Olá pessoal. Acabo de retornar do Rio, onde tive a grata oportunidade de reencontrar queridos e pensar junto questões pertinentes à teoria e prática do Petit Lenormand. Uma das vantagens de participar de eventos como esse é justamente questionar como anda a prática até o momento, e desenvolver novos olhares a partir da experiência dos meus colegas. Como num piquenique, cada um trouxe um acepipe que deglutimos à profusão. Nesse caso, gula é uma virtude!
Equipe reunida
Ismenia falou-nos sobre a prosperidade. E uma das coisas que mais me marcou em sua fala foi sobre a relação entre Lakshimi [Senhora da Prosperidade] e Sarasvati [Senhora da Sabedoria]: se louvamos uma demais, sem dar atenção à outra, a Deusa preterida fica enciumada e temos problemas com sua área de atuação. Busquemos a sabedoria, não descuidemos de nossa prosperidade. Genial pensar no caráter holístico dessa colocação. Inevitável verificarmos a distância, na Mesa Real, entre um aspecto e outro, a partir dessa análise.
Chris Wolf falou-nos sobre as dádivas da carta 09 e todo o processo socio-histórico ligado ao uso e costume do Ramalhete. Sendo quem é - uma aromaterapeuta sem igual, cujo trabalho não só é recomendado, como referencial [conheça o Alma da Terra. É pura magia. Nada do que eu possa dizer é superior à experiência de utilizar um desses produtos feitos com tamanho acuro na escolha dos aromas e combinação de elementos], saímos mais perfumados de sua fala. E ficou uma questão subjetiva nessa palestra: como nos relacionamos com os elementos do baralho que sobreviveram à mudança dos usos e costumes?
Dalila falou-nos da Casa, a partir da sua experiência como arquiteta e o quanto sua profissão lhe levou a questionar os âmbitos dessa carta. Há limites naquilo que amamos - estamos tão imersos que não vemos horizontes com facilidade. E desta palestra, ficou-nos o questionamento: como podemos, a partir da nossa experiência, ampliar ou restringir o caminho de uma carta nas combinações possíveis? Como podemos, a partir das palavras-chave, aprofundarmo-nos no universo singular de cada uma dessas lâminas, sem perdermo-nos em suas possibilidades, deixando, assim, o oráculo no limiar da ineficácia?
Adriana falou-nos da comunicação, da vivência da carta 27. E, no processo vivencial que se seguiu - recebemos uma carta do baralho de Dona Maria Mulambo, canalizado por Sonia Boechat Salema, e deveríamos escrever uma carta para nós mesmos sobre o assunto ali descrito - eu recebi, justamente, a Carta. Curioso, não? Um universo se descortina para nós, meus queridos leitores. Me aguardem, sem medo. :)
Julia falou-nos sobre o Rato, e, particularmente, saio das palestras da Julia com um nó no cérebro. Um nó bom, que vou desfazendo com prazer enquanto entendo meandros não visitados das cartas encardidas do baralho. Ela tem a singular habilidade de, a partir de conexões claras entre os significados clássicos e a psicologia, deixar-nos com uma visão completamente diferenciada das cartas tidas como ruins. Elas não perdem seu peso, mas recuperam sua função. Deixam de ser indesejadas sine qua non e passam a ser entendidas, ainda que permaneçam indesejadas [eu, hein!].
Tato... Ah, Tato. Tato é um querido que expôs para nós parte da sua jornada pelos caminhos da espiritualidade. Foi um dos momentos mais tocantes do evento, quando participamos da vivência proposta por ele. Lágrimas e mais lágrimas, de gratidão e experiência.
Chega então a palestra de Katja Bastos. Encontrar o casal Bastos é sempre uma honra e um reconhecimento para mim. Tive a oportunidade de conversar um bocado com ambos, e muita coisa fez sentido. É maravilhoso quando nos reconhecemos nos outros. E nesse caso, que reconhecimento mais honrado e mais maravilhoso. Estar com a Katja é estar em casa.
Um dos pontos altos de sua fala foi o fato de que ela considera o oráculo um resgate. Aconselhar, oferecer luz e esclarecimento para as situações que o consulente traz, é curar partes de nós que buscaram esse mesmo alento, é perdoar a si mesmo pelas vezes em que deixou-se esvair a oportunidade de ser uma pessoa melhor.
Ao fim de sua palestra, à exemplo de Adriana, Katja ofereceu-nos uma carta e interpretou, uma a uma [confira no vídeo acima]. A mim coube a Montanha. Kaô, Kabecilê.
