segunda-feira, 25 de junho de 2012

The Game of Thrones Lenormand.


Olá pessoal. Essa é uma iniciativa de um fã convicto de Game of Thrones e praticante da adivinhação com Petit Lenormand. Espero que apreciem, participem, escolham suas cartas e conversemos sobre por aqui. Claro que essas são as minhas correlações, que não respeitam certas questões de enredo. 
Quais seriam as suas?
The Winter is coming!


01. Khal Drogo.

02. A moeda de Vallar Morghulis.

03. Theon Greyjoy.

04. O Reino (Fiquei muito tentado a colocar Winterfell. Mas vamos respeitar.)

05. Árvore-Coração.

06. Joffrey Baratheon.

07. Melisandre.

08. Os Outros.

09. Sor Loras Tyrell.

10. Sir Ilyn Payne.

11. Stannis Baratheon.

12. Varys.

13. Rickon Stark.

14. Petyr Baelish.


15. Jeor Mormont.

16. O Cometa Vermelho.

17. Daenerys Targaryen.

18. Sandor Clegane. 
Essa carta possui duas possíveis atribuições, claro. 
Optei, inicialmente, pela relacionada diretamente 
com o título do "cavaleiro", mas pelo contexto 
temos dois outros 18:

Robb Stark e Graywind...

...Bran e Summer, evidentemente.

19. A Muralha.

20. Renly e Margaery.

21. Gregor Clegane.

22. Os caminhantes Arya e Gendry.

23. Cócegas. 

24. Sansa Stark.

25. Casamento de Robb e Talisa.

26. Tyrion Lannister.

27. Os Corvos.

30. Jon Snow.

31.Fogo. Eu pensei em vários personagens, mas
acho que aqui tem que ser aquilo que de mais
"mágico" existe em Game of Thrones". O fogo -
seja de Dragão, Vivo ou o convencional - é a 
arma mais poderosa de todo o seriado.

32. Cercei Lannister.

33. Xaro Xhoan Daxos.


34. Davos Seaworth.

35. O Trono de Ferro.

36. Jaime Lannister.




Essa postagem acompanha o Dia do Baralho Lenormand, proposto pela Chris Wolf, pela Deborah Jazzini e pela Socorro Van Aerts.
Abraços a todos.

Mlle Lenormand, Hilda Furacão e Baralho para Ver a Sorte: celebrando o Lenormand Day.


Olá pessoal. Finalmente temos uma data especial para a celebração de um oráculo por demais querido, por demais preciso, por demais presente na minha vida : O Petit Lenormand, aqui no Brasil conhecido também pelos nomes "cartas ciganas", "baralho cigano" e "Tarô cigano". Essa questão de nomenclatura parece pouca coisa, mas não é. Durante décadas , a personagem principal da história foi eclipsada pelos nômades que a divulgaram (mesmo sem saber disso) e, hoje, temos a oportunidade de mantermos a tradição sem, no entanto, fugirmos às evidências históricas.
A iniciativa de criação deste dia veio pela manauara hoje residente em Amsterdã Socorro Van Aerts, do blog De Keizerin Boutique, onde logo se juntaram Chris Wolf, uma carioca apaixonada pelo oráculo dona do blog Eye of Peregrine, e a paulista Débora Jazzini, estudiosa que palestra sobre Mlle. Lenormand e sua obra e uma das responsáveis pelo site Por Você: um eixo Holanda - Rio de Janeiro - São Paulo, que agora encontra eco e agregamento cá em Minas Gerais. Parabéns meninas, pela excelente iniciativa.

Não sei vocês, mas eu prefiro seriados a novelas. Sobretudo pelo curto período de tempo, que gera uma intensidade maior na elaboração dos diálogos, torna mais intensos os eventos e, especialmente, garante que o fio condutor da trama estará na mão dos escritores (quantas novelas mudaram o rumo dos seus personagens pela aceitação ou desprezo da maioria dos telespectadores?) Entre os seriados brasileiros, um dos meus favoritos é Hilda Furacão - se você não assistiu ainda, tenho certeza que vai ficar com vontade de assistir.


