quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A Jornada do Louco em sua Autodescoberta: O Imperador



Olá pessoal. Encontramo-nos com o terceiro dos quatro sábios da iniciação. O Imperador rege a praticidade e a lógica por trás de nossas ações. Até o momento, nos deparamos com qualidades receptivas, denotativas de nossa ação no ambiente. Com o Imperador somos convidados a sairmos do nosso “mundinho” e, mais que isso, gerarmos modificações no mundo dos outros. Estivemos até o momento receptivos às informações hauridas de sentimentos e sensações; agora, confiemos em nosso espírito combativo e empenhemo-nos em fazer valer nossa Vontade.


A nossa vontade é soberana. Acredite se quiser.
(...)fazemos nossas próprias leis, definimos as nossas realidades e depois nos vemos agindo dentro das restrições das nossas interpretações da realidade. (DICKERMAN, 78)
O Imperador é o senhor dos limites. E, interpretando corretamente essa frase, percebemos o universo de possibilidades que existem em um único limite. Somos treinados o tempo todo a superar os obstáculos, e é essa energia, esse momento do Caminho do Herói que nos norteia. Aqui, o Herói descobre que ele, a exemplo dos seus antepassados, consegue manter os limites descobertos anteriormente e os faz valer. Nessa carta, obtém-se a segurança de que, ainda que existam reinos a serem descobertos, o reino do Eu está em regularidade e segurança.
Se você tirou o Imperador na posição da separação, está na hora de enfrentar a escolha de ser independente, ainda que a bagagem que conseguiu o deixe à vontade em parar. Não é momento de obedecer, mas de servir – e aqui fica a reflexão entre a diferença entre uma coisa e outra. Se o Imperador saiu na posição da iniciação, está na hora de você manter. Ainda que seja conveniente encontrar novos rumos e inícios, ainda que sejamos o tempo todo bombardeados pelo novo, a segurança do que já se tem é o tema da questão. Agradeça. Se você tirou o Imperador na posição do retorno, a quem é que você deve uma explicação? Quem está te sentindo inconstante? O que foi que você construiu e deve se orgulhar?
Os exercícios propostos e a bibliografia utilizada estão em um arquivo PDF. Para baixar, clique aqui. Caso queira conhecer outras versões dessa carta, clique aqui.
Abraços a todos, até o próximo passo.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Comodismo.

Quatro de Copas
Waite-Smith

O quatro de Copas é uma carta complicada. Não chega a ser encardida, mas é complicada. Um dos seus significados mais comuns é tédio. Estar enfadado com o contexto. Tá bom, tá bom. Mas poderia estar muito, muito melhor. E eu não estou com saco para ir atrás desse melhor. Tá bom, assim. Tá bom.


Somos tentados o tempo todo a manter. Manter relacionamentos, empregos, vidas que não nos satisfazem. Porque somos assombrados pelo "...e se..." o tempo todo. Poderia, deveria, faria, aconteceria, vivenciaria, conheceria, experimentaria, amaria. Condicionalmente, se eu optasse por outro algo que não o que está bom.
Essa é a carta do futuro do pretérito.  Do pretérito imperfeito. Do que não foi, porque outra coisa aconteceu. Ou não aconteceu - eu não quis, mesmo que quisesse.
Nessa carta fica escondido, nos meandros, um pequeno teste à nossa vontade. O excesso já vivenciado não mais sustenta, denotando carência. Paradoxal carência frente a um excesso de possibilidades (meio) experimentadas. É como comer a sobremesa antes do almoço, desanda tudo. Fica satisfeito de cerejas e esquece do bolo. E diz que está tudo bem.
Talvez por isso, essa é a carta também de certa dose de maledicência, do disse-me-disse, do conselho fortuito e desnecessário. "No seu lugar..." eu seria você, não eu. Eu faria outras escolhas. A sua grama parece mais verde porque não sou eu quem cuida dela. Vejo cada uma das cachaças que você toma, mas não vejo nenhum dos tombos que você leva. "Veja só, justo ele, tão bonito/inteligente/esperto/esforçado"... e não eu. 
Perceba que existe aqui uma noção de tempo, também. Tempo perdido, desperdiçado, gasto em amenidades sem futuro. Fica implícita uma relação de voltar atrás e refazer tudo de novo para escapar dessa estrada.
Sinto muito, não dá, ela é tão necessária quanto todas as outras. Inevitável, até. 
Quanto tempo você vai ficar na sombra, com três taças de água fresca, eu não sei; mas que uma taça está ali, mostrando que seu conteúdo poderia ser melhor, ah, está.
Perceba o personagem. Ele está amuado. Existe um banzo em seus olhos baixos. Seus braços cruzados impedem o acesso ao seu plexo, mas não ao seu coração. Ele precisa ser ouvido, bem mais que embebedado - ele já está o suficiente, seja lá do que tenha bebido, do cálice do amor, da dor, ou da rotina. Ele já não quer mais, mas espera que alguém o movimente. Nem a hierofania ao seu lado o movimenta - ele não está para ouvir vozes de Deuses ou de outrem, ainda que as ouça, se cantarem a música que ele quer ouvir. 
Tomara que ele as ouça.
Tomara.
Ou não.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

