sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Desafio Literário de Janeiro: Romance de Banca


Cumprindo o Desafio Literário proposto pelo Romance Gracinha, em janeiro deveríamos ler um romance de banca. Definitivamente esse não é meu estilo de leitura favorito; mas, Makhtub!, dei muita sorte na minha escolha. Li de uma só vez os cinco capítulos, ansioso pela página seguinte!
Dei uma pesquisada pela Internet e existem outros blos falando desse livro, pela perspectiva do romantismo que naturalmente permeia esse estilo de literatura. Mas, para minha sorte, o que encontrei foi farto material para relacionar com cartomancia, o que foi muito divertido!


A obra trata do encontro de Erin Chandler, 27 anos, funcionária de uma loja New Age, com o elfo Galan da Pedra Rabosa, que havia sido atacado por um elfo decadente, Fellseth. Desse encontro surge uma ligação entre Erin e Galan que norteará a trama, até o confronto final com o inimigo.
Encontrei esse livro por puro acaso. Coincidência. Sincronicidade. Destino. Era só para preencher o requisito do desafio, mas ao fim e ao cabo encontrei justamente uma obra com a qual poderia dialogar sem dificuldades. Leitura fácil, corrida. São só cinco capítulos, divididos em diversos sub capítulos, com aquele clima de "preciso ler até o fim, senão não sossego". De 1 a 5, dou 4,5 - A autora peca pelo chavão temático, mas por outro lado desenvolve bem o tema mostrando que pesquisou para elaborar os personagens. E o que é melhor: ela não utiliza os padrões pré-desenvolvidos de Elfos, criando elfos próprios.
Na mitologia, os Elfos são criaturas nascidas da terra e da água, mas que habitam o ar. Sua natureza é caótica, desde auxiliares dos homens até seus inimigos. Do seu hábito de cavalgar humanos adormecidosm causando inquietação e maus sonhos, vem o termo pesadelo, em inglês (nightmare, ao pé da letra "égua noturna"). 



Na literatura, temos Ariel, o Elfo de A Tempestade, de William Shakespeare (uma das minhas obras favoritas, sem dúvida). Ariel tem papel preponderante na obra, sendo conduzido por Próspero, o protagonista, a causar a tempestade que dá nome à obra. E, claro, Tolkien.
Eu não posso dizer muito dos Elfos de O Senhor dos Anéis, pelo simples fato de não ter lido ainda essa trilogia. Sei que Tolkien desenvolveu inclusive um idioma élfico, com o qual Enya canta um tema do primeiro filme da série. 
Ainda assim, sabendo pouco, como não se extasiar com o combate de Legolas (Orlando Bloom) e o Olifante, no Retorno do Rei, terceiro filme da série?
Nos RPGs (Role Playing Game - Jogo de interpretação dae Papéis), em especial D&D (Dungeons e Dragons), os Elfos são seres baixinhos, de tez delicada e orelhas pontudas, porém grandes guerreiros ligados à magia. Imortais, pelo menos em tese (partem para o Oeste quando atingem determinada idade), enxergam no escuro e acham portas secretas com facilidade. Para quem não joga RPG, um bom referencial pode ser o Hank, líder do grupo de Caverna do Dragão (inspirado diretamente em Dungeons & Dragons).
Procurando na Internet, encontrei um baralho próprio dos Elfos, muito bonito, aliás, com interpretações singulares de cartas como o Enforcado (Arcano XII) e da Torre (Arcano XVI) - o site é em alemão, mas eu tive uma ajudinha de tradutores online ^^. 
Os elfos de Esri Rose são altos, esguios, bem proporcionados, dotados do glamour - um poder que leva os humanos a fazer o que quiserem, quase hipnose. São belíssimos, de uma beleza singular, mas mantém as orelhas pontudas. Os elfos podem gerar prole com os humanos, os meio-elfos. Contudo, a autora não desenvolve esse aspecto com muita precisão.
Além desse aspecto, a ligação entre Galan e erin faz com que este, antes conectado à terra e dela haurindo seu alimento (hei! Espera aí! Isso não é coisa de Gnomo?), passa a haurir forças de Erin, que por sua vez passa a comer muito, até descobrir um ritual de alinhamento dos chackras. Bem fiel o ritual a um oferecido em CD pela revista Bons Fluidos, e também à meditação sugerida por Zerd Ziegler para a compreensão do Arcano XV, o Diabo: sentir a energia da terra emergindo, passando por cada chackra até chegar ao topo da cabeça (fiva aqui também uma indicação do Clube do Tarô, por Valéria Fernandes).
Um texto muito legal, uma abordagem singular, eu realmente não esperava todo o prazer que tive com essa leitura. Recomendadíssimo!
Abraços a todos! E até o próximo post!

8 comentários:

  1. Nossa, tá ai uma coisa que uenunca tinha ouvido falar! Romance de banca onde o personagem principal é um elfo? Putz! Muito interessante, vou ter que conferir!

    Gostei do seu blog, e achei ótimo o jeito como escreve!

    Até o próximo, abraços!

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  2. Uau, resenha contextualizada é o que há de bom. È possível ter uma visão maior do livro. Gostei muito ainda que não seja meu tipo preferido de leitura.
    Que o desafio literário continue a lhe reservar boas leituras.

    Beijocas

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  3. Ótima sua resenha e que bom que conseguiu um livro que atendesse aos requisitos do desafio e ainda tivesse a ver contigo!

    Abraço e até Fevereiro!

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  4. Cara um romance com elfos.. Que massa.. Nunca nem ouvi falar... (adoro elfos)
    Sua resenha ficou otima XD

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  5. Oi, amei seu blog. Indiquei a uma amiga que bota cartas.
    abs e tudo de bom, Carol

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  6. E eu aqui brigando comigo mesmo para cumprir um desafio diferente: não ler e não comprar nem um livro esse mês. São dezoito dias de tortura até agora. Já vi tantas livros, mas sei que assim que fevereiro chegar (se eu aguentar até lá) comprarei centenas para compensar e vou ler o dobro. hahahaha
    Beijos

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  7. Bela resenha, Parabéns!.....Bjus elis!!!!

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  8. Olá meninas, obrigado pelos elogios. É esse tipo de feedback, crítico e positivo, que faz com que eu continue a escrever. Obrigado mesmo!

    Lunna, fazia tanto tempo que eu não lia or prazer que esse desafio veio a calhar completamente!

    Grande beijo!

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