sábado, 26 de fevereiro de 2011

Do Palavras de Osho: Como você pode saber se alguém realmente lhe ama?


Olá pessoal. Lendo esse texto, me deparei com aspectos próprios do Arcano VI, conforme a perspectiva dada pelo Thoth Tarot. As três possibilidades correlacionadas podem ser analisadas nesse Arcano. 
Abraços a todos.

Existem três camadas no indivíduo humano: sua fisiologia, o corpo; sua psicologia, a mente; e seu ser, seu eu eterno. Amor pode existir em todos os três planos, mas suas qualidades serão diferentes.


No plano da fisiologia, do corpo, é simples sexualidade. Você pode chamar isso de amor, porque a palavra 'amor' parece ser poética, bela. Mas noventa e nove por cento das pessoas estão chamando o sexo delas de amor. Sexo é biológico, psicológico. Sua química, seus hormônios – tudo que é material está envolvido nisso.
Você se apaixona por um homem ou por uma mulher. Você pode descrever exatamente porque essa mulher lhe atraiu? Certamente você não pode ver o eu dela, você ainda nem viu seu próprio eu. Você também não pode ver a psicologia dela, porque para ler a mente de alguém não é uma tarefa fácil. Então o que é que você viu nessa mulher? 
Alguma coisa na sua fisiologia, na sua química, nos seus hormônios, se sente atraído pelos hormônios, pela fisiologia, pela química da mulher. Isso não é um caso de amor; isso é um caso químico. Pense bem: a mulher por quem você se apaixonou vai ao médico, muda de sexo, deixa a barba e o bigode crescerem. Você ainda fica apaixonado por ela? Nada mudou, somente a química, os hormônios. Para onde foi seu amor?


Somente um por cento das pessoas conhece um pouco mais profundamente. Poetas, pintores, músicos, dançarinos, cantores têm uma sensibilidade que faz com que eles possam sentir além do corpo. Eles podem sentir as belezas da mente, as sensibilidades do coração, porque eles próprios vivem nesse plano.
Lembre-se que isso é uma regra básica: onde quer que você viva, você não pode ver além disso. Se você vive no seu corpo, se você pensar que é somente seu corpo, você só pode ser atraído pelo corpo de alguém. Esse é o estágio fisiológico do amor.
Porém, um músico, um poeta, vivem num plano diferente. Ele não pensa, ele sente. E devido a que ele vive no coração dele, ele pode sentir o coração de outra pessoa. Isso é geralmente chamado de amor. Isso é raro. Estou dizendo talvez somente um por cento, de vez em quando.
Por que muitos não estão se movendo para o segundo plano se este é tremendamente belo? Mas há um problema: qualquer coisa muito bonita é também muito delicada. Não é um objeto duro, é feito de vidro muito frágil. E uma vez que um espelho cai e se quebra, então não há como reuni-lo novamente.
As pessoas temem se envolverem muito e alcançar as delicadas camadas do amor, porque nesse estágio o amor é tremendamente belo mas também tremendamente mutante.
Sentimentos não são pedras, são como rosas. É melhor ter uma rosa de plástico, porque ela estará sempre lá e todo dia você pode banhá-la e ela estará fresca. Você pode colocar algum perfume francês nela. Se a cor dela desaparecer você pode pintá-la novamente. Plástico é uma das coisas mais indestrutíveis no mundo. Ela é estável, permanente; assim as pessoas param no fisiológico. É superficial, mas é estável.
Poetas e artistas são conhecidos por se apaixonarem todos os dias. O amor deles é como uma rosa. Enquanto está presente ela é tão perfumada, tão viva, dançando ao vento, na chuva, no sol, declarando suas belezas. Mas à noite ela se vai, e você não pode fazer nada para impedir isso.