[Hilda Furacão] é uma adaptação do livro de mesmo nome, escrito por Roberto Drummond em 1993. Conta a história de Hilda Gualtieri Müller, a "Garota do Maiô Dourado", uma belíssima e recatada moça da família mineira, que no dia de seu casamento, em 1.º de abril de 1959, abandona o noivo e vai viver em um prostíbulo na zona boêmia de Belo Horizonte. Os seus motivos fazem parte de um mistério muito bem guardado por ela, que intriga o próprio Roberto Drummond, um jovem jornalista que trabalhava para o tablóide "Binômio", de José Maria Rabelo. 
Hilda acaba por despertar a curiosidade dos editores do "Binômio", que escalam Roberto para acompanhar os acontecimentos na Zona Boêmia. Frei Malthus, amigo de infância de Roberto e clérigo bastante respeitado pela família de BH, realiza em plena praça o exorcismo de Hilda Furacão, mas uma súbita tempestade desaba, e todos saem correndo. Hilda, na confusão, perde seu sapato, que é achado por Malthus, e o esconde. 
Tendo como cenário de fundo as transformações do Brasil naquela época, a narrativa se desenvolve de maneira deliciosa, com vários núcleos além dos personagens principais: a ambição de Aramel, o Belo, também amigo de infância de Roberto, de se tornar galã de Hollywood; os conflitos entre a modernidade e o conservadorismo na pequena Santana dos Ferros; a militância comunista; a emisora de rádio Inconfidência e o apresentador MC, apaixonado por Gabriela M. Enquanto isso, Hilda e Malthus se aproximam cada vez mais, vivendo um amor intenso e proibido. A saída de Hilda Furacão do Maravilhoso Hotel tem uma data marcada: o 1.º de abril de 1964, exatamente 5 anos após sua chegada. Mas o dia da mentira também traz o fim de um sonho e o início de um pesadelo, o do golpe militar.
A história parecia ter caído como uma luva para a televisão. Com a adaptação de Glória Perez e direção de Wolf Maia, a minissérie começa a ser gravada em novembro de 1997, contando com supervisão do próprio Roberto Drummond. Boa parte das locações é feita em Tiradentes, cidade histórica de Minas Gerais, e as gravações correm em ritmo acelerado, durando até fevereiro. 
Mas o sucesso de Hilda Furacão é total. Estreando no dia 27 de maio de 1998 e com 31 capítulos, atinge uma audiência de até 32 pontos, superando inclusive a novela das 20 hs, "Torre de Babel". A série conseguiu cativar a atenção do país, em pleno desenrolar de uma Copa do Mundo. O livro de Roberto Drummond chega à lista dos mais vendidos, assim como o CD com a trilha sonora da minissérie. A Globo traduz a série para o francês e inglês, e a coloca à venda no mercado internacional. 
Além da consagração de Ana Paula Arósio, a série ainda alavancou a carreira de vários atores, entre eles Matheus Natchergaele (o travesti "Cintura Fina"), Thiago Lacerda (Aramel) e Carolina Kasting (Bela B.). Justiça feita a tanto sucesso, "Hilda Furacão" recebeu o prêmio de melhor teledramaturgia de 1998 da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA). 

Ficha Técnica 
Adaptação: Glória Perez 
Direção de núcleo: Wolf Maia 
Direção: Maurício Farias e Luciano Sabino 
Direção de Produção: Carlos Henrique Cerqueira Leite 
Gerente de Produção: Roberto Câmara 
Direção Musical: Mariozinho Rocha 
Direção de Fotografia: Ricardo Gaglianone 
Figurino e Direção de Arte: Yurika Yamazaki 
Cenografia: Claudia Alencar e Alexandre Gomes