The Game of Thrones Lenormand: 03. O Navio de Theon Greyjoy


Olá pessoal. Seguimos com nossas reflexões com Theon Greyjoy, o capitão do Navio Cadela do Mar. Theon é o filho e herdeiro presumido do Senhor Balon Greyjoy. No final da Rebelião Greyjoy, Theon foi levado como refém e protegido de Eddard Stark. Theon é conhecido pela sua arrogância e seu sorriso convencido. Ele é um magro e bonito jovem de 19 anos.

Jon Snow, Theon Greyjoy, Robb Stark

Theon tinha dez anos quando a rebelião de seu pai foi esmagada e seus dois irmãos foram mortos. Tornou-se, presumidamente, o herdeiro da Casa Greyjoy e das Ilhas de Ferro. Ao fim da rebelião, foi levado como refém e escudeiro pelo Senhor Eddard Stark e foi criado em Winterfell pelos nove anos seguintes, sendo ensinado juntamente com as crianças Stark em todas as disciplinas, tornando-se um arqueiro habilidoso. Theon considerava Robb Stark um grande amigo e irmão, mantendo um relacionamento respeitoso com os demais Stark. No entanto, ele não se dava bem com Jon Snow, o outro 'forasteiro' da família. 


Theon salva Bran de um ataque de selvagens, flechando um homem que segurava uma adaga junto ao pescoço do rapaz; porém é duramente criticado por Robb Stark por não ter atuado antes. Isso o magoa profundamente.


Durante a Guerra dos Cinco Reis (segunda temporada), Robb envia Theon para casa às Ilhas de Ferro para oferecer a Balon uma realeza sobre as Ilhas de Ferro, se ele devastar costa dos Lannister com os seus navios longos. Uma jovem o recebe, mostrando reconhecê-lo, e ninguém mais; ela aceita suas carícias e palavras doces mas, para seu espanto e humilhação, vem a descobrir, mais tarde, ser sua irmã Yara (Asha, nos livros).


Balon e critica as maneiras do norte de Theon e rejeita a proposta de Robb. Nota-se que Balon Greyjoy transferiu todo o ressentimento que sentia pelos Starks para o seu único filho que acabou sendo criado por eles. Com isso, Theon acabou caindo num limbo, já que sempre foi tratado com um certo desdém pela família de Robb e agora ganhou o desprezo do pai e da irmã (fonte).



 Theon aprende de planos de Balon para dominar o Norte, mas recebe uma posição de baixa autoridade. Por um momento, pensa em avisar Robb, mas muda de ideia. Em minha opinião, esse é um dos momentos mais intensos de Theon na segunda temporada - mostra claramente que ele está pelo menos tentando adaptar-se às regras de seu antigo lar, ainda que, dadas as circunstâncias, isso seja humanamente impossível.


Theon é batizado na fé do Deus Afogado e recebe o Navio Cadela do Mar (Sea Bitch). Aqui começa a ventura e tragédia do rapaz, que não sabe lidar com a perspectiva de ser para sempre uma sombra - primeiro de Robb Stark, depois de Yara Greyjoy.


