sábado, 12 de março de 2016

Um excerto. E uma reflexão.

Retirado do blog Diário de Biologia:


Alguns filósofos em suas proposições estabelecem uma ligação entre as palavras “humor” e “humilde”. Exemplos vivos dessa conexão podemos encontrar num passado remoto e até num mais recente. Numa forma primitiva de humor, os palhaços e bobos precisavam experimentar uma boa dose de humildade para arrancarem risos do público, já que esvaziavam-se completamente de qualquer senso de preservação de autoimagem. Em suma, para encarnarem devidamente seus personagens, precisavam não se levar tão a sério para levar seu público a fazer o mesmo, tornando a vida mais leve.


Hoje, vemos uma distorção desses valores quando alguns “humoristas modernos” invertem a ordem natural das coisas, procurando despertar risos alheios redirecionando essa humilhação para outros alvos, o que torna esta variante uma maneira fácil na prática humorística. Ora, para que eu preciso me humilhar e fazer o público rir de mim mesmo, quando eu posso simplesmente expor ao ridículo aqueles que parecem já ter vindo ao mundo como “piadas prontas”?

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