sábado, 9 de outubro de 2010

Você é normal? (RT @paulocoelho)


Olá pessoal. Acordei hoje feliz, num dia magnífico - as recentes chuvas lavaram o ar e ele já está de novo gostoso de respirar - com uma vontade gostosa de tocar violão, já me emocionei ouvindo Defying Gravity, estou com as mãos formigando de tanto tocar Keep Holding On (ops, não corresponde ao seu gosto musical? Sorry! Mas já reparou como as letras são bonitas? ^)... E recebi esse retweet do Paulo Coelho e, por concordar em gênero, número, grau e intensidade com esse teste, sugiro que você reflita sobre esses pontos. À luz da Cartomancia, claro.

É normal...
1] qualquer coisa que nos faça esquecer nossa verdadeira identidade e nossos sonhos, e nos faça apenas trabalhar para produzir e reproduzir.
2] ter regras para uma guerra (Convenção de Genebra).
3] gastar anos fazendo uma universidade, para depois não conseguir trabalho.
4] trabalhar de nove da manhã as cinco da tarde em algo que não dá o menor prazer, desde que em 30 anos a pessoa consiga aposentar-se.
5] Aposentar-se, descobrir que já não tem mais energia para desfrutar a vida, e morrer em poucos anos, de tédio.
6] Uso de botox.
7] Procurar ser bem-sucedido financeiramente, ao invés de buscar a felicidade.
8] Ridicularizar quem busca a felicidade ao invés do dinheiro, chamando-o de “pessoa sem ambição”.
9] Comparar objetos como carros, casas, roupas, e definir a vida em função destas comparações, ao invés de tentar realmente saber a verdadeira razão de estar vivo.
10] Não conversar com estranhos. Falar mal do vizinho.
11] Sempre achar que os pais estão certos.
12] Casar, ter filhos, continuar juntos mesmo que o amor tenha acabado, alegando que é para o bem da criança (que parece não estar assistindo as constantes brigas).
13] Criticar todo mundo que tenta ser diferente.
14] Acordar com um despertador histérico ao lado da cama.
15] Acreditar em absolutamente tudo que está impresso.
16] Usar um pedaço de pano colorido amarrado no pescoço, sem qualquer função aparente, mas que atende pelo pomposo nome de “gravata”.
17] Nunca ser direto nas perguntas, mesmo que a outra pessoa entenda o que se está querendo saber.
18] Manter um sorriso nos lábios quando se está morrendo de vontade de chorar. E ter piedade de todos os que demonstram seus próprios sentimentos.
19] Achar que arte vale uma fortuna, ou que não vale absolutamente nada.
20] Sempre desprezar aquilo que foi conseguido com facilidade, porque não houve o “sacrifício necessário”, e, portanto não deve ter as qualidades requeridas.
21] Seguir a moda, mesmo que tudo pareça ridículo e desconfortável.
22] Estar convencido que toda pessoa famosa tem toneladas de dinheiro acumulado.
23] Investir muito na beleza exterior, e se preocupar pouco com a beleza interior.
24] Usar todos os meios possíveis para mostrar que, embora seja uma pessoa normal, está infinitamente acima dos outros seres humanos.
25] Em um meio de transporte público, jamais olhar diretamente nos olhos de uma pessoa, caso contrário isso pode ser interpretado como um sinal de sedução.
26] Quando entrar no elevador, manter o corpo voltado para a porta de saída, e fingir que é a única pessoa lá dentro, por mais lotado que esteja.
27] Jamais rir alto em um restaurante, por melhor que seja a história.
28] No hemisfério norte, usar sempre a roupa combinando com a estação do ano; braços de fora na primavera (por mais frio que esteja) e casaco de lã no outono (por mais quente que esteja).
29] No hemisfério sul, encher a árvore de natal de algodão, mesmo que o inverno nada tenha a ver com o nascimento de Cristo.
30] À medida que for ficando mais velho, achar-se dono de toda a sabedoria do mundo, embora nem sempre tenha vivido o suficiente para saber o que está errado.
31] Ir a um chá de caridade e achar que com isso já colaborou o suficiente para acabar com as desigualdades sociais do mundo.
32] Comer três vezes por dia, mesmo sem fome.
33] Acreditar que os outros sempre são melhores em tudo: são mais bonitos, mais capazes, mais ricos, mais inteligentes. É muito arriscado aventurar-se além dos próprios limites, melhor não fazer nada.
34] Usar o carro como uma maneira de sentir-se poderoso e dominar o mundo.
35] Dizer impropérios no trânsito.
36] Achar que tudo que seu filho faz de errado é culpa das companhias que ele escolheu.
37] Casar-se com a primeira pessoa que lhe oferecer uma posição social. O amor pode esperar.
38] Dizer sempre “eu tentei”, mesmo que não tenha tentado absolutamente nada.
39] Deixar para viver as coisas mais interessantes da vida quando já não tiver mais forças para tal.
40] Evitar a depressão com doses diárias e maciças de programas de TV.
41] Acreditar que é possível estar seguro de tudo que conquistou.
42] Achar que mulheres não gostam de futebol, e que homens não gostam de decoração.
43] Culpar o governo por tudo de ruim que acontece.
44] Estar convencido de que ser uma pessoa boa, decente, respeitosa significa que os outros vão pensar que é fraca, vulnerável, e facilmente manipulável.
45] Estar igualmente convencido que a agressividade e a descortesia no trato com os outros é que são sinônimos de uma personalidade poderosa.
46] Ter medo de fibroscopia (homens) e parto (mulheres).
47] Finalmente: achar que a sua religião é a única dona da verdade absoluta, a mais importante, a melhor, e que todos os outros seres humanos neste imenso planeta que acreditam em qualquer outra manifestação de Deus estão condenados ao fogo do inferno.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Repassando: Concurso "FETICHE: imaginação refinada, sexo refinado"

