Olá pessoal. Estamos, nesse momento, tristes por vermos a nossa Seleção ir para a disputa do terceiro lugar, depois de um jogo inacreditável. Sete a um. SETE.
Eu ainda estou emocionado, me recuso a acreditar.
Mas, por outro lado, esse é um dos momentos nos quais mais questiono a minha parcialidade na leitura das cartas, quando estou emocionado. É quase consenso que não devemos consultar o baralho numa situação dessas. Mas eu desafiei essa regra. E fui surpreendido por um Dez de Espadas que apareceu duas vezes. Na segunda, pulando do baralho e cobrindo uma carta. Dê uma olhada, aqui.
Depois dessa, percebo não só que tenho muito a aprender ainda, mas que as cartas possuem uma lógica que suplanta a emoção de quem lê. Talvez, vendo as mesmas cartas em outro contexto, em outra possibilidade, onde eu não estivesse tão exposto e tão envolvido no processo, se eu teria visto outra coisa, aquilo que aconteceu.
As cartas suplantam quaisquer perspectivas e expectativas de quem lê.
Não vou deixar de ler cartas por isso, evidentemente, nem vou me negar a novos desafios. Dar a cara a tapa é para quem tem coragem e confia no que faz.
Mas não esperava uma sapatada dessas, rs.
Bora estudar mais.
Abraços a todos.
...E foi assim que eu escrevi, há uma semana, imediatamente após, incrédulo, assistir a derrota do Brasil para a Alemanha. Uma derrota que durou vinte minutos, e outros setenta e poucos de acompanhamento da vergonha. Uma vergonha inacreditável. Mais por ser inacreditável, que por ser vergonha, eu fiquei totalmente perplexo. [ E escrevi o maior título da história do Conversas Cartomânticas até agora. rs.]
Pois bem. Fiquei arrasado, ao olhar para o meu baralho e ver que não havia enxergado algo dessa natureza. São cerca de vinte anos lidando com isso, poxa. Não acreditei numa discrepância tão inversamente proporcional ao que o baralho apresentava. E não, não é só uma questão de ver diferente, eu tenho consciência de que qualquer pessoa que conheça o baralho não apostaria num Nove de Paus mais que em uma Temperança. Alguma coisa estava errada, e eu precisava descobrir o quê.
Como, ainda que seja um norte, um estilo de vida, uma proposta de jornada, eu não tomo o Tarô como uma proposta religiosa, ainda que, por uma perspectiva psicológica, ele esteja no campo daquilo que é considerado sobrenatural (para além do cotidiano) e espiritual (no sentido em que, lidando com questões que estão no campo do maravilhoso, não entendemos, mas verificamos sua aplicabilidade na vida prática), eu acredito que poderia chamar minha forma de levar o oráculo de científica. No sentido em que eu atesto aplicabilidades já efetivadas pela tradição e literatura, mas me proponho novos testes, novas perspectivas, novas abordagens, não estou numa posição confortável. Estou numa posição de risco.
E esse risco que corri, e os resultados que obtive, claro, me deixaram arrasado.
Não fazia nenhum sentido. Um Dez de Espadas cancelar a influência d'A Estrela encerrando uma leitura de três cartas? Uma carta numerada superar um Arcano Maior? Não, não fazia sentido. Eu devia ter incorrido no erro de Leônidas.
Li tudo o que pude sobre as possíveis abordagens, para identificar os erros de interpretação. Não encontrando respostas, parti para uma auto-análise. Eu estava cansado no dia? Sim, estava com poucas horas de sono. Estava ansioso? Evidente. Estava envolvido? Claro, como todo brasileiro. Para o bem ou para o mal, com uma perspectiva positiva ou não, todos nós estávamos de observadores desse evento.
Certo. Não satisfeito, mas com um primeiro ponto de partida, já tinha a questão mais ou menos definida dentro de mim. Mas faltavam ainda alguns pontos a serem revistos. Eu não havia visto o vídeo e nem lido o que escrevi antes.
Daí encontrei outra questão que, sobremaneira, me norteia sempre. A pergunta.
O que faz uma resposta ser clara é a pergunta que é feita. E eu não perguntei se o Brasil iria ganhar. Eu perguntei quais eram as chances de cada time na semifinal. E, como o baralho é interpretado, mas não interpreta, ele me respondeu exatamente o que eu havia questionado. Exatamente como outras ciências haviam previsto. E, curiosamente, a minha mesa havia aberto com o Arcano XXI, como a dessa cartomante que previu algo bem parecido lá no RN. Acesse aqui.