Insatisfeito com os seus deveres e ciumento da aquisição de Yara do Bosque Profundo, Theon formula um plano para ir contra as ordens e capturar Winterfell para si. Uma parte dos homens que o acompanhavam marcha na Praça Torrhen para tirar a guarnição de Winterfell. Com um pequeno grupo, Theon ataca Winterfell e esmaga os seus guardas restantes.

Com Winterfell sob o seu controle, Theon tem Bran e Rickon como reféns. Theon tem muita dificuldade em controlar a população de Winterfell, muitos dos quais são conhecidos por ele. Maester Luwin serve Theon, e implora-lhe que mostre misericórdia e tolerância. Bran e Rickon Stark conseguem escapar com a ajuda de Osha e Hodor. Theon não encontra os meninos; mata dois meninos moleiros com a mesma idade e apresenta os seus cadáveres preservados como os 'Starks'. 



Como o retorno da guarnição Winterfell, Theon pede ajuda a Yara. Ela chega com seus homens, mas diz a Theon que os Homens de Ferro nunca conseguirão manter castelos que não estejam perto da costa. Ela abandona Winterfell e aconselha Theon a fazer o mesmo. Theon percebe que mesmo a sua maior conquista não lhe rendeu nenhum respeito, nem dos homens do norte ou dos homens de ferro, e cai em desespero - uma das cenas mais psicológicas do seriado até então. Luwin convence Theon a juntar-se à Patrulha da Noite, onde seus crimes serão perdoados e ele pode ganhar respeito. Porém, antes que isso ocorra, Winterfell é cercada e Theon é traído por seus próprios homens - o que demonstra, acima de tudo, que ele continuava mantendo a fidelidade Stark em meio aos homens de ferro. Uma combinação que nunca iria dar certo.



No seriado, Theon Greyjoy é interpretado por Alfie Allen, irmão da cantora Lily Allen. Inclusive, a cantora fez uma música para Alfie, que você pode ouvir aqui.



Theon Greyjoy é um dos personagens mais psicológicos da segunda temporada. Além da relação óbvia com o Navio, nessa combinação podemos explorar outros aspectos da carta que ficam subentendidos em tiragens.




O Navio representa viagens longas. Nunca voltamos os mesmos depois de uma viagem. Com o cotidiano, raramente percebemos grandes modificações em nós mesmos; mas a distância permite que os outros percebam que não somos mais os mesmos - assim como percebemos, também, que quem nos observa também não o é.
Depois de nove anos afastado de Pike, tudo que Theon tinha eram lembranças e projeções, muito mais essas últimas que as primeiras. Ao deparar-se com a realidade, percebeu que ele mesmo não era mais um Greyjoy como supunha ser.
Quando a carta do Navio surge num jogo, prepare-se para reconhecer, em uma viagem física ou psicológica, que você não é mais o mesmo, e seu ambiente também não. Esteja pronto para fazer escolhas difíceis. E preste atenção se não é momento de partir.
Abraços a todos.

Fonte da consulta: http://www.gameofthronesbr.com/2011/01/theon-greyjoy.html

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O Serviçal nos Sibillas Italianos.