Numa dessas passadas como quem corre da chuva para pegar um ônibus, passei pelo Varal de Idéias, do Eduardo P. L. e fiquei deveras interessado nesse concurso, indicado pelo Boczon. Repasso porque há material (farto, inclusive) para inspirar os artistas que desejarem aceitar o desafio.


A Eros Fair orgulhosamente convida todos os interessados para participar do Concurso de Ilustração Fetiche: imaginação refinada, sexo refinado.

Serão aceitas 3 ilustrações por participante que deverão ilustrar um fetiche existente ou um fetiche criado pelo próprio ilustrador. As 40 melhores ilustrações eleitas por um júri especializado farão parte de uma mostra dentro da “Eros Fair” em Gramado durante os dias 24 a 27 de novembro. Já os três primeiros lugares ganham uma VIAGEM PARA GRAMADO!


Do bizarro ao comum, do sujo ao glamuroso, todo tipo de fetiche será bem vindo. As inscrições são completamente gratuitas, participem, soltem a imaginação, enfeiticem o sexo!
Acesso para inscrição pelo site ( http://erosfair.com.br ), até o dia 25 de Outubro.

E como o papel deste blog é apresentar contexto cartomântico a temas culturais (entre outras coisas que desenvolver-se-ão à medida em que formos nos comunicando), seguem temas inspiradores para o relacionamento entre o erótico e o cartomântico. 
Sugiro a leitura prévia do meu texto para o Clube do Tarô, sobre a sexualidade e a cartomancia.
Artigo sobre Tarôs eróticos (parte II) (importante ressaltar que tais opiniões não se referem diretamente às opiniões do autor deste blog.)