O mais profundo amor do coração é somente como uma brisa que chega no seu quarto, traz sua frescura, serenidade, e então se vai. Você não pode segurar o vento em suas mãos. Bem poucas pessoas são tão corajosas para viver de momento a momento, uma vida mutante. Daí, elas decidirem se entregarem a um amor do qul elas possam depender.
Eu não sei que tipo de amor você conhece – muito provavelmente o primeiro tipo, talvez, o segundo tipo. E você teme que se você alcançar seu ser, o que acontecerá ao seu amor? Certamente ele se vai – mas você não será um perdedor. Um novo tipo de amor irá surgir o qual, talvez, só acontece a uma pessoa em milhões. Esse amor só pode ser chamado de amorosidade.



O primeiro amor deve ser chamado de sexo. O segundo amor deve ser chamado de amor. O terceiro deve ser chamado de amorosidade – uma qualidade, não direcionada – não possessiva e que não permite ninguém mais lhe possuir. Essa qualidade amorosa é uma revolução tão radical que mesmo concebê-la é muito difícil.
Jornalistas têm me perguntado: "Por que tem tantas mulheres aqui?". Obviamente, a questão é relevante, e eles ficam chocados quando lhes respondo. Eles não estavam preparados para a resposta. Eu disse a eles: "Sou um homem". Eles olharam para mim, incrédulos.
Eu disse: "É natural que muito mais mulheres estejam aqui, pela simples razão de que tudo que elas conheceram na vida delas foi sexo, ou em raros casos, talvez alguns momentos de amor. Mas elas nunca chegaram a conhecer o sabor da amorosidade". Eu disse para esses jornalistas: "Mesmo os homens que vocês vêem aqui desenvolveram muitas qualidades femininas neles que estavam reprimidas pela sociedade exterior".



Desde o princípio é dito a um menino: "Você é um menino, não uma menina. Comporte-se como um menino! Lágrimas caem bem numa menina, mas não para você. Seja macho". Assim todo menino vai eliminando suas qualidades femininas. E tudo que é belo é feminino. Então finalmente o que resta é somente um animal selvagem. Toda a função dele é reproduzir filhos.



A menina não é permitida ter qualquer coisa com qualidades masculinas. Se ela quiser subir numa árvore ela será impedida imediatamente: "Isso é para meninos, não para meninas!" Estranho! Se a menina possui o desejo de subir na árvore, isso é prova suficiente para ela ter permissão.
Todas as sociedades criaram roupas diferentes para os homens e para as mulheres. Isso não está certo; porque todo homem é também uma mulher. Ele veio de duas fontes: o pai e a mãe. Ambos contribuíram para seu ser. E toda mulher é também um homem. Nós destruímos ambos.
A mulher perdeu toda a coragem, aventura, raciocínio, lógica, porque essas são tidas como qualidades masculinas. E o homem perdeu a graça, sensibilidade, delicadeza. Ambos se tornaram metades. Esse é um dos maiores problemas que temos que resolver – pelo menos para nosso povo.



Meus sannyasins precisam ser ambos: metade homem, metade mulher. Isso os tornará mais ricos. Eles irão ter todas as qualidades que estão disponíveis aos seres humanos, não apenas a metade.
No nível do ser, você simplesmente tem uma fragrância de amorosidade.
Os jornalistas me perguntaram: "Você ama Sheela?". Eu disse: "É claro. Mas eu amo tantas mulheres que nem mesmo sei o nome delas. E não somente mulheres – amo tantos homens, porque eles também são metade mulher". Em um milhão de sannyasins ao redor do mundo, eu não posso apontar para uma só pessoa e dizer: "Essa é a pessoa que amo".
Só posso dizer: "Eu amo". Quem quer que esteja pronto para receber meu amor... está disponível. Então não tenham receio. 
Seu medo está certo: o que você tem como amor irá embora, mas o que virá no lugar é imenso, infinito. Você será capaz de amar sem ficar apegado. Você será capaz de amar muitas pessoas porque amar uma pessoa só é manter a si mesmo pobre. Uma pessoa pode dar uma certa experiência de amor, mas amar muitas pessoas...
Você ficará surpreso que cada pessoa lhe dá um novo sentimento, uma nova canção, um novo êxtase. Consequentemente, sou contra o casamento. Na minha visão, casamentos na comuna devem ser dissolvidos. Pessoas podem viver juntas por toda a vida se quiserem, mas isso não é uma necessidade legal.
Pessoas devem se movimentar, ter tantas experiências de amor quanto possível. Não devem ser possessivos. Possessividade destrói o amor. E eles não devem ser possessivos porque isso novamente destrói ser amor.
Todos os seres humanos são dignos de serem amados. Não há nenhuma necessidade de ficar acorrentado a uma pessoa por toda sua vida. Essa é uma das razões do porquê todas as pessoas ao redor do mundo parecem tão entediadas.