A pergunta. Sempre ela. O ponto de partida para a busca de qualquer oráculo. O Gerson H. Fachiano acaba de traduzir (makhtub!) um texto que fala exatamente sobre o que eu queria apontar nesse tópico. Acesse aqui.
Revendo a entrevista, depois de todos esses dias, acabei percebendo justamente isso. Para as perguntas que fiz, as respostas estavam corretas. Para o que, de fato, era o interesse da matéria, talvez não. Eu poderia ter sido mais específico na pergunta, porque o baralho respondeu como de costume. Eu poderia ter trocado o "eu acredito" pelo "eu duvido". Mas não é questão de procurar culpa, já que essa já está virulenta contra a Seleção e seus membros. É questão de achar motivações.
Saio mais rico depois dessa. Não só de experiência, como de habilidade para perguntar direito. Como as imagens dessa postagem - todas Sete de Ouros: cada um aponta uma resposta diferente, dá uma pincelada diferente, e vai sair na mão de quem souber perguntar direito para o oráculo o que quer saber.
As cartas dizem o que você quer ver.
Abraços a todos.
P.S.: Agradeço todas as manifestações de carinho que recebi aqui e no Facebook. Espero que essa experiência sirva como estudo de caso para que levemos nossa arte a patamares mais elevados, seguros... mas não menos desafiadores. Porque, em minha opinião. o profissional que não se responsabiliza pelo que diz e faz, e não trabalha pela elevação de sua arte, está cometendo algum equívoco. E daí, não adianta entrar em uma comunidade do Facebook e pedir... pitacos.
...E foi assim que eu escrevi, há uma semana, imediatamente após, incrédulo, assistir a derrota do Brasil para a Alemanha. Uma derrota que durou vinte minutos, e outros setenta e poucos de acompanhamento da vergonha. Uma vergonha inacreditável. Mais por ser inacreditável, que por ser vergonha, eu fiquei totalmente perplexo. [ E escrevi o maior título da história do Conversas Cartomânticas até agora. rs.]
Pois bem. Fiquei arrasado, ao olhar para o meu baralho e ver que não havia enxergado algo dessa natureza. São cerca de vinte anos lidando com isso, poxa. Não acreditei numa discrepância tão inversamente proporcional ao que o baralho apresentava. E não, não é só uma questão de ver diferente, eu tenho consciência de que qualquer pessoa que conheça o baralho não apostaria num Nove de Paus mais que em uma Temperança. Alguma coisa estava errada, e eu precisava descobrir o quê.
Como, ainda que seja um norte, um estilo de vida, uma proposta de jornada, eu não tomo o Tarô como uma proposta religiosa, ainda que, por uma perspectiva psicológica, ele esteja no campo daquilo que é considerado sobrenatural (para além do cotidiano) e espiritual (no sentido em que, lidando com questões que estão no campo do maravilhoso, não entendemos, mas verificamos sua aplicabilidade na vida prática), eu acredito que poderia chamar minha forma de levar o oráculo de científica. No sentido em que eu atesto aplicabilidades já efetivadas pela tradição e literatura, mas me proponho novos testes, novas perspectivas, novas abordagens, não estou numa posição confortável. Estou numa posição de risco.
E esse risco que corri, e os resultados que obtive, claro, me deixaram arrasado.
Não fazia nenhum sentido. Um Dez de Espadas cancelar a influência d'A Estrela encerrando uma leitura de três cartas? Uma carta numerada superar um Arcano Maior? Não, não fazia sentido. Eu devia ter incorrido no erro de Leônidas.
Por ocasião da segunda invasão dos persas à Grécia, o general Leônidas, rei de Esparta, foi até o Oráculo de Delfos perguntar sobre a possibilidade do exército espartano, de apenas 300 homens, enfrentar sozinho cinco mil persas no desfiladeiro das Termópilas.A pitonisa psicografou o seguinte: “Vais. Vencerás. Não morrerás lá”. E o general Leônidas, então, foi para a guerra e morreu junto com seus 300 espartanos.Seu filho, que também se chamava Leônidas, foi a Delfos cobrar a sentença do oráculo. Quando mostrou o papel psicografado, a pitonisa do templo leu: “Vais. Vencerás? Não. Morrerás lá”. [Fonte]
Li tudo o que pude sobre as possíveis abordagens, para identificar os erros de interpretação. Não encontrando respostas, parti para uma auto-análise. Eu estava cansado no dia? Sim, estava com poucas horas de sono. Estava ansioso? Evidente. Estava envolvido? Claro, como todo brasileiro. Para o bem ou para o mal, com uma perspectiva positiva ou não, todos nós estávamos de observadores desse evento.