Créditos à Taroteca.
Abyssal Tarot (imagens fotográficas)
Erotica Tarot (sugiro a observação dos Dois de cada naipe, em especial)
Erotico Tarot (um bocadinho "direto ao assunto")
Erotic, ou Casanova (design bem agradável)
Manara (para mim, o maior artista erótico que conheço. Site oficial.)
Renaissance (reflitam sobre os Arcanos XVIII e XIX)
Decameron (o Diabo desse baralho me deixou pensando dias a fio... até eu entender.)
Kama Sutra Tarot (Bonitinho para quem quer inspiração oriental)
Tantra Tarot (belíssimas cores)
Durer Tarot (técnica e colorido)
The Mary-el Tarot (site oficial; magníficas composições, que não correspondem plenamente ao significado clássico, mas são homogêneas em seu conjunto)

Para finalizar, um texto do belíssimo Osho-Neo Tarot (edição esgotada pela Editora Madras), apresentado pelo Osho.com como o Tarot da Transformação


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SEXO


O Círculo de Mahamudra

O sexo guarda consigo grandes segredos, e o primeiro segredo é - se você meditar verá isso - que a felicidade vem porque o sexo desaparece. E sempre que você estiver naquele momento de felicidade, o tempo também desaparece - se você meditar sobre isso - e a mente também desaparece. E essas são as qualidades da meditação. Minha própria observação é que o primeiro lampejo da meditação no mundo deve ter vindo através do sexo, não há outra forma possível. A meditação deve ter entrado na vida através do sexo, pois este é o fenômeno mais meditativo. Se você o entender, se você for fundo nele, se você não o usar apenas como uma droga. Então, aos poucos, lentamente, à medida que a compreensão cresce, o anseio desaparece, e chega um dia de grande liberdade em que o sexo não é mais uma obsessão. Então você se torna silencioso, tranquilo, absolutamente você mesmo. A necessidade do outro desapareceu. Ainda é possível fazer amor se quiser, mas não há mais necessidade. Então será uma espécie de compartilhamento.

Quando dois amantes estão em um profundo orgasmo sexual, fundem-se um no outro. Então a mulher não é mais a mulher, o homem não é mais o homem. Tornam-se algo similar ao círculo de ying/yang, alcançando um ao outro, encontram-se dentro do outro, dissolvendo-se, esquecendo suas próprias identidades. É por isso que o amor é tão bonito. Esse estado de profunda penetração orgástica é chamado de mudra. E o estágio final do orgasmo com o todo é chamado de Mahamudra, o grande orgasmo.
O orgasmo é um estado no qual seu corpo não é mais sentido como matéria. Ele vibra como energia, eletricidade. Vibra tão profundamente, partindo de sua própria fundação, que você se esquece completamente que é algo material. Torna-se um fenômeno elétrico - e é um fenômeno elétrico. Agora os físicos dizem que não há matéria, que toda matéria é apenas aparência e, lá no fundo, o que existe é eletricidade, e não matéria. No orgasmo, você atinge essa camada mais profunda de seu corpo, na qual a matéria não mais existe, apenas ondas de energia, e você se torna uma forma de energia dançando, vibrando. Não haverá mais limites para você - pulsando, mas imaterial. E quem você ama também estará pulsando. Aos poucos, se os parceiros se amam e se entregam um ao outro, eles se entregam a esse momento de pulsação, de vibração, de ser apenas energia, e não têm medo. 
Porque é uma experiência similar à da morte, essa de perder os limites do corpo, quando o corpo se torna algo vaporoso, quando a substância do corpo se evapora e só resta energia, um ritmo muito sutil, mas você se percebe como se não fosse mais. Apenas dentro de um amor profundo alguém pode entrar nesse estado. O amor é como a morte: você morre em relação a se pensar como um corpo. Você morre como um corpo e evolui como energia, energia vital. E quando a mulher e o marido, ou os amantes, ou os parceiros, começarem a vibrar em um certo ritmo, seus corações e seus corpos se juntam em um mesmo ritmo, cria-se uma harmonia e há um orgasmo. Eles não são mais dois. Esse é o símbolo do ying e yang: o ying se movendo dentro do yang, o yang se movendo dentro do ying, o homem se movendo dentro da mulher, a mulher movendo-se dentro do homem. Agora formam um círculo e vibram juntos, pulsam juntos. Seus corações não estão mais separados, seus batimentos não estão mais separados: tornam-se uma melodia, uma harmonia. É a música mais fantástica possível. Todas as outras músicas soam pálidas em comparação.
Orgasmo é a vibração de dois unidos em um só. Quando a mesma coisa acontece, não com outra pessoa, mas com toda a existência, então é Mahamudra, então é o grande orgasmo.

Abraços a todos e sucesso a quem desejar participar do evento.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Zelia Duncan canta o Diabo... ou: O Arcano XV é de Carne e Osso.


A alegria do pecado às vezes toma conta de mim
E é tão bom não ser divina
Me cobrir de humanidade me fascina
E me aproxima do céu
E eu gosto de estar na terra cada vez mais
Minha boca se abre e espera
O direito ainda que profano
Do mundo ser sempre mais humano
Perfeição demais me agita os instintos
Quem se diz muito perfeito
Na certa encontrou um jeito insosso
Pra não ser de carne e osso, 
Pra não ser carne e osso...

À(s) Estrela(s), por Katie Melua


Partilho com vocês uma das minhas melhores descobertas. Katie Melua.
Obrigado, Estrelas.



Ketevan "Katie" Melua (16 de Setembro de 1984) é uma cantora e compositora de nacionalidade britânico-georgiana. Nascida em Kutaisi (Geórgia), mas com oito anos partiu para a Irlanda do Norte e desde os catorze vive na Inglaterra. Em Novembro de 2003 (com dezenove anos) gravou o seu primeiro álbum intitulado Call Off the Search que atingiu um milhão de cópias vendidas em cinco semanas. Tornou-se cidadã britânica em 10 de Agosto de 2005.

Some call it faith, some call it love. 

Some call it guidance from above. 
You are the reason we found ours, 
So thank you stars. 

Some people think it's far away, 
Some know it's with them everyday. 
You are the reason we found ours, 
So thank you stars.

There are no winds that can blow it away on the air, 

When they try to blow it away 's when you know it will always be there.


To some it's the strength to be apart, 

To some it's a feeling in the heart. 
And when you're out there on your own, it's the way back home.

There are no winds that can blow it away on the air, 

When they try to blow it away 's when you know it will always be there.

Some call it faith, some call it love. 

Some call it guidance from above. 
You are the reason we found ours, 
So thank you stars. 
Thank you stars, 
Thank you stars, 
Thank you stars.



Blogagem Coletiva: Quem é o Rei da sua casa ou: Que Rei sou eu?


Nós somos mesmo as Rainhas do Lar. Algumas em treinamento, outras bem estabelecidas, algumas mais ali, outras bem certas de como levam as suas casas. Tarólogas. Mulheres. Mas... cercadas de homens!! Reis foram muitos pela História. O Terrível, O Invencível, O Grande. O convite agora é para pensarmos: qual percepção que temos dos homens que regem a casa conosco? Conhecer quem divide o reino com a gente acaba por aproximar um universo inteiro de nós, afinal de contas: meninos são meninos. Maridos, pais, irmãos, namorados, filhos (sim, por que não?). Quem é o Rei da sua casa?

Olá pessoal. Recebi um convite deliciosamente desafiador da Luciana Onofre e da Pietra de Chiaro Luna: participar da blogagem coletiva que encabeça essa nossa Conversa. Uma pena não ter participado da blogagem coletiva anterior. De qualquer forma, vale o esforço para que eu produza algo a respeito das Rainhas!







Recapitulando o blog, percebi que já havia escrito sobre o aspecto paternal dos Reis antes, assim como sobre os Cavaleiros. Contudo, algumas informações aqui veiculadas vão de encontro as palavras ditas antes. 