Porque elas não podem sorrir como você? Porque elas não podem dançar como você? Elas estão acorrentadas com correntes invisíveis: casamento, família, marido, esposa, filhos. Elas estão sobrecarregadas com todo tipo de deveres, responsabilidades, sacrifícios. E você quer que eles sorriam e dancem e se alegrem? Você está pedindo o impossível.
Torne o amor das pessoas livre, torne as pessoas não-possessivas. Mas isso só pode acontecer se na sua meditação você descobrir o seu ser. Não é nada para se praticar. Não estou lhes dizendo: "Hoje à noite você procure uma outra mulher apenas para praticar". Você não irá conseguir coisa alguma e você pode perder sua esposa. E pela manhã você vai parecer tolo.



Isso não é uma questão de praticar, é uma questão de descobrir o seu ser. A qualidade da amorosidade impessoal segue a descoberta de seu ser. Assim você simplesmente ama.
E isso vai se espalhando. Primeiro, nos seres humanos, depois nos animais, pássaros, árvores, montanhas, estrelas. Um dia chega quando todo esse universo é seu amado. Esse é o nosso potencial. E qualquer um que não estiver realizando isso está desperdiçando sua vida.
Sim, você terá que perder algumas coisas, mas são coisas sem valor. Você estará ganhando tanto que você nunca pensará novamente no que você perdeu. Uma pura amorosidade impessoal que possa penetrar no ser de qualquer um – esse é o resultado da meditação, do silêncio, do mergulhar profundo dentro de seu próprio ser. Estou simplesmente tentando lhe persuadir. Não tenha medo de perder o que você tem.




sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A Astrologia e o Dez de Copas


Olá pessoal. Uma das cartas mais controversas para mim, nas numeradas, é o Dez de Copas. É uma carta feliz, de concretização positiva (os Dez dos naipes passivos são bem agradáveis, ao contrário dos Dez dos naipes ativos - Paus e Espadas: é como encontrar uma parede no meio de uma corrida). Mas a atribuição do terceiro decanato de Peixes, regido por Marte, a essa carta, sempre me intrigou, assim como o fato de Marte reger o último decanato do zodíaco, assim como o primeiro (primeiro decanato de Áries). Não é todo mundo que segue as classificações astrológicas dadas por Crowley, ha quem considere desnecessárias para uma boa compreensão das lâminas. Mas quem poderá negar que é uma fonte de inspiração?
E isso - inspiração - o Elias Mendes oferece com maestria no seu blog. Antes mesmo de ler o texto, a imagem escolhida foi tão forte que tive o insight que faltava para entender a carta em uma nova perspectiva.
Obrigado, Elias.

Meu primeiro insight proveio da imagem. O tubarão, uma possível alegoria a Marte, no seu habitat, o oceano, alusivo ao Elemento Água, de Peixes. O assassino em casa. 
O mais importante, porém, foi perceber, aqui, o posicionamento do tubarão, no contexto. Assassino por uma perspectiva humana bem "embasada" em Spielberg... Mas natural, haja vista sua fisiologia; desde o nascimento, ovovivíparo, já rompendo a casca para sobreviver, sem um minuto de descanso, já que para ele não existe sono; não há maldade, não há intencionalidade, há necessidade, efeito e observação. Antes de considerar um tubarão "mau", penso eu, se ele deveria ser "bonzinho" e morrer de fome...

Segue abaixo um excerto do texto. O texto completo pode ser conferido aqui

(...)
É engraçado como quem está acostumado com astrologia moderna costuma associar este Marte a um posicionamento ruim, como se ele indicasse "comportamento afeminado" ou covardia, coisas que de modo algum estão associadas a Marte neste signo, muito pelo contrário. Marte em qualquer signo é coragem, e uma pessoa será corajosa na medida em que Marte tiver importância no mapa dela. Coragem não é medida pelo signo de Marte. O problema de Marte em detrimento ou queda não é falta de coragem, mas a coragem usada para finalidades maléficas ou em situações inadequadas. A coragem portanto é caracterizada pela proeminência de Marte: Muitos planetas e ângulos em signos de Marte, Marte angular, direto, rápido, em aspectos harmônicos com outros planetas, etc.
Na verdade Marte em Peixes é um dos posicionamentos mais desejáveis. Marte tem triplicidade em todos os signos de água, e isso inclui o signo de peixes. Além disso, especialmente no terceiro decanato de Peixes Marte tem inclusive mais poder do que o que ele tem em Áries, já que neste decanato estão localizados os termos e a face de Marte. Marte fica portanto triplamente dignificado quando está no último decanato de peixes, exceto nos 2 últimos graus que tem natureza mais saturnina.
(...)
Ainda sobre Marte no signo de peixes: Esse é o Marte emergencial. Como peixes é o signo que representa o caos, é em meio a esse tipo de situação que um marte em Peixes vai se mostrar mais útil. Marte em Peixes não luta para preservar ou prevenir o que quer que seja. não busca culpado pelos acontecimentos. Não culpa e não discrimina ninguém: Ele é aquela força que surge quando estamos diante do caos e não há nada a fazer a não ser ajudar quem precisa. No meio de um desastre por exemplo, não há muito espaço pra uma ação preventiva virginiana ou para as teorias do eixo Gêmeos/Sagitário. A ação precisa ser indiscriminada. A força de quem tem Marte em Peixes portanto é maior quando a pessoa se encontra nessas situações extremas.
É interessante notar o fato de que Marte tem força justamente no último e também no primeiro signo do zodíaco. Fins e inícios tem uma característica marciana. Aliás, o primeiro e o último decanato do zodíaco são regidos pelo mesmo planeta, que é marte. Marte parece se fortalecer justamente nos estágios zodiacais que representam um corte: Em Áries, o nascimento que em si é um grande corte em relação ao estado anterior, que era a não-existência. Depois vemos marte se fortalecendo novamente somente no signo de Virgem, o signo da poda. Em escorpião, signo das perdas, e em seguida em Capricórnio, o limite de desenvolvimento de qualquer ciclo. Finalmente ele se fortalece em peixes onde as coisas finalmente terminam.


Haja vista o texto, alguns aspectos do Nove e do Dez de Copas se esclareceram, para mim. O Nove de Copas, para Crowley, é a "Felicidade". Um estado de perfeito contentamento e beleza. Já o Dez é a "Saciedade" (?) e era esse título que me intrigava. Como as relações entre Marte e Peixes poderiam resultar nesse título? Nesse aspecto, a bibliografia que conheço nunca me saciou. Além disso, os demais Dez sempre concretizam alguma situação, de forma agradável ou não. Só o de Copas aparentava uma insatisfação por trás da aparente concretização emocional.


Por outro lado, Waite coloca o Nove de Copas como algo preguiçoso, indolente, exagerado, egocêntrico e preguiçoso; o Dez,  aqui, é a perspectiva do american dream. Qual dos dois significados oferecidos pelos autores corresponderia à melhor experiência da carta, a despeito de suas atribuições esotéricas?
Pela atribuição astrológica relacionada à carta, sempre tendi mais para a perspectiva de Crowley. O Dez deixava uma lacuna que impulsionava o consulente a mais - poderia estar bom, mas fatalmente poderia estar melhor. Havia uma insatisfação latente à vivência da lâmina, que não permitia que ela fosse estanque como os outros Dez. A força de quem tem Marte em Peixes portanto é maior quando a pessoa se encontra nessas situações extremas, como diria o Elias Mendes.
Não há muito o que dizer. Sinto, porém, que o Dez de Copas ficou mais claro, mais efetivo, após ler a interpretação astrológica relacionada a esse arquétipo.


