Pessoal, eu precisei de um tempo para conseguir escrever sobre o evento. Foi intenso demais para escrever correndo apenas um agradecimento. Eu acompanho a Confraria Brasileira de Tarot desde o seu surgimento, estive na I e na II edições. Sempre saí com milhares de ideias que concretizaram-se em textos e conversas várias aqui no blog. Dessa vez, contudo, participei ativamente, representando a Cartomancia na Tarologia.
A Cartomancia é uma disciplina como qualquer outra disciplina das artes da imaginação. Se, por um lado, ela abarca a Tarologia, dado que o Tarô é um baralho, por outro temos um termo amplo demais para as possíveis atribuições diferenciadoras entre uma e outra forma de abordar o objeto do estudo. E, pensando nisso e na literatura pertinente à cartomancia no Brasil, propus a reflexão sobre a obviedade das cartas, a despeito da complexidade da imagem e da limitação dos livros.
Confesso que não foi fácil. Parecia um tema espinhoso demais para ser tratado como uma conversa. Mas todo o meu receio caiu por terra quando observei os diálogos possíveis com a palestra do Constantino K Riemma. Ali começou a minha identificação de que eu não estava sozinho num pensamento que me permeia há tempos: a tentativa de homogeneização do símbolo só é possível dada a globalização do símbolo. Se por um lado, isso nos traz a possibilidade de aproximarmo-nos do Outro com certa segurança, por outro lado varre a idiossincrasia, o mágico, o singular e o local para baixo do tapete – e eles passam a ser “errados”, por não se enquadrarem naquilo que deveria ser o “certo”.
Poderíamos colocar a responsabilidade no inconsciente coletivo. Certo. Mas as ideias que permeiam o mesmo conceito podem ser representadas por símbolos diferentes. Como se perguntássemos a um Viking e a um Xamã o que eles acham do lobo. Mesmo animal, visões diferentes, funções diferentes.
Pois bem, tive a oportunidade de esclarecer esses pontos na minha cabeça. Constantino, muito obrigado.
Imagem captada pela Prem Mangla.
Quando a imagem suplanta a descrição.
Evidente que encontrei pessoas queridíssimas, algumas que não via há muito tempo, outras que qualquer tempo sempre é muito. E é sempre um aprendizado para mim. Uma lembrança. E um carinho. Do tamanho do sem tamanho.
Quatro Rainhas, dois naipes.
Clau e Drika, Paus.
Nancy e Prem, Copas.
Nadir, Priscilla, Emanuel e Prem.
Márcia, Katharina, Drika, Emanuel e Vanessa.
Katharina e eu aplicando um beijaço na Drika <3 font="">3>
Kelma e Drika
Eu quis, desde o primeiro momento, ir à palestra da Kelma Mazziero. Foi estupenda (não poderia ser diferente, à propósito). Ao concatenar o trabalho com o Tarô com o trabalho com Florais (em especial os de Bach) à luz da mandala astrológica, eu tive aquela sensação gostosa que a gente tem diante de um quadro pré-rafaelita: “puxa! Eu sei o que você quer dizer!”
Priscilla Lhacer (ao centro), referência em obtenção de baralhos.
Você escolhe, ela consegue.
E todos ficam felizes.
E adquiri um oráculo que tem sido uma porrada atrás da outra: Fiori di Bach, da Lo Scarabeo (na verdade, eu saí no meio da palestra, corri no estande da Priscilla Lhacer e voltei). Talvez, até que se familiarize com o sistema, seja a melhor forma, já que com baralhos eu estou em casa. Existe uma coisa na linguagem que transcende a forma como poderíamos julgar correta uma aproximação, e a essa coisa dá-se o nome de percepção.
Os librianos do Tarot.
Reencontrar a Pietra e o Edu é sempre mágico. É sempre feliz. Obrigado, pessoal, pelo carinho, mesmo. Esse ano, em especial, Sarah Helena e eu trocamos figurinhas importantes para o meu desenvolvimento pessoal. Obrigado, MESMO.
Claudia Mello deu um show de interconexão entre as cartas e as ervas. Eu tenho a oportunidade de conversar com a Clau com uma certa regularidade e, olha, sinceramente? Dê uma passadinha lá no Emporium VT. Você irá descortinar um mundo para sua própria realidade em portas aromáticas e herbáceas.
Pessoal, eu não vou falar muito sobre a minha palestra. Apenas agradeço aos participantes (Edy de Luca e Claudia Mello, obrigado, especialmente, a vocês). Como eu fiz um artigo antes de fazer a apresentação, deixei-o disponível para download, aqui. Aguardo seus comentários aqui nessa postagem. Concorda? Discorda? Não tem opinião formada? Deixe registrada sua impressão para mim!
Eu, Drika e o baralho.
Amor, né?
Ah, e uma novidade Lo Scarabeo: eu escrevi os comentários à edição brasileira do French Cartomancy, e ele está em pré-venda! Entrem em contato com a Priscilla Lhacer e garanta já o seu! Em breve, posto maiores informações a respeito. Aguardem!