Elenco:
Ana Paula Arósio (Hilda) 
Rodrigo Santoro (Malthus) 
Selton Mello (Roberto Drummond) 
Thiago Lacerda (Aramel) 
Stênio Garcia (Tonico Mendes) 
Tereza Seiblitz (Gabriela M.) 
Sérgio Loroza (MC - radialista) 
Ricardo Blat (Cidinho - ajudante de Tonico Mendes) 
Carolina Kasting (Bela B. - namorada de Roberto) 
Eva Todor (Dna. Loló Ventura) 
Rogério Cardoso (Ventura - marido de Dna. Loló) 
Cininha de Paula (Luciana - amiga de Dna Loló) 
Débora Duarte (Çãozinha - tia de Roberto) 
Walderez de Barros (Ciana - tia de Roberto) 
Marcos Oliveira (Zé Viana - namorado de Çãozinha) 
Zezé Polessa (Dona Neném - mãe de Malthus) 
Iara Jamra (Beata Fininha) 
Mara Manzan (Nevita) 
Marilena Cury (Alição - prostituta de Santana dos Ferros) 
Thais Tedesco (Alice - prostituta de Santana dos Ferros) 
Yachmin Gazal (Alicinha - prostituta de Santana dos Ferros) 
Paulo Autran (Padre Nelson) 
Marcos Frota (Padre Geraldo) 
Guilherme Karan (João Dindim - sacristão) 
Luís Mello (Padre Cyr) 
Otávio (Mário Lago) 
Chico Diaz (Orlando Bonfim - vereador de BH) 
Cláudia Alencar (Divinéia) 
Paloma Duarte (Leonor) 
Rosi Campos (Maria Tomba-Homem) 
Matheus Natchergaele (Cintura Fina) 
Tarcísio Meira (Cel. João Possidônio) 
Roberto Bonfim (Cel. João Filogônio) 
Eliane Giardini (Dona Bertha Müller - mãe de Hilda) 
Henri Pagnocelli (Sr. Müller - pai de Hilda) 
Arlete Salles (Madame Janete - cartomante de Hilda)


Prestaram atenção no grifo? Temos uma cartomante na história e, sinceramente, não existe história sem ela, de fato. A interpretação de Arlete Sales é impressionante, com requintes e trejeitos que são próprios daqueles que tornam a Cartomancia sua profissão. Eu tenho mais um motivo particular para ter carinho por essa cartomante: ela usa o Baralho Para Ver a Sorte, da COPAG, meu baralho favorito e usado desde sempre para consultas. Para aulas, apresento os padrões iconográficos encontrados no mercado; para atendimentos, busco a familiaridade e a segurança que essas cartas me trazem. 







As imagens são simples, mas claras, com a representação dos naipes. Apesar de ter uma cigana como verso das cartas, não atribuiu-se a ele uma "origem" cigana, nem adaptaram-se as imagens para que essa versão fosse creditável. Atualmente esse baralho encontra-se infelizmente esgotado. Aguardamos uma nova edição da COPAG.
A interpretação das cartas de Madame Janete merece um capítulo à parte. Como diversas cartomantes com quem conversei, não temos aqui uma sala especial para as consultas, mas sim a mesa da sala/cozinha; Madame Janete parece, inclusive, distante do tema da consulta, conversando assuntos paralelos oriundos do seu cotidiano para uma Hilda enfastiada. Mas, sobretudo, observe a certeza com a qual ela afirma veementemente aquilo que Vê.













Repare a colocação de algumas ideias espíritas no meio da conversa. E as coisas que ela diz... "Ninguém vem aqui porque está feliz. Quem senta nessa cadeira, é porque alguma coisa lhe falta".
"O que Deus risca, ninguém rabisca".














Depois da previsão feita e confirmada, Hilda retorna à Cartomante. E novamente, Madame Janete fala coisas que sabemos que na prática são verdadeiras, assim como coisas próprias do cotidiano dela, para manter o costume.
Desejo verdadeiramente que esse dia inspire você a ler suas cartas Lenormand, ou procurar quem as leia para você. Celebramos eu, você e todas as Madames Janete que, embora não estejam visíveis à mídia, levam a palavra certa no momento certo para a pessoa certa, tendo como catalisador um maço de trinta e seus cartas.
Abraços a todos.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Blogagem Coletiva: Questionamento


POR QUÊ?
Em caixa alta e com todos os intensificadores de sentido possíveis, é assim que vejo alguns de meus clientes chegando para uma consulta, sobretudo as que possuem cunho afetivo: com um enorme porque estampado no rosto, por vezes escrito com lágrimas, por vezes escrito em linhas na face. O porquê norteia qualquer busca às cartas. O porquê de um acontecimento e suas reverberações futuras, assim como, mesmo quando esvaziamos a mente e nada perguntamos, as próprias cartas delineiam perguntas que esforçam-se em responder.
De um sentido, de um porquê não se escapa. Se busca.
Pois bem. A ampliação que esse conceito proporciona foge ao espírito do texto, permitindo reflexões posteriores com maior concretude. Penso, hoje, no que não ter certezas proporciona. Questionamentos não são, ipsis litteris, antíteses de certezas, mas tomemo-as por ora como se fossem.