Os Reis são cartas que possuem interpretações diversas. Na verdade, do que conheço da bibliografia sobre o Tarot, as únicas cartas que não sofreram grandes alterações interpretativas foram as Rainhas: permanecem estáveis em seus Tronos, assentadas em Briah, sendo, paradoxalmente, o Trono do Rei Menino, do Senhor da Promessa. Se elemento é a Água, sólida em sua própria impermanência, mostrando que são cartas confiáveis, mas fluidas e adaptáveis dentro de sua área de influência. 
Os Reis, por outro lado, possuem interpretações mais amplas. Há quem os relacione ao Fogo e à Iod, à primeira flama e ao poder criativo, a Chokmah e a Atziluth. Há quem os relacione ao Ar e a Vau, ao pensamento e à manifestação de idéias, a Tiphareth e a Yetzirah, trocando-os de lugar com os Cavaleiros. No Thoth Tarot, de Aleister Crowley, os Reis são suprimidos e seus aspectos são relacionados aos Príncipes, que também estão assentados, em carruagens ao invés de tronos. 


(Tarot Hermetic: percebam que, no topo da carta, está seu nome - Rei de Paus - e na parte de baixo seu título - Príncipe da Carruagem de Fogo). 

Conforme o Tarot Mitológico, trataremos os Reis, nessa postagem, como a dimensão dinâmica, iniciadora e organizadora de cada naipe.
Um preâmbulo: De maneira sincrônica, o Palavras de Osho publicou hoje o seguinte texto:

A Chave Mestra

É só por meio da meditação que você se torna um rei, que você se torna um mestre, senhor de si. Mas essa é a única maestria, não há outra no mundo.
Se você não é mestre de si, pode possuir o mundo inteiro, mas é um escravo, não um rei.
Acorde de seus sonhos e faça todo o esforço possível para se aprofundar na meditação, na percepção, no testemunho. Torne-se cada vez mais consciente, e você será rei.
É necessário ter um esforço persistente, perseverança e paciência. A vitória com certeza acontecerá, mas somente quando você estiver realmente pronto. Essa prontidão vem com intenso esforço.
Faça todo esforço para ser meditativo — essa é a chave, a chave mestra para as portas do reino de Deus.


Depois de muito pensar (e pesquisar) a respeito, percebi que, 

à sua forma/naipe, cada um dos Reis é um Criador/Iniciador, sendo portanto fontes de Fogo, ainda que eu os coloque, atualmente, sob a influência direta do Ar (e, por conseguinte, os Cavaleiros ao Fogo, ao contrário do que havia dito na postagem anterior). Suas criações apresentam a estrutura própria das nuvens - são efêmeras, mas de aparência sólida, em contraponto ao espetáculo e volatilidade das ações do Cavaleiros.E, pesquisando no meu Grimoire um pouquinho mais, sobretudo no que se refere ao Baralho Francês, de 32 cartas, relembrei que cada Carta da Corte foi relacionada a um personagem histórico. 

Rei de Paus






No baralho comum, o Rei de Paus é o único que possui o globo imperial.  É tradicionalmente relacionado ao Fogo, à Força Criadora da Primavera e ao signo de Áries. Mas seu comportamento pode lembrar, em muito, o signo de Leão.

O Tarô Mitológico o associa ao mito de Teseu.
Corresponde às Nuvens do Petit Lenormand.




Rei de Copas 




Carlos Magno, Sacro Império Romano do Ocidente

Nas cartas comuns de jogar (baralho inglês), é o único Rei sem bigode. Além disso, assim como o Rei de Ouros, sua arma está atrás de sua cabeça; são os chamados "Reis suicidas". É o único Rei com as duas mãos visíveis. Influência aguda de Câncer e Peixes.
Um rei que, por seu comportamento diletante, poderia ser relacionado a essa carta (dado o naipe ser Copas), seria Luis XIV. O Tarô Mitológico o associa ao mito de Orfeu.
Corresponde à Casa do Petit Lenormand.
E que o Rei dance!