Abraços a todos.


domingo, 20 de fevereiro de 2011

Caderninho para Tarot, por Papelim Arte em Papéis



Olá pessoal. A Claudinha, da Papelim Arte em Papéis, produziu esse bloquinho bem bacana, que pode ser utilizado naquele corre-corre do nosso cotidiano, para anotar uma carta ou outra que venha sem que esperemos. Como dissemos cá antes, é bem importante anotar nossas jogadas, para que percebamos na vivência e na experiência o que a teoria nos ensinou sobre as cartas. 
Abraços a todos.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Blogagem coletiva: O que o espelho reflete?


"No livro Tarot for Dummies de Amber Jayanti, a autora afirma que o tarot pode ser um espelho de nós mesmos e que, assim, responde às nossas indagações de acordo conosco e não com o alheio. Quando você olha no espelho, qual arcano você vê? Não tire um arcano, mas pense em você, hoje, como um arcano. Olhe no espelho e reflita!"


Mais uma escrita para treinar a reflexão. E agora, literalmente! Olhando o espelho, qual arcano você enxerga? Não é preciso tirar uma carta, mas sim ver o que a mente reflete no espelho. E logo em seguida, no texto.
[texto: Pietra, Arte: Luciana] ]

Olá pessoal. Mais uma blogagem coletiva bem legal, proposta pela Luciana Onofre e pela Pietra de Chiaro Luna. Parabéns, meninas!

Essa eu demorei para pensar. Depois de ler a postagem da Gemini, do sob o poder do iníquo, na qual ela reflete sobre a função do espelho, eu fiquei pensando sobre minha relação com meu próprio espelho.
O espelho me remete diretamente à Sacerdotisa e sua relação personalidade/alteridade. Me remete também ao lago onde a Lua se banha em reflexo. Às águas onde o Príncipe de Copas permite que sua Águia respire e baforeje. À função do lago em Brumas de Avalon
Nas águas eu sou capaz de Ver. Ver dentro de mim, todo um Universo, e fora de mim, todo um panorama, toda uma multiplicidade.
Mas, buscando nos 78 Espelhos do Tarot meu reflexo, onde o encontraria?
Nos Arcanos Maiores me encontro na Carruagem. Nos caminhos que ela percorre e na possibilidade de travessia do Abismo. Nas fases Crescente e Minguante da Lua, que o auriga carrega sobre os ombros. No Céu que abriga em sua armadura. 
Na Corte, me reflito (em reflexão e reflexo visual) no Cavaleiro de Paus. Na sua coragem e ousadia de ser responsável por seu próprio brilho, numa auto-suficiência por vezes próxima demais da húbris. Como Dédalo e Ícaro, o desafio é o comedimento de manter-se no devido caminho, nem próximo às águas, nem próximo ao Sol. 
Nas Cartas Numeradas encontro meu reflexo no Nove de Ouros. Como seguidor da Antiga Religião, sei que receberei aquilo que mereço. Nem mais, nem menos, de acordo com minha Vontade.
Por vezes a Sombra vem me fazer uma visita, porque senão a vida ficaria muito sem-graça. E nesses momentos vejo em seus olhos uma parte de mim que não gosto; tal como o Diabo que ilustra essa postagem, vejo, não gosto, mas enfrento e me integro.
E você, que carta(s) vê?
Abraços a todos.

Como descobrir um Troll. Ou: conversas para quem sabe conversar.

Olá pessoal. quando eu decidi moderar os comentários, foi para ser mais acessível, mais rapidamente, aos meus leitores. Mas nunca esperaria que ocorresse o que ocorreu!

Bem, para quem não sabe, os Trolls  são criaturas antropomórficas do folclore escandinavo. Poderiam ser tanto como gigantes horrendos – como ogros – ou como pequenas criaturas semelhantes a goblins. Viviam em cavernas ou grutas subterrâneas.
Na literatura nórdica, apareceram com várias formas, e uma das mais famosas teria orelhas e nariz enormes. Nesses contos também lhes foram atribuídas várias características, como a transformação dessas criaturas em pedra, quando expostas à luz solar. Na gíria da Internet, contudo, Troll designa uma pessoa cujo comportamento tende sistematicamente a desestabilizar uma discussão, provocar e enfurecer as pessoas envolvidas nelas. (...) O comportamento do troll pode ser encarado como um teste de ruptura da etiqueta, uma mais-valia das sociedades civilizadas. Perante as provocações insistentes, as vítimas podem (ou não) perder a conduta civilizada e envolver-se em agressões pessoais. Porém, independentemente da reação das vítimas da trollagem, o comportamento do troll continua sendo prejudicial ao fórum, pois o debate ou degenera em bate-boca ou prossegue sendo vandalizado pelo troll enquanto este tiver paciência ou interesse de atuar.

Agora, como descobrir um Troll:

Passo 1. Receba uma postagem bem agressiva (normal e naturalmente, anônima) sobre um assunto qualquer:

Passo 2. Dê uma olhada nas estatísticas do seu blog, e procure a referência mais precisa à origem:

Passo 3. Confira se procede:


Passo 4. Encontre uma referência ao começo da conversa:


Sendo assim, comento, como postagem:


Olá, Marcelo Del Debbio. Tudo bem?
Este blog tem por mote justamente apresentar as conversas sobre as cartas, visando a cartomancia. Já citei um ou dois artigos seus por aqui, excelentes, por sinal.  Eu não esperava seu posicionamento quanto a minha postagem, pois o sr. me deu muito trabalho para descobrir que não tinha ficado satisfeito. Agora, sabendo disso, vejo que houveram pessoas, como o sr., que não gostaram da publicação da Editora Escala, como eu também não gostei; contudo, eu ganhei dois baralhos, o sr. nenhum. Se ler na minha pequena biografia, aqui ao lado, verá que eu também sou cartomante com as cartas comuns (aqui segue um artigo que diz, no segundo tópico, que todos os tarólogos são cartomantes, ainda que o sr. não concorde).
Logo, eu ganhei um baralho comum muito bonito para o meu trabalho, e uma corruptela do Rider-Waite, para apresentar como algo que não deve ser feito. Não devo ter sido suficientemente claro para o sr., para que o sr. dissesse as coisas que disse sobre o meu trabalho. Mais que isso, meu blog não deve ter sido suficientemente interessante para o sr. para que tivesse o tempo de conferir se eu não conhecia previamente o Rider-Waite.
Por isso, peço ao sr. que, caso tenha algum comentário a fazer, utilize do espaço aqui embaixo, e por gentileza, nominalmente, para que eu possa ser mais preciso no meu retorno. A postagem anônima pode não ter sido sua, mas suas postagens no Twitter atestam sua posição sobre o que eu escrevi. Muito válida, pois me fez rever uma série de posicionamentos. Mas foi bem desgastante fazer todo esse caminho para podermos conversar sobre as cartas.
Ah, boa sorte no seu curso. O meu está sendo ótimo.
Abraços.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Curso de Baralho Cigano Petit Lenormand


Olá pessoal. Cá estamos com mais um curso, ministrado na Casa da Cultura Godofredo Rangel, de Três Corações: serão abordados os aspectos iconográficos e simbólicos das cartas do Petit Lenormand, tando por sua perspectiva clássica quanto pela contemporânea aqui no Brasil, chamada pelo Alexsander de Escolas Européia e Brasileira, respectivamente. Conforme o estilo cá do Conversas Cartomânticas, será um curso muito mais experiencial que teórico. 
A quem puder participar comigo, seja bem vindo!
Abraços a todos.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Moderação de comentários


Pessoal, esse é só um aviso. Devido aos inúmeros comentários que não respondi, eu decidi moderar os comentários, não porque não pretenda publicar algum, mas para poder responder todos com maior rapidez.
Peço desculpas a quem ainda não respondi. Se não respondi, não li ainda.
Abraços a todos.

São Valentim e os Enamorados

Olá pessoal. Como amanhã é dia de São Valentim, gostaria de homenagear esse Santo, tão próximo dos Enamorados.
Para nós cá do Brasil, nem faz tanto sentido, já que temos nosso próprio casamenteiro: Santo Antonio. Contudo, junho ainda está longe, e não custa pedirmos uma ajudinha para arranjar ou apimentar o que já temos, não é?