Olá pessoal. Eu fiquei pensando nessa carta por algum tempo, porque creio que os significados dela se aplicariam aos amigos também, por sua prestimosidade. Mas acho que encontrei alguns elementos preciosos de análise que valem a pena serem compartilhados. E que, a propósito, a diferenciam razoavelmente de questões relativas a amigos.
Quando pensamos em serviçais, não pensamos necessariamente em amigos. Conquanto a confiança aplicada no serviçal garanta-lhe mais que um tratamento cortês por um serviço ou um salário, a questão pára por ali.
Serviçais, porém amigos: temos Watson, Alfred, e outros nomes. Estão ali, perto, sabendo, aproveitando, vivenciando o conhecimento. Mas não participam diretamente das relações sociais de seus patrões. O que lhes dá certa mobilidade, inclusive: não estão presos às correntes da fidelidade cega.
O condicional ali tem uma razão de ser. Afinal de contas, a culpa sempre é do mordomo. Como toda condicional tem quem agregue e quem (se) arrede, e como toda generalização é burra (inclusive essa, a propósito), essa carta também alerta para não tomarmos por prerrogativa o que é apenas suposição. É importante antecipar problemas, nesse caso, não oferecendo um status indevido a uma situação profissional, para não ser necessário passar por saias-justas devidas a um excesso de intimidade indevida. Intimidade o tempo dá aos poucos e tira de uma vez - nesse caso, inclusive, junto do vínculo empregatício. Às vezes acontece. Quantas vezes não nos aproximamos por demais dos nossos superiores a um ponto em que isso se torna difícil de lidar - vida profissional e pessoal misturadas num nível complicado de resolver? Depois de vários "sim", como dizer "não" a uma happy hour desagradável? Da mesma forma, como é complicado lidar com uma pessoa que insiste em ir além da sua função, buscando uma intimidade de que não lhe pertence? Dando-se um direito a um acesso que não lhe é devido? Cada coisa em seu lugar, e o que compete às cinq as sept não corresponde ao que o dia pede. Ou a noite.
Mas, representando ou encontrando com eles em nossas jogadas, fica a dica... Não confie em quem o dinheiro paga, não desconfie de quem o dinheiro não compra nada senão o tempo dispendido no serviço. Encontramos muitos de uns e de outros por aí, e é importante perceber a quem é que estão servindo: ao dinheiro, ou à função.
E, se for você o serviçal, que você saiba prestar seu serviço sabendo que ele é um adendo de você, mas não lhe representa. Ele é parte do que você é capaz, mas você é mais, sempre mais do que é capaz de fazer.
E, claro: a culpa nem sempre é do mordomo, então... vagar na busca por culpados, vagar no apontar o dedo. Existem momentos e circunstâncias em que a única justificativa é a fatalidade. Ainda que seja reconfortante dizer que a culpa não lhe pertence, isso não significa que pertença ao outro, também.
Abraços a todos. Cada um em sua função.




They walk in and sit down,
The fair mood of the day.
They read books over tea,
They give tips when they pay.
Butter and bread, diet coke and cake,
She takes notes, she makes no mistake.

Well daylight is fadin'
While traders are tradin'
While the jukebox is playin'
The lovers are datin',
The waitress is waitin'...

For a thing to explode,
For a light to go on,
For some sign to show
Her time has yet to come.
She's countin' the days
Until real life arrives.
She's countin': two three four five

And every minute feels
Just like the one before
No surprise, no twist
She wants so much more

Well daylight is fadin'
While traders are tradin'
While players are playin'
And lovers are datin',
The waitress is waitin'...

For a thing to explode,
For a light to go on,
For some sign to show
Her best has yet to come.
She's countin' the days
Until real life arrives.
She's countin': two three four five

When will that thing explode
When will that light go on
Just to assure her she's not long.
She's countin' the days
Until real life arrives.
She's countin', from nine to five
She's countin': two three four five...


sábado, 17 de novembro de 2012

Para comprar o livro Conversas Cartomânticas em dez passos

Olá pessoal. A Mystic Fair está se aproximando, está cada vez mais perto o momento em que estaremos juntos, pessoalmente, em São Paulo, conversando sobre Cartomancia - nesse evento, em especial, sobre Petit Lenormand. Para quem deseja o livro Conversas Cartomânticas: da escolha do baralho ao encerramento da consulta, estarei levando alguns exemplares, mas de fato são bem poucos. Se quiser garantir o seu, é mais fácil adquirir pelo site. Eu explico como:

1. Entre no site http://www.agbook.com.br/.


2. Coloque no campo de pesquisa as opções que estão no quadrado vermelho. A opção pelo livro Conversas Cartomânticas aparece ali. Ou então você pode clicar nesse link aqui


3. Você irá chegar nessa página. Desça o cursor e...


4. Você terá a opção entre comprar o livro impresso ou o e-book. Escolha sua versão e clique em comprar.


5. Você cairá nessa página, para escolher a quantidade de livros que quer comprar e a forma de retirada. Aqui, optou-se por envio pelo Correio.


