SINOPSE: Aplaudido de pé pelos críticos e pelo público que se emociona e torce pela vitória do amor, Um Beijo Roubado é um dos filmes mais bonitos do ano. Dirigido com sensibilidade e muita criatividade por WONG KAR WAI, o badalado cineasta de "Amor à Flor da Pele" e "2046 - Segredos do Amor". A vida de Jeremy (Jude Law, de O Talentoso Ripley), dono de um charmoso café, muda radicalmente quando ele recebe a visita de Elizabeth (a cantora Norah Jones), uma jovem de coração partido com quem conversa noites adentro. Em busca de um novo rumo, Elizabeth (a cantora Norah Jones), uma jovem de coração partido com quem conversa noites adentro. Em busca de um novo rumo, Elizabeth parte em viagem através dos EUA, onde faz amizades com um policial (David Strathairn, indicado ao Oscar de Melhor Ator por Boa Noite Boa Sorte) que não consegue esquecer a ex-mulher (Rachel Weisz, ganhadora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por O Jardineiro Fiel) e uma sexy jogadora de cartas (Natalie Portman, a rainha Amidala de Star Wars), Jeremy, muito apaixonado, acompanha a jornada desesperadamente através de telefonemas e cartas. Com fantástica trilha sonora de Cat Power (que faz uma participação no filme), Norah Jones, Ry Cooder, Otis Redding, Cassandra Wilson, Gustavo Santaolla, entre outros.
Olá pessoal. Promessa é dívida e, depois de muito tempo e desejo, a @railamoccelin, lembrando-se de mim, conseguiu para mim o filme da Norah Jones... My Blueberry Nights.
Confesso que a ansiedade atrapalhou um pouco. Por isso, no meio do filme, parei, fui fazer outras coisas, pensar um pouco na vida... Qualquer coisa. Depois, mais calmo e menos crítico, pude sentir o prazer de assistir sem julgar, pelo usufruto do momento.
Embora eu achasse que a Norah Jones roubaria a cena o tempo todo (pelo menos para mim...), não foi isso que aconteceu. Seus (des)encontros são cômicos e apontam para uma pureza (eu ouvi Dawson's Creek?) que o "The Fall" fez com que caísse por terra (já vimos isso antes com a Britney Spears e com a Sandy...)
Sometimes we depend on other people as a mirror to define us and tell us who we are. And each reflection makes me like myself a little more.
O Jude Law, como Jeremy, me fez sorrir o tempo todo. Ter um café onde eu pudesse cozinhar e ouvir vidas...? Que bacana!
Mas não sei se me entregaria à espera por alguém de forma tão passiva...
Mas... Para mim, não há quem supere, nesse filme, a interpretação de Natalie Portman, que, de forma incisiva e cortante como um estilete, me remeteu a um dos meus maiores medos na minha arte: a charlatanice.
Ela lê as pessoas mais que as cartas. Tá certo que estamos falando de Poker e não de Cartomancia; mas quem poderia me dizer que em Cartomancia isso não seria possível?
Trust everyone but always cut the cards.
De qualquer forma, seu olhar incisivo como um punhal me remete à minha própria postura diante das cartas: eu raramente olho meus consulentes. Não é por vergonha ou qualquer coisa do gênero; eu fico tão absorto com as cartas que não olho muito pro comportamento do consulente, a menos que o sinta desconfortável com a consulta. Talvez uma forma de me resguardar de qualquer interpretação dúbia, talvez porque a mandala à minha frente é mais importante do que qualquer outra coisa, naquele momento.
Alguns diálogos são muito sugestivos. (Fique tranquil@; não chegam a ser spoilers.)
- Where are the keys? You don't keep them anymore?
- (I) Been trying to give them back to their owners.
- Do you want yours?
- No. I don't need them anymore. What about your keys?
- I got rid of them.
It wasn't so hard to cross that street after all. It all depends on who's waiting for you on the other side.
Bom saber que o Jude Law e Natalie Portman se recuperam em Closer... E me resta torcer que a Norah Jones se aventure novamente.