Conforme a Wikipédia, São Valentim, (ou Valentinus em latim), é um santo reconhecido pela Igreja Católica e igrejas orientais que dá nome ao Dia dos Namorados em muitos países, onde celebram o Dia de São Valentim. O nome refere-se a pelo menos três santos martirizados na Roma antiga.
Durante o governo do imperador Cláudio II, este proibiu a realização de casamentos em seu reino, com o objetivo de formar um grande e poderoso exército. Cláudio acreditava que os jovens se não tivessem família, alistariam-se com maior facilidade. No entanto, um bispo romano continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do imperador. Seu nome era Valentim e as cerimónias eram realizadas em segredo. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens jogavam flores e bilhetes dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor. Entre as pessoas que jogaram mensagens ao bispo estava uma jovem invisual, Asterias, filha do carcereiro a qual conseguiu a permissão do pai para visitar Valentim. Os dois acabaram apaixonando-se e milagrosamente a jovem recuperou a visão. O bispo chegou a escrever uma carta de amor para a jovem com a seguinte assinatura: “de seu Valentim”, expressão ainda hoje utilizada. Valentim foi decapitado em 14 de Fevereiro de 270.


Robert M. Place representa São Valentim em seu Tarô dos Santos como o Arcano VI. Nada mais apropriado. 

Feliz dia de São Valentim, enamorados e por enamorar.
Abraços a todos.


P.S.: Para quem gosta de um sonzinho bem leve... Kina Grannis.






Love, it's a special day.
We should celebrate
And appreciate
That you and me found something pretty neat
And I know some say this day is arbitrary
But it's a good excuse to put our love to use
Baby I know what to do, baby I will love you
I'll love you, I'll love you.
Love, I don't need those things
I don't need no ring
I don't need anything
But you with me, cause in your company
I feel happy oh so happy and complete
And it's a good excuse to put our love to use
Baby I know what to do, baby I will love you
I'll love you, I'll love you.
Yeah it's a good excuse to put our love to use
Baby I know what to do, baby I will love you
I'll love you, I'll love you.
So won't you be my honey bee
Giving me kisses all the time
Be mine, be my valentine
So won't you be my honey bee
Giving sweet kisses all the time
Be mine, be my valentine...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

...E quanto ao Baralho Espanhol? Alguém me ajuda?


Olá pessoal. Revendo algumas postagens, percebi que estou em débito com vocês, leitores. Não escrevi nada sobre o Baralho Espanhol. Mas, não se enganem, ainda não estou pronto para escrever.
Na verdade, gostaria de ouvir vocês. Algum de vocês joga o Baralho Espanhol, mesmo que para o Truco Gaudério? Poderíamos conversar a respeito? 
Pretendo comprar as duas versões que conheço: o Espanhol COPAG e o Espanhol Artha. Vou estudar para poder contrapor esse baralho ao nosso conhecido baralho de 52 cartas.
Apesar de já ter encontrado alguns significados online, parece-me releituras do que eu já conheço de  cartomancia com o baralho comum. Mas creio, claro, que hajam pequenas discrepâncias entre uma e outra, e é atrás delas que nós vamos. Atrás da singularidade desse oráculo.
Se alguém já conhece a metodologia, por favor, entre em contato para sabermos mais.
Abraços a todos.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Meu Rider Waite! Sete de Copas... You Gotta Be.


Olá pessoal. FINALMENTE consegui meu Rider Waite!
Comprei a edição da Editora Artha - por sinal, excelente atendimento, muito obrigado a todos de lá por isso! - e estou cá me divertindo com as possibilidades interpretativas de lâminas tão diferentes da tradição latina (o Rider-Waite é o Marselha de língua inglesa - o mais acessível).
Ainda estou esperando meu Commemorative Set, mas este chegará no fim deste mês. Sem agonia, por ora. POR ORA...
Brincando com o meu baralho, achei um detalhe tão legal numa carta não tão legal... Que merece uma conversa cá para nós. Com vocês, Sete de Copas.