6. Descendo um pouco a página, coloque seu CEP para calcular o frete. Escolha a forma de envio, entre módico e PAC. Caso você tenha pontos para desconto, esse é o momento de usá-los. Clique em continuar.


7. Confirme seu cadastro e endereço. Caso seja presente (num endereço diferente do seu), inclua o endereço entre parênteses.


8. Confirme seu endereço (esse espaço aparecerá preenchido), o número de livros adquiridos, o valor e o frete, e clique em concluir compra.


9. Confirme novamente seus dados (essa parte já aparecerá preenchida)...


10. ... e escolha a forma de pagamento - boleto, transferência online ou cartão de crédito. Clique em pagar.

Em pouco mais de uma semana, o livro estará em suas mãos. Ainda dá tempo de comprar para a Mystic Fair!
Aguardo vocês por lá. Já ansioso pelo 1 de dezembro!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Meditando com os Anjos.


Olá pessoal. Os Anjos atraem a atenção dos homens desde tempos imemoriais. Muitas das promessas do Antigo Testamento bíblico são arvoradas na palavra dos Anjos, intermediários da vontade de Deus.  O maior evento do Novo Testamento é comunicado por um Anjo. E, em nossa prática cartomântica, deparamo-nos no Tarô com três Anjos nos Arcanos Maiores: O Putto dos Enamorados (Arcano VI), o Anjo que representa A Temperança (Arcano XIV) e o Arcanjo do Julgamento (Arcano XX).  O tema não nos é estranho, ainda que possamos apenas tangenciá-lo, se quisermos. Eu escolhi vivenciá-lo, também. Mesmo não acreditando
Na década de 1990, os trabalhos de Monica Buonfiglio foram divisores de águas nesse sentido. A autora publicou diversos livros sobre os Anjos, incluindo o Tarô dos Anjos, meu segundo baralho e meu primeiro contato com os baralhos transculturais. Suas inspiradoras imagens retiradas de obras de arte refletiam o fantástico universo dos Anjos e seu contato cotidiano conosco.


Em busca de maiores informações sobre os Anjos, encontrei alguns estudos cabalísticos, outros meditativos, outros inspiradores. Um dos trabalhos mais bem-sucedidos nesse sentido são os dois livretos Meditando com os Anjos e Meditando com os Anjos II, que a Editora Pensamento reúne agora em um só volume. Esse livro funciona como um oráculo, como um instrumento de meditação, como uma proposta de reflexão em grupo. Particularmente, o acho maravilhoso, uma delícia de ler, e reler, e ler de novo. E, sempre que abro um dos volumes, eu encontro um Anjo ali, prontinho para me aconselhar. A bibliomancia (arte de ler o futuro/destino/influxos através de um ou mais livros)  é uma arte mântica adorável.
Cada Anjo possui um título ou área de atuação, sob a qual está uma imagem inspiradora. Abaixo, temos a explicação das suas habilidades e uma afirmação criativa para utilização dos seus influxos no cotidiano.

clique para ampliar

A autora, Sônia Café, é graduada em Letras pela UFBA, foi consultora editorial da Editora Pensamento-Cultrix durante 20 anos, tornando-se uma profunda conhecedora da literatura mundial voltada para o desenvolvimento da consciência humana.  Como escritora, tem livros publicados em diversas línguas, entre eles “Meditando com os Anjos”, e “O Livro das Atitudes”.  No início dos anos 80, participou da criação da Uniluz, centro de vida espiritual e educação holística localizado em Nazaré Paulista, hoje transformado em Universidade da Luz.  Sônia é a atual presidente do Conselho Geral da Uniluz.  Para mais informações, visite www.nazareuniluz.org.br

Para adquirir o livro, clique aqui.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A Jornada do Louco em sua Autodescoberta: A Imperatriz


Olá pessoal. Seguindo com nossa série, vamos hoje nos encontrar com o segundo momento de sabedoria dentro da iniciação: as sensações. O corpo, a forma, o limite, a possibilidade, a fertilidade, o crescimento, a expansão dos limites pessoais - todos aspectos da Imperatriz.