Nem preciso dizer o quanto que sua fala me tocou.
Eu sou suspeitaço para falar do Alexsander. Rasgo seda de cima abaixo. Nesse caso, algodão :) Um aprofundamento numa das cartas mais belas e desejadas do baralho, com toda uma visão histórica, iconográfica e hagiográfica, desmistificando possíveis significados agregados pelo tempo, não pela imagem. Novas palavras-chave se delineiam, a partir de uma leitura acurada: se o Ramalhete é uma dádiva, o Lírio é um milagre.
Victor trouxe-nos uma visão muito precisa e direcionada do processo de obsessão e dos contatos e conexões entre este e o outro mundo, demonstrando acuro, comprometimento e conhecimento do tema. Te cuida, Constantine! :)
Falar de Sonia Boechat, para mim, é falar de parte do meu coração que bate em outro peito. Até mesmo nossos temas, esse ano, mantiveram um diálogo tão integrado que praticamente falamos as mesmas coisas, em aspectos micro e macro. Afinal de contas, uma Mesa Real é nada mais nada menos que 12 combinações de 3 cartas, sem se repetir :) . É sempre um deleite ouvir essa Cigana de presença marcante. Qualquer tempo com ela é tempo que vale a pena. É dar sentido à jornada.
Um dos pontos altos da sua palestra foi a questão da carta oculta. À exemplo dos pitacos que vemos em diversos grupos no Facebook, vemos, sobretudo quando a interpretação da combinação de cartas à frente não agrada o leitor. Lembra quando éramos crianças e, não contentes com o resultado de um certame, pedíamos a neguinha? Pois bem, agora o tal pedido é pela tal da carta oculta. Tenha paciência, dó ou o que quer que seja. Um jogo funciona pelo limite oferecido pelo método, diluir esse limite para aproximar-se de algo palatável não faz o prognóstico melhor.
De mãos dadas com a Sonia, atento aos limites da interpretação, falei sobre a Mesa Real, a leitura das colunas e das linhas. De forma vivencial, abri uma Mesa no chão [à maneira do ano passado, quando falei dos naipes. Estou ficando especialista nisso! Vamos pro chão, minha gente! :) ] e fomos, participantes e eu, delineando que conselhos seriam possíveis a partir das relações entre Carta Diagnóstico e Carta Testemunha na Mesa Real. Foi extremamente gratificante perceber que o que eu vivencio ecoou no coração dos participantes. E isso me tocou a ponto de reconhecer que precisamos conversar mais sobre isso por aqui.
Luqiam fechou o evento deleitando-nos com uma leitura do Urso a partir de seus hábitos e comportamento, das suas relações com os homens e com o habitat. Um universo de perspectivas adveio daí. E irão dar pano para manga por aqui. :)
Percebam o quanto esse evento é amplo. Teoria, prática, vivência, experiência. Tudo junto, misturado e suavemente concedido no tom de voz de quem está numa Conversa Cartomântica. Com esse pessoal, eu estou em casa.
Gostaria de agradecer aqui à idealizadora do evento e mantenedora desta egrégora, Tânia Durão [Finalmente tivemos tempo de cuidarmo-nos, não foi? :)] Se não fosse seus esforços, sua capacidade de estar no 220 o tempo todo, não teríamos essa sensação tão forte de pertencimento e gratidão. E, a cada evento, mensuro como estou e me preparo para oferecer mais no ano seguinte. Me aguardem!
Quero agradecer também a todos os participantes. Todos aqueles que confiaram na proposta e estiveram conosco nessa jornada. A cada evento, vamos mais longe, mais fundo, mais para dentro do oráculo, da teoria, da prática, da vivência. Aguardamos vocês no próximo, em junho!
E já temos webnário marcado! Dia 8 de novembro, teremos as informações pertinentes sobre a a agenda do Cartas Ciganas! Estamos juntos!
Abraços a todos. Até o próximo evento, a próxima viagem, o próximo estudo.
Chega então a palestra de Katja Bastos. Encontrar o casal Bastos é sempre uma honra e um reconhecimento para mim. Tive a oportunidade de conversar um bocado com ambos, e muita coisa fez sentido. É maravilhoso quando nos reconhecemos nos outros. E nesse caso, que reconhecimento mais honrado e mais maravilhoso. Estar com a Katja é estar em casa.
Um dos pontos altos de sua fala foi o fato de que ela considera o oráculo um resgate. Aconselhar, oferecer luz e esclarecimento para as situações que o consulente traz, é curar partes de nós que buscaram esse mesmo alento, é perdoar a si mesmo pelas vezes em que deixou-se esvair a oportunidade de ser uma pessoa melhor.
Ao fim de sua palestra, à exemplo de Adriana, Katja ofereceu-nos uma carta e interpretou, uma a uma [confira no vídeo acima]. A mim coube a Montanha. Kaô, Kabecilê.
Nem preciso dizer o quanto que sua fala me tocou.
Pensa rápido.
Falar de Sonia Boechat, para mim, é falar de parte do meu coração que bate em outro peito. Até mesmo nossos temas, esse ano, mantiveram um diálogo tão integrado que praticamente falamos as mesmas coisas, em aspectos micro e macro. Afinal de contas, uma Mesa Real é nada mais nada menos que 12 combinações de 3 cartas, sem se repetir :) . É sempre um deleite ouvir essa Cigana de presença marcante. Qualquer tempo com ela é tempo que vale a pena. É dar sentido à jornada.
Um dos pontos altos da sua palestra foi a questão da carta oculta. À exemplo dos pitacos que vemos em diversos grupos no Facebook, vemos, sobretudo quando a interpretação da combinação de cartas à frente não agrada o leitor. Lembra quando éramos crianças e, não contentes com o resultado de um certame, pedíamos a neguinha? Pois bem, agora o tal pedido é pela tal da carta oculta. Tenha paciência, dó ou o que quer que seja. Um jogo funciona pelo limite oferecido pelo método, diluir esse limite para aproximar-se de algo palatável não faz o prognóstico melhor.
Luqiam fechou o evento deleitando-nos com uma leitura do Urso a partir de seus hábitos e comportamento, das suas relações com os homens e com o habitat. Um universo de perspectivas adveio daí. E irão dar pano para manga por aqui. :)
Percebam o quanto esse evento é amplo. Teoria, prática, vivência, experiência. Tudo junto, misturado e suavemente concedido no tom de voz de quem está numa Conversa Cartomântica. Com esse pessoal, eu estou em casa.
Gostaria de agradecer aqui à idealizadora do evento e mantenedora desta egrégora, Tânia Durão [Finalmente tivemos tempo de cuidarmo-nos, não foi? :)] Se não fosse seus esforços, sua capacidade de estar no 220 o tempo todo, não teríamos essa sensação tão forte de pertencimento e gratidão. E, a cada evento, mensuro como estou e me preparo para oferecer mais no ano seguinte. Me aguardem!
Quero agradecer também a todos os participantes. Todos aqueles que confiaram na proposta e estiveram conosco nessa jornada. A cada evento, vamos mais longe, mais fundo, mais para dentro do oráculo, da teoria, da prática, da vivência. Aguardamos vocês no próximo, em junho!
E já temos webnário marcado! Dia 8 de novembro, teremos as informações pertinentes sobre a a agenda do Cartas Ciganas! Estamos juntos!
Abraços a todos. Até o próximo evento, a próxima viagem, o próximo estudo.
Emanuel,
ResponderExcluirFelicidade foi conhecer você e todos os demais palestrantes. Pessoas que eu acompanho por blog todos os ensinamentos que compartilham. São especiais.
Esta foi uma grande oportunidade de escutá-los. Aprender, de perto, seus conhecimentos e todo arte de lidar com este instrumento divino que são As Cartas.
Eu te disse: Gratidão. Para mim, resumiu um texto que queria lhe falar.
Tenha dias de muita paz e felicidades.
E o próximo será mais amor com as Cartas e com a Família Construída.
Mais um grande abraço.
Renata.
Querido amigo,
ResponderExcluirPost delícia de ler. Ler é reviver! Me lembrou a musica "encontros e despedidas"!
Que o mesmo trem da partida seja o que te traga de volta e entre a ida e a vinda você seja muito feliz e realizado. Amei sua palestra, sempre aprendo contigo! Que As Mães te abençoem! Já saudosa! bjus
Bom te rever,bom te ler, bom te ter como companheiro nessa jornada...um texto impecável, é isso, tudo dito e a vibração que continua no meu coração, a ansiedade e expectativa agora pelo próximo encontro de todos no ano que vem. Bjussssss.
ResponderExcluirÈ chegada a hora amigo querido!
ResponderExcluirVamos aproveitar que os ventos estão favoráveis e vamos traçar nossa rota!
Que os Ventos sejam justos e as marés abençoadas!