O Sete de Copas apresenta o momento da escolha, de cunho emocional, que é, na verdade, a aceitação de um compromisso assumido anteriormente.

You gotta be bad, you gotta be bold, you gotta be wiser
You gotta be hard, you gotta be tough, you gotta be stronger
You gotta be cool, you gotta be calm, you gotta stay together...


Em outras palavras, seria aquele momento em que, a despeito do prejuízo, temos que manter nossa palavra - por um lado - assim como pode ser aquele momento em que não tínhamos nada em mente e de repente pululam opções à nossa frente. A representação pictórica do Rider-Waite é bem interessante: um homem, de costas, aparentando sobressalto, observa uma hierofania, ou uma visão (atestado pelas nuvens ao fundo), onde aparecem sete cálices de onde saem diferentes... "manjares" (?): uma cabeça de mulher, transparente; um castelo; um tesouro, jóias e pedrarias; uma coroa de louros; um draconídeo; uma serpente. Tais taças ladeiam uma central, onde aparentemente uma pessoa está com os braços abertos, já que apenas suas mãos se apresentam por baixo do véu que lhe cobre; uma luz emana do tecido, dando a idéia de sagrado ao que está coberto.
Eu não quero descrever todas as taças. Mas uma, em especial, merece descrição: a que está com a coroa de louros.
Reparem na taça. Viram alguma coisa?
Deixa eu dar um zoom para vocês verem melhor:


Uma caveira
Se fosse na taça com a serpente, ou com o draconídeo, poderia representar envenenamento. Se fosse em qualquer outra taça, não teria sido tão significativa a ideia de perigo como nesta.

No New Vision, a carta perde o significado analisado aqui. 

Vocês se lembram da Espada de Dâmocles? Foi o primeiro mito que me veio à cabeça. A ideia da Fama, tão ligada aos louros e a Apolo, tão ligada ao Sol e ao signo de Leão, é deveras perigosa. Por sua vez, a caveira, um dos símbolos de Saturno, é diametralmente oposta à ideia que hoje fazemos da fama. Mas sem muito esforço percebemos que a fama tem seu preço (ok, eu sei que não é o melhor exemplo, mas é impactante, não é?).
Terei mais cuidado quando me deparar com essa carta...
Abraços a todos.


O Espírito do Zen no Tarô, de Osho


Olá pessoal. Depois da postagem sobre o Tarô Zen, de Osho, e da descoberta de que havia um outro livro para ler sobre o mesmo baralho, fiquei ansiosamente esperando a primeira oportunidade de adquiri-lo... E finalmente ela chegou.


Esse livro é um complemento do Tarô Zen, de Osho: O Jogo Transcendental do Zen. Apesar de ser acompanhado pelos Arcanos Maiores desse baralho, seu uso só é justificado e ganha significado quando já se possui o livro anterior e o baralho de 78 cartas. Isso porque, ao contrário do que eu supunha a priori, que seria o aprofundamento das 22 Lâminas Maiores à luz dos ensinamentos do Osho, sugerindo técnicas e tiragens próprias para essas cartas,  das 216 páginas do livro, 197 foram dedicadas a excertos de trabalhos selecionados de Osho, referentes aos 79 arcanos do baralho Zen (78 cartas convencionais + O Mestre).
Se o Tarô Zen, de Osho se propõe a apresentar a consulta do Tarot pela perspectiva do Zen, o propósito d'O Espírito do Zen no Tarô é a meditação, através das palavras de Osho, sobre os aspectos concernentes a cada uma das cartas. Livro indispensável aos fãs desse baralho.


Uma característica desse baralho de 22 cartas, quando comparado com o de 79 cartas, é a moldura das imagens. No baralho de 22 cartas a moldura é preta, enquanto no de 79 a moldura é branca. Não sei se porque o meu primeiro contato se deu com o baralho de fundo branco, ou pela força do branco sobre a minha toalha de jogo, que é índigo, continuo preferindo o de fundo branco. Pesquisando na net as imagens para essa postagem, vi que o baralho em inglês possui fundo preto. Fico com a edição da Editora Pensamento-Cultrix!


Abraços a todos. Divirtam-se.