Imperatriz
Ancient Italian

Após lidarmos com os sentimentos (e aí? Como foi passar esses quinze dias pensando sobre seus sentimentos?), deparamo-nos agora com as sensações. Quando descobre-se individual e intransferível a partir dos próprios sentimentos, o Herói para a descobrir também os seus limites corporais. O plano dito real passa a fazer sentido. Nossas necessidades biológicas passam a ter um interesse especial, porque são elas que nos dão gás para motivarmo-nos a modificar o espaço que nos cerca. De nada adianta sentir algo sem ser capaz de realizar algo. Saímos do mundo dos sonhos e passamos para o mundo dos projetos. Da mesma forma que com a Sacerdotisa, sugiro que, nesses quinze dias que nos separam da próxima postagem, você reflita sobre seu corpo, sua saúde, seus projetos e o caminho para realizá-los. A Imperatriz é a carta que representa a imaginação criativa, ou seja, a imaginação que traz ao mundo cotidiano seus influxos de forma palpável.
Este Arcano encarna a imagem arquetípica da mãe. Da mãe terrena, mesmo, que tem defeitos mas ainda assim é a melhor mãe do mundo. Como é sua relação com sua mãe? Tem sido boa nos mais recentes seis meses? Você sente falta de algo?
Se você é mãe, como é sua relação com seus filhos? Você dá a eles estrutura para que eles elaborem seus próprios saltos, suas próprias iniciativas? 
Se você tirou a Imperatriz na posição da separação, está na hora de você rever seus parâmetros de qualidade de vida. O que está faltando para que você atinja a plenitude? Se a Imperatriz saiu na posição de iniciação, o que é que vem desafiando você no plano material? Um novo emprego, um novo estudo, uma mudança de residência... o que pede nesse momento toda a sua criatividade para superar? Se, por outro lado, a Imperatriz saiu na posição de retorno, está na hora de você oferecer sua sabedoria no plano material para algo ou alguém, seja auxiliando uma causa nobre, seja dando mais atenção ao seus filhos e familiares.
Os exercícios propostos e a bibliografia utilizada estão em um arquivo PDF. Para baixar, clique aqui. Para conhecer outras versões dessa carta, clique aqui

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Doença e Morte nos Sibillas Italianos.

Misteri della Sibilla

Olá pessoal. Aparentemente esse seria um tema muito pesado, e inclusive duplamente pesado, por eu querer conversar sobre duas cartas indesejáveis de saírem juntas em uma jogada. Contudo, são as duas cartas que melhor definem o enredo de um dos filmes mais lindos que assisti na vida: The Bucket List (Antes de Partir). E é a partir da ótica oferecida por esse filme que dialogaremos sobre os meandros dessas duas cartas.
A música tema do filme é a maior inspiração para essa postagem. Say, do John Mayer - composta especialmente para o filme. Eu já conheço John Mayer há anos. Muito antes de assistir o filme. Na verdade, cheguei a ter o filme no meu computador, e apaguei sem ver. Acho que, de fato, há uma hora e um momento para tudo acontecer. Aconteceu. Assisti e agora, converso com vocês. Se não assistiram, assistam.

Carter Chambers (Morgan Freeman) é um homem casado, que há 46 anos trabalha como mecânico. Submetido a um tratamento experimental para combater o câncer, ele se sente mal no trabalho e com isso é internado em um hospital. Logo passa a ter como companheiro de quarto Edward Cole (Jack Nicholson), um rico empresário que é dono do próprio hospital. Edward deseja ter um quarto só para si mas, como sempre pregou que em seus hospitais todo quarto precisa ter dois leitos para que seja viável financeiramente, não pode ter seu desejo atendido pois isto afetaria a imagem de seus negócios. Edward também está com câncer e, após ser operado, descobre que tem poucos meses de vida. O mesmo acontece com Carter, que decide escrever a "lista da bota", algo que seu professor de filosofia na faculdade passou como trabalho muitas décadas atrás. A lista consiste em desejos que Carter deseja realizar antes de morrer. Ao tomar conhecimento dela Edward propõe que eles a realizem, o que faz com que ambos viagem pelo mundo para aproveitar seus últimos meses de vida. (fonte)

A doença é uma fase de reflexão forçada. Você não pode fazer nada. Você não pode enfrentar. Não pode lutar. A luta é feita por micropartes de você, e você não tem como fazer... nada. A não ser confiar que a vontade de continuar vivendo das suas micropartes é igual à sua. E, sobretudo, obedecer àqueles que conhecem mais sobre a sua doença que você.
As reações à situação são várias. Várias que se pensa ser possível, mais variadas ainda quando a possibilidade se torna realidade. Os desejos são tão singulares quanto as dores. Não existe maneira de pressupor reações, muito menos o que é real e o que é ilusório. Tente compreender a dor do outro e você perceberá o quanto você é pequeno frente às manifestações possíveis. 