Certo. Não satisfeito, mas com um primeiro ponto de partida, já tinha a questão mais ou menos definida dentro de mim. Mas faltavam ainda alguns pontos a serem revistos. Eu não havia visto o vídeo e nem lido o que escrevi antes.
Daí encontrei outra questão que, sobremaneira, me norteia sempre. A pergunta.
O que faz uma resposta ser clara é a pergunta que é feita. E eu não perguntei se o Brasil iria ganhar. Eu perguntei quais eram as chances de cada time na semifinal. E, como o baralho é interpretado, mas não interpreta, ele me respondeu exatamente o que eu havia questionado. Exatamente como outras ciências haviam previsto. E, curiosamente, a minha mesa havia aberto com o Arcano XXI, como a dessa cartomante que previu algo bem parecido lá no RN. Acesse aqui.
A pergunta. Sempre ela. O ponto de partida para a busca de qualquer oráculo. O Gerson H. Fachiano acaba de traduzir (makhtub!) um texto que fala exatamente sobre o que eu queria apontar nesse tópico. Acesse aqui.
Revendo a entrevista, depois de todos esses dias, acabei percebendo justamente isso. Para as perguntas que fiz, as respostas estavam corretas. Para o que, de fato, era o interesse da matéria, talvez não. Eu poderia ter sido mais específico na pergunta, porque o baralho respondeu como de costume. Eu poderia ter trocado o "eu acredito" pelo "eu duvido". Mas não é questão de procurar culpa, já que essa já está virulenta contra a Seleção e seus membros. É questão de achar motivações.
Saio mais rico depois dessa. Não só de experiência, como de habilidade para perguntar direito. Como as imagens dessa postagem - todas Sete de Ouros: cada um aponta uma resposta diferente, dá uma pincelada diferente, e vai sair na mão de quem souber perguntar direito para o oráculo o que quer saber.
As cartas dizem o que você quer ver.
Abraços a todos.
P.S.: Agradeço todas as manifestações de carinho que recebi aqui e no Facebook. Espero que essa experiência sirva como estudo de caso para que levemos nossa arte a patamares mais elevados, seguros... mas não menos desafiadores. Porque, em minha opinião. o profissional que não se responsabiliza pelo que diz e faz, e não trabalha pela elevação de sua arte, está cometendo algum equívoco. E daí, não adianta entrar em uma comunidade do Facebook e pedir... pitacos.
Oi Emanuel.
ResponderExcluirAssistindo agora o vídeo. Não tinha visto.
Você conhece a palavra Movimento, foi isso. Tudo caminhava para um jogo bom para o Nosso Brasil. De repente, ninguém acreditava. As nuvens foram sopradas (movimentadas) para outro lado. Desestabilizou tudo.
Sem sombra de dúvida devemos continuar a estudar e praticar.
E você deve continuar a ler As Cartas e enfrentar e vencer todos os seus desafios. É assim, herói.
Se quiser, tem meu apoio.
Continuamos na nossa caminhada.
Forte abraço!
E se a carta falasse de um povo e não apenas de um time...
ResponderExcluirEscrevi esse texto faz algum tempo... a tiragem me fez lembrar dele. É seu também.
Muito antes do meu tempo o outono se abateu sobre minha árvore genealógica. As folhas dos galhos mais altos caíram e misturaram-se as dos galhos imediatamente inferiores. Sementes de frutas tenras chegaram ao solo fazendo brotar próximo à raiz antiga, novas plantas, que depois de crescidas entrelaçaram seus galhos verdes em outros já desgastados e sem seiva, e pouco a pouco, foram tornando-se uma só árvore da raiz à copa. Isso foi muito antes do tempo que eu viesse ao mundo, nessa Terra Brasilis tão cheia de vida, tão cheia de sol onde todos os povos são um só povo, sob a mesma lua.
Namastê!
Manu, Estou na mesma situação que vc. Tb. não vou largar o osso. Abs. Luna Solis
ResponderExcluirConcordo com tudo, e creio que um dos temas mais complexos incluam os eventos esportivos de coletividade, afinal, cada jogador tem uma energia que vai se somar, e o que vai resultar na prática e bem dificil de compreender as vezes. Se analisarmos os dois que não estavam na final, ja vemos o quanto cada um pode pesar energeticamente. Vamos em frente com certeza.Abs!
ResponderExcluirÉ isso, perfeito texto, perfeita reflexão, Emanuel. As cartas nunca mentem.. As vezes nós é que, por uma razão ou outra, não as olhamos bem. E na maioria das vezes em que isso acontece (comigo) de fato a "coisa" toda estava na pergunta. Vamos crescendo e aprendendo!!! bjs, sucesso sempre ;)
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