Rei de Espadas




No baralho comum, é o único que possui em sua iconografia a correspondência direta entre sua arma e se nome, para a qual dirige seu olhar (os demais Reis não olham para suas armas).
Paradoxalmente, o evento mais importante da vida do Rei David, o evento que o imortalizou, foi relacionado a uma funda, não a uma espada (ele tomou "emprestada" a espada de Golias para matá-lo). Influência de Libra e Gêmeos. O Tarô Mitológico o relaciona ao mito de Ulisses. Corresponde aos Lírios do Petit Lenormand.




Rei de Ouros




Júlio Cesar, de Roma

No baralho inglês, que são nossas cartas comuns de jogar, é o único Rei a possuir um machado - todos os demais possuem espadas. Além disso, assim como os Valetes de Espadas e Copas, está de perfil, sendo chamado por isso "caolho". Sua mão indica um acordo, ou bênção.
Influência da Capricórnio e Touro. O Tarô Mitológico o associa ao mito de Midas. Corresponde aos Peixes do Petit Lenormand.








Conversando com Amanda Izidoro (@AmanditaTC), grande amiga, jornalista (por profissão) e runóloga (por obrigação), pedi que ela me dissesse o que sentia sobre os Reis, ao que ela respondeu:
"Rei de Paus... alguma coisa meio indígena, mas não brasileiro; talvez apache. Firme, com raízes bem definidas, orgulhoso de sua origem, mas ao mesmo tempo, rígido, nada maleável. O Rei de Copas pra mim é o puro rei viking: força, coragem e emoção a flor da pele. Ele age de acordo com seu coração, tanto na fúria contra os inimigos, quanto no amor e no cuidado com os seus. Já o Rei de Espadas me lembra um pouco um rei europeu, mas do sul da Europa, forte em seus exércitos, na liderança, mas frágil e ponderado... talvez um pouco inseguro, escondido atrás das armas para se proteger.
(…)eu vejo o Rei de Ouros como um desses reis de tribo africana, não sei por que, mas enxergo ele sentado num trono rústico, adornado com algumas pedras, penas e peles...  sério, confiante em si e na sua capacidade de gerir as dificuldade e dividir as riquezas, comandar a tribo."

Tais considerações vão de encontro à busca por uma etnia para as Cartas da Corte. Ainda que a Amanda, como a conheço, não saiba muito de Tarot, seu potencial inconsciente foi lá na literatura do Dr. Gerard Encausse buscar referências para a aplicação de tais significados aos naipes.


E eu?
Que Rei sou eu?
Estou tão acostumado a me ver Cavaleiro que realmente fui pego de surpresa me imaginando Rei. Penso que me aproximaria da definição do Rei de Copas, mas sua ambivalência me incomoda um pouco. É ator de uma trama para a qual não foi desenvolvido um roteiro prévio. (ainda que tenha balançado um pouco quando li esse texto da Titi Vidal). Por outro lado, o Rei de Espadas me fascina. Mesmo. Representa homens de estratégia, para quem a pena é mais poderosa que a espada, ou uma caneta mais poderosa que um revólver. Ainda que paguem um preço alto por isso, ao terem sua vida emocional subdesenvolvida pelo esforço em traçarem planos e perspectivas.
Se continuarmos caminhando na literatura, realmente não me encontraria num Rei de Ouros, ainda que eu o admire; também não me vejo Rei de Paus... E, depois de ler esse texto do Leonardo Chioda, acabou; sou Rei de Espadas mesmo.


É, fico com o Rei de Espadas. O potencial de Ulisses/Odisseu que, fiel aos seus ideais, vagou 20 anos ao mar, sem perder a clareza da mente. São Paulo (Tarot dos Santos - Robert M Place), que com o mesmo furor matou e salvou cristãos, e cuja pena o alçou ao status de santo; Oxalá (Tarô dos Orixás, Eneida Duarte Gaspar), perspicaz e senhor de todos os Orixás; e tantos outros arquétipos.