DEGAS. L'absinthe.

Além da reação ativa, agressiva, desejosa de libertação imediata, existe uma outra reação também razoavelmente comum, que é inversamente proporcional. A apatia. Já que não há nada a fazer, nada será feito. 
Outra questão que se mostra, inversamente proporcional, é a ideia de doenças que não se mostram como tal. A depressão, a síndrome do pânico e o alcoolismo estão entre elas. Há quem as considere "falta de vergonha na cara" - isso, até se deparar com qualquer uma delas.


Sibilla della Zingara

Arrependimentos. "E se..." torna-se epíteto de todas as desculpas. Impotência. Eu poderia fazer, mas não posso. 
Mas... e se eu pudesse?



É sobre isso que o filme disserta. O que é que quero fazer antes de partir para o Outro Lado? A única certeza que tenho é que vou, não há a menor ideia do que está lá me esperando, já que eu construo essa ideia todos os dias... mas existe a certeza de que um dia eu irei partir. Desculpe, leitor: você também vai. Mesmo. Esse é o único oráculo infalível. Não se sabe como, quando, onde, porque ou com quem; mas sabe-se que se vai.
E é bom estar preparado para isso.
É muito difícil enfrentar esse fato. Mas quando não temos tempo, não temos também escolha. E, frente à Morte, nunca temos tempo suficiente.


Sibilla della Zingara

Encarar a Morte é preci(o)so e necessário (já falei sobre isso para o Clube do Tarô, dá uma olhada aqui). E, para quem achar que falar da Morte do Tarô e falar da Morte nos Sibillas é algo equivocado, lembro que morte significa... morte. Doença, significa... doença. Amor significa amor. E todas as demais titulações de cartas e arcanos possuem, antes de qualquer significado singular, o próprio significado conceitual que não pode ser esquecido ou deturpado. Ainda que ceci n'est pas une pipe.



Como cartomantes, temos que ir além do óbvio, partindo justamente dele e sem perdê-lo de vista. E, falar do óbvio, lição que jamais esquecerei, é sempre o mais difícil.



Sim, Ela, a Morte, vai vir uma, duas, dezenas de vezes no nosso decurso. Algumas vezes precedida da Doença, outras surpreendentemente sozinha. Mas, cada vez que ela venha, cada vez que ela toque alguém, que ela só toque a carne. O coração ficará intacto. E, quando ela nos tocar, que tenhamos sido como uma vela: consumimos a matéria iluminando o redor. E que essa luz tenha tido alguma utilidade.
Você já fez sua lista ou pensou sobre isso tudo?
Caso já tenha assistido o filme, vale a pena matar as saudades aqui. E, tendo ou não assistido, John Mayer nos embala nesse momento com frases de profunda reflexão - sim, essa música foi produzida para o filme.




Take all of your wasted honor.
Every little past frustration.
Take all of your so called problems,
Better put 'em in quotations.

Say what you need to say

Walkin' like a one man army,
Fightin' with the shadows in your head.
Livin' up the same old moment
Knowin' you'd be better off instead

If you could only...Say what you need to say 

Have no fear for givin' in.
Have no fear for giving over.
You better know that in the end
It's better to say too much, than never to say what you need to say again.

Even if your hands are shaking,
And your faith is broken.
Even as the eyes are closin',
Do it with a heart wide open.

(Wide Heart...)

Say what you need to say 
Say what you need to, 
Say what you need to...
Say what you need to say...

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Conversas Cartomânticas na Mystic Fair São Paulo.


