÊNUS: Revela a sexualidade e a sensibilidade da pessoa, necessidade de gratificação pessoal e reconhecimento. Associado às emoções, à beleza e à vida sexual. Bem desenvolvido indica compreensão para com o próximo, desejo sexual, compulsividade. Narcisismo. Confira a Linha do Coração.
MONTE DE MARTE POSITIVO (MONTE DE URANO): Tenacidade, vigor físico, personalidade forte, irritadiça e de difícil convívio. A pessoa que gosta de lutas corporais, e é guerreira tem o monte exaltado. Se apresentando normal apenas confere uma disposição para luta. Se baixo, quase nenhum interesse nessa área.
MONTE DE MARTE NEGATIVO: Excesso de confiança, falta de discernimento dos direitos e deveres. Esse planeta concede uma energia extra para as pessoas, portanto, revela coragem, combatividade, energia, vitalidade, independência e agressividade também.
Pessoa muito carregada de energia, irritada e tendência a ser explosiva verbalmente. Mente tensa. Se a pessoa que está sendo analisada é tímida, esse pode ser um aspecto positivo pois a faz liberar suas emoções. O contrário ocorre com as extrovertidas.
MONTE DA LUA: Revela a imaginação, sonhos, criatividade, fantasia, absorção, misticismo, mediunidade, espiritualidade, intuição, instabilidade, gosto pela música, literatura e atração pelo mar.Quando bem definido, revela pessoa romântica e de imaginação fértil. Se exagerado revela pessoa sonhadora, dispersa, linfática, distante do mundo.
MONTE DE NETUNO: Monte revelador da intuição, amor fraternal, mediunidade e profecia. Portanto, se apresentar-se alto, revela muita intuição e tendência a dedicar-se a atividades filantrópicas. Intuição, mediunidade, escapismo. Confira o Monte da Lua e a Linha da Cabeça.
O DEDO POLEGAR: É o dedo mais importante e sua análise é diferente dos demais. Quando é muito flexível (dobra-se com facilidade), sinaliza uma pessoa generosa. Se for rígido, demonstra uma personalidade teimosa.

Os sinais que aparecem nas mãos, além de ter o seu significado particular observado, como todo o resto devem ser interpretados em conjunto com as linhas e montes onde se apresentam. Os sinais mais freqüentes são:
Linhas quebradas: Perda de força e concentração.
Correntes: Perda de energia, indecisão, insegurança.
Ponto : Fato negativo, pode indicar acidente ou doença.
Ilha : Rupturas, rompimentos, doença, perda de energia.
Linha bifurcada: Fim da linha da vida, mudança. Fim da linha da cabeça, pais separados.
Grade: Representa dificuldades, caminhos fechados.
Cruz: Sofrimento.
Triângulo: Proteção.
Pentagrama: Sorte e evolução espiritual. Êxito nos negócios.
Hexagrama: Dom da Cura. Proteção e luz espiritual.
Tridente: Pessoa de dupla personalidade.Evasiva.
Quadrados: Caminhos fechados. Dificuldade nos negócios. Insucesso. Mas por vezes encontrei o significado de proteção e guarda de um bem relacionado ao significado da área onde se encontra.


Abraços a todos.


Fontes: [1], [2], [3], [4]DUMONT, Pierre. São Cipriano: o legítimo. 9 ed.  São Paulo: Madras, 2008.

Ano da Imperatriz. O que pensar do primeiro quadrimestre?


Olá pessoal. A Mãe Terra têm se mostrado muito atuante nos últimos tempos, em busca do seu próprio equilíbrio. Deslizamentos de terremotos têm sido destaque nos nossos telejornais.


Hoje, um deslizamento em Niterói, soma-se à chuva incessante no estado do Rio, e às enchentes em São Paulo.Sem contar os terremotos ao redor do mundo...
Nesta vida, não me lembro de ter visto a Mãe Terra tão incomodada.


Sabemos que a Imperatriz rege os processos ctônicos (num nível mais profundo que a Princesa e a Rainha de Paus). Peçamos à Senhora que alivie o sofrimento daqueles que perderam seus parentes, bens ou mesmo a própria vida; e que Ela tenha misericórdia e suavize o que porventura pode vir.
 

2010 - Ano Chinês do Tigre de Metal Yang


Oi pessoal. Essa postagem está BEM atrasada, mas como o Ano do Tigre durará todo 2010...


Segundo consta, Buda convidou os animais para uma festa, mas somente doze compareceram. A esses doze animais – Rato, Búfalo, Tigre, Coelho, Dragão, Serpente, Cavalo, Carneiro, Macaco, Galo, Cão, Javali – Buda concedeu a regência, na sequência de sua chegada, a um ano lunar.


Dia 14 de fevereiro, entramos no ano do Tigre de Metal Yang. Os nativos de Tigre são entusiastas, independentes, têm o sucesso como meta. Apaixonados e passionais, geralmente têm problemas nos seus relacionamentos por exigirem atenção em demasia – seu padrão de necessidade não corresponde à fonte de seus afetos. Por serem rebeldes e francos, tem dificuldades em relacionamentos de longa duração. Contudo, a presença de um Tigre na vida de alguém sempre é marcante; não há como passarem despercebidos, por seu forte magnetismo pessoal.

O Tigre é um animal iniciador, do Norte, do solstício de inverno; eu aguardaria algo de importância para junho, para nós que estamos aqui no Hemisfério Sul. Em muitos aspectos, o Tigre do Oriente equivale ao Leão do Ocidente, assim como a Rosa equivale ao Lótus.


Na Cartomancia, esse animal, correlacionado a Bacco/Dioniso (mais informações aqui e aqui), está presente no Thoth Tarot em duas lâminas: no Louco, segundo Zerd Ziegler, ele representa o medo, substituindo o cão, presente no Tarot de Marselha...



...E na Princesa de Paus, a virtude (a superação do medo instintivo decorrente da devoção sincera).


No Tarô Zen, de Osho, Ma Deva Padma o correlaciona com autoridade, riqueza e realização, sendo a montaria do Vencedor no Seis de Fogo – o Sucesso.  


Contemos portanto, para além das previsões já feitas, com um ano em que teremos que nos deparar com o nosso instinto de nutrição. Não sou hábil com esse Zodíaco; mas, diante das expectativas já oferecidas pelo Ano da Imperatriz, percebo novamente um ênfase no buscar de nossas metas e expectativas – ou, em outras palavras, o encontro de nossos desejos como objetivos viáveis.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Nova Postagem no Clube do Tarô


Já está disponível no Clube do Tarô uma pequena discussão que fiz sobre o naipe de Paus, da interpretação de Belinda Atkinson, que utiliza os arquétipos Junguianos para a leitura das lâminas. Aguardo suas considerações!