Conforme o Clube do Tarô:



Significados gerais
Sucesso, homem em sua inclinação para as atividades intelectuais, mentais, quando acompanhadas pela reflexão.
Mental: Julgamento equilibrado e profundo. Brilho em todos os domínios. Capacidade de esclarecer e encontrar soluções.
Anímico: Proteção e conforto.
Físico: desperta o que estava adormecido. 
Saúde incerta, com risco de desagregações vindas do passado.
(–) cólera, grosserias, prazeres baixos.


Interpretações usuais na Cartomancia
Funcionário hostil ao consulente. (-) Processo perdido.
Homem moreno mal-intencionado.
Falso amigo. Pai ruim. Marido brutal e avarento. Para um homem: rival. Para uma mulher: amante.
Homem de beca, acadêmico ou professor. (-) dificuldades.
O rival. Pessoa perigosa. (-) briga com um amigo.
Homem togado, juiz, conselheiro, advogado, médico. (-) desarranjos de negócios, homem togado, com o qual o consulente terá de tratar. Fortuna na carreira das armas ou na magistratura, inimigos poderosos entre militares. 

Ah, a Titi Vidal escreveu textos interessantíssimos sobre os Reis e as Rainhas. Conforme seu texto, o Rei de Espadas seria




"(...)o mais racional de todos. É um homem intelectual, que dá muita importância ao conhecimento. São homens bastante preocupados e que estão sempre pensando em seus projetos. São muito pragmáticos e por isso costumam se distanciar ao máximo de suas emoções. Por isso, lidar com os sentimentos não é nada fácil para este homem. Costumam ser machistas e nas relações afetivas são muito práticos. Isso pode passar frieza e justamente por isso são ótimos parceiros para negócios, mas nem sempre o melhor companheiro quando o assunto é amor. Assim, ao escolher uma parceira, pode preferir uma mulher intelectual e independente que não exija tanto sua atenção. Mas também pode ser possessivo, para não perder o controle da relação. Este rei precisa aprender a lidar melhor com suas emoções e se entregar mais ao amor, aprendendo a ser mais compreensivo e afetuoso com as pessoas que estão em sua vida." 


Abraços a todos.

domingo, 3 de outubro de 2010

Alejandro Jodorowsky e o Tarot - Vídeo

Olá pessoal. O Leo Chioda, do Café Tarot, compartilhou em seu Facebook o seguinte vídeo, oriundo do blog de Giane Portal. Vale a pena, indubitavelmente. Não conheço muito sobre o Alejandro Jodorowsky (site oficial aqui), mas fiquei assaz interessado depois desse vídeo.
Abraços a todos. 
E até o próximo post.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Em algum lugar, além do arco-íris.

Olá pessoal. Essa tem sido minha música tema há alguns dias. Última música da primeira temporada de Glee, fico pensando no que ela é capaz de fazer por alguém que busca um pouco mais... além.




Segue aqui a versão do Jason Castro, que acho muito boa também, aqui a cifra para quem quiser acompanhar ao violão, e aqui a partitura para quem quiser acompanhar a melodia ao piano:
Com a palavra, o Petit Lenormand... * 







Somewhere over the rainbow



Way up high,



There's a land that I dreamed of













Once in a lullaby.






Somewhere over the rainbow



Skies are blue,



And the dreams that you dare to dream



Really do come true.





Someday I'll wish upon a star



And wake up where the clouds are far
Behind me.



Where troubles melt like lemon drops
High above the chimney tops
That's where you'll find me.



Somewhere over the rainbow



Bluebirds fly.



Birds fly over the rainbow.



Why then, oh why can't I?



Abraços a todos. E que, realmente, nossos problemas derretam como balas de limão...

* A interpretação da carta 07 como o Arco-Íris, relacionando sua iconografia original - a Serpente - ao Orixá Oxumaré, é deveras recente frente à temporalidade do oráculo. Contudo, me permiti uma licença poética para interpretar essas linhas.