Olá pessoal. Estarei na Mystic Fair São Paulo palestrando sobre os naipes do Petit Lenormand, trabalho que venho desenvolvendo com sucesso já há alguns anos; esteja comigo às 13h do sábado, dia 01 de dezembro, no auditório 8, e às 14h do domingo, dia 02 de dezembro, na sala de estudos de Petit Lenormand, organizada por Alexsander Lepletier. Vamos bater um papo e partilhar experiências! Confira a programação completa aqui.


Além disso, o Bazar Conversas Cartomânticas estará presente. Todo o material do bazar - baralhos, velas, xícaras, agendas. Promoções especiais a caminho! O estande será o  125, Tarô e cia.


Para quem não teve a oportunidade de adquirir o livro Conversas Cartomânticas: da escolha do baralho ao encerramento da consulta, o mesmo estará disponível para aquisição. Poucas unidades mesmo - garanta o seu!



Estarei também realizando atendimentos cartomânticos no estande 125, Tarô e cia. 
Aguardo sua presença! Venha bater um papo comigo, tenhamos nossas Conversas Cartomânticas ao vivo!
Abraços a todos e até lá!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

The Game of Thrones Lenormand: 02. A moeda de Jaqen H'agar.


Vallar Morghulis (todos os homens tem que morrer) é o título do décimo episódio da segunda temporada de Game of Thrones. Caso não tenha assistido a série toda ou não tenha lido os três primeiros livros, sugiro que não leia essa postagem. Caso siga em frente, não diga que eu não avisei.



Jaqen H'ghar fazia parte de grupo de recrutas que partiu com Yoren de Porto Real para ingressar na Patrulha da Noite logo após a execução de Eddard Stark. Ele foi um dos três prisioneiros encontrados nas infames "células negras", a parte da masmorra reservada apenas para os piores criminosos. Os outros criminosos, Rorge e Biter, tinham medo dele. Jaqen se comportou de forma subserviente em relação a Arya Stark ao ser escoltado para a Muralha. Quando Sor Amory Lorch atacou o grupo, Arya (cf. carta 22) o salvou e seus dois companheiros de prisão de um incêndio.



Em Harrenhal, Jaqen a encontrou novamente e disse a ela para selecionar três pessoas para ele matar, para pagar as mortes que ela roubou do "Deus vermelho". Arya o usou para eliminar dois de seus inimigos em Harrenhal, mas ele impiedosamente rejeitou seu pedido de ajuda de qualquer outra forma. Ameaçando selecionar Jaqen como sua terceira escolha, Arya finalmente forçou-o a ajudar a libertar os homens do norte presos em Harrenhal.


Uma vez que sua dívida acabou, Jaqen preparou-se para ir embora, mas primeiro deu a Arya uma moeda de ferro velho e instruiu-a a dá-la a qualquer homem de Bravos dizendo as palavras "Valar morghulis" caso ela precisasse de mais ajuda. Em seguida, ele anunciou que "Jaqen H'ghar" devia morrer, e passou a mão sobre o rosto. O seu rosto todo se alterou magicamente para o de um homem de nariz adunco com um dente de ouro. (Fonte)



Jaqen H'agar foi interpretado pelo ator alemão Tom Wlaschiha. Leia aqui uma das primeiras entrevistas que o ator deu sobre o personagem.


Conforme o blog Tutorial for English Learners
Clover used to be one of the anti-witch plans which protected human beings and animals from magicians and fairies, and brought good luck to those who kept it in the house. Although all clovers had this magical power, it was the rare four-leaved kind that was especially powerful. Such a plant, when found, enabled the finder to see fairies, detect witches, and recognize evil spirits. The good luck became even more powerful if the four-leaved clover was a gift. The receiver was safe from all bad spells.
Como a Moeda/O Trevo, carta 02 do Game of Thrones Lenormand, Jaqen oferece um lampejo de sorte num momento de infortúnio, um auxílio fugaz, que pode não ser devidamente aproveitado pela falta de discernimento. Ainda assim é um lampejo de sorte - mesmo que o seu potencial não seja aproveitado imediatamente, será aproveitado no momento oportuno. Mesmo que não seja aproveitado totalmente, será aproveitado pelo menos em parte.