São os questionamentos que nos movem. Sempre. Não dar por certo é não ter respostas prontas e, não as tendo, ter que prepará-las. Preparo esse que vai de encontro à celeridade em que vivemos: é muito mais fácil entrar em um site de busca que pesquisar em alguns livros. Trocentos links se derramam à nossa frente, trocentas imagens, trocentos e-books. Normalmente, consultam-se, quando muito, os dez primeiros.
E essa é uma questão premente quando discutimos sobre Tarô. Muito tem se escrito em sites, blogs, livros saem por diversas editoras e, graças a Dios (e à queridíssima Priscilla Lhacer) baralhos importados tornaram-se deveras acessíveis. Os catálogos das editoras pululam com diversas possibilidades iconográficas radiantes em luz, cor e forma. Tem para todos os gostos e desejos. Associe imagens várias a opiniões várias e você tem um caldeirão fumegante de possibilidades de dar o primeiro passo no caminho do Tarô. Muitos caminhos sempre confundem e, claro, perguntamo-nos: "Qual é o caminho certo?c Qual é o melhor baralho? Quem possui a verdade sobre o Tarô?"
Antes isso do que certezas imediatas, mas ainda assim estamos no primeiro passo. E as respostas para tais perguntas não estão no Google. Ok, até estão, mas tão envoltas em opiniões que dispenso comentários sobre.
Mas existe também outro problema. E, se depois de termos nos apaixonado por um baralho, ou por um autor, ou por um método, descobrirmos que ele estava "errado"? Tudo o que vivenciamos não passava de "ilusão"? Devemos começar o caminho todo de novo, de onde - porque até o retorno já é todo um caminho?
Ou, talvez para um apaixonado como eu pela Arte, e se um dia você questiona se ler cartas é o caminho certo para você? E o que acontecerá se você abandonar a prática? Algum dos seus protetores se virará contra você? Você se arrependerá e não terá coragem de voltar? Ou, talvez o pior de todos os questionamentos: sua vida "andará para trás"?




Não, não é fácil aceitar um caminho só para a vida toda, mas a melhor parte é que isso é uma escolha consciente o tempo todo. Um eterno questionamento de que se está - ou não - fazendo a coisa certa e, depois de anos de prática, a minha experiência diz que só existe uma pessoa capaz de responder a todos os seus questionamentos sobre a sua Arte: o seu cliente. E ninguém mais; porque ele beberá sedento das suas palavras para tentar resolver o PORQUÊ garrafal com o qual iniciamos essa conversa. E, mesmo que seu único cliente seja você mesmo, somente a comprovação das suas visões garantirá o conforto de saber que se está no caminho certo. 
Isso, até a próxima vez em que você abrir as cartas.


Por isso, questione tudo. Inclusive a motivação desse texto. Leia mais livros, faça mais exercícios, conheça mais baralhos, métodos e autores. Muita gente boa está debaixo do décimo link ofertado por sites de busca. Aqui no Conversas você encontrará excelentes profissionais falando sobre suas práticas na Blogagem Coletiva. Sempre temos postagens sobre baralhos e livros. Evidentemente, sob a ótica de um único crítico, o blogueiro que vos fala. Frequente eventos. Converse tête-a-tête com aqueles que admira, e mais ainda com aqueles com quem não concorda. E pratique, sempre que puder, sem medo de errar, porque você não errará.
Desenhe seus Arcanos. Aprendi isso com a Sarah Helena, e tenho acompanhado a experiência criativa de perto da Katharina Dupont. Me surpreendo com a riqueza de detalhes que emergem dos baralhos que me proponho a colorir... 
Duvida? Me ponha à prova. SE ponha a prova. Não confie em nada que não tenha posto à prova primeiro. Inclusive, todos os questionamentos propostos com esse texto.
É muito simplório, muito lugar-comum, dizer o quanto me questionei sobre como escrever sobre isso? Talvez seja, mas é fato e contra fