segunda-feira, 30 de maio de 2011

Como é difícil ser Cartomante! ou: da natureza da nossa profissão.


Olá pessoal. O Carlos Ruas acabou provocando uma cartarse em mim com essa tirinha. A gente se apaixona pelo que faz, porque a paixão não paga contas?
Eu não gostaria de "pagar contas" com Tarot. Eu amo essa Arte para pagar minhas contas com ela. Mas, por outro lado, esse pensamento é romântico e pueril, já que Tarologia é um trabalho sério, e como tal deve ser remunerado.
O que você pensa sobre a remuneração do trabalho cartomântico? 
Eu fico pensando quando é que teremos estudos sérios o suficiente para não nos remetermos mais ao Antigo Egito nem a seres de outros planos para legitimar um trabalho tão eficaz.
Como é difícil ser um cartomante....!
Abraços a todos

3 comentários:

  1. Olá. Estou perfeitamente de acordo consigo. Li tarot gratuitamente durante muito tempo, e então percebi que tarot é um pouco quando Reiki. Quando facilitamos, as pessoas não dão valor e então nada funciona. Além do mais o tarot não é somente um pouco de papel, tem uma energia e durante uma consulta é evidente que muitas energias se misturam e por vezes, esta caga energética pode influenciar o leitor negativamente, eu mesma senti isso. Como é difícil ser cartomante ou tarólogo, mesmo... Ainda hoje recebi no meu blog um comentário desagradado sobre uma leitura que prestei relativa às eleições... Enfim, temos que levar com tudo um pouco.
    Um beijo e obrigada pela partilha.

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  2. Ai, Emanuel, ultimamente tenho andado um pouco desanimada, sabe? Como não exerço minha profissão (pedagoga), resolvi usar todo meu tempo livre para estudos e prática profissional do tarô, mas tenho dificuldade em cobrar - digamos - um preço justo, sabe. Agora neste meu ano-novo resolvi colocar metas para não desanimar tanto: colocarei preço de mercado, porque se eu quero que as pessoas respeitem meu trabalho, não posso tratá-lo apenas como complemento de renda ou hobby.
    Grande abraço!:)

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  3. Sabe, Maria, eu não cheguei a ler gratuitamente não. Gosto da possibilidade de selecionar meu público, porque, afinal de contas, é meu tempo que está sendo investido. Senão, é abuso, em nome da Arte! Acho isso terrível. Como se fosse uma obrigação, há quem nos cobre um conselho e ainda tem a ousadia de querer isso em bares, restaurantes, na balada, ou seja, não respeitam nem nossos momentos de lazer! Eu parei de estudar Quiromancia, entre outros motivos, porque sempre tinha uma mão estendida para mim, não importa onde, querendo meia hora de consulta gratuita.
    Procurei o referido comentário no seu blog e não o encontrei...
    Gemini, eu não desanimei... Na verdade, me questionei a respeito, porque foi realmente dolorido me identificar com essa tirinha (até comentei isso com o Ruas). Olha, não se sinta culpada por cobrar um preço justo, pois, certamente, os clientes que procurarem teu auxílio saberão que estão escolhendo o melhor para eles. E, nessa área, existem públicos diferenciados. Por melhor que seja seu jogo, tem pessoas que precisam, ainda, daqueles cartomantes que somam a Arte com a Feitiçaria. Não questiono isso; você tem o serviço que deseja.
    Meu questionamento é, na verdade, acerca da nossa noção de importância das coisas. Ah, se eu fosse engenheiro...! Mas, sendo professor de história, cadê valor? E não dá para aceitar menos que o melhor quando se trata do meu amor pelas cartas. O chato é que eu não quero vestir uma túnica ou pôr um turbante para que consiga clientes. Não sou uma pantomima.
    Grande beijo!

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Quando um monólogo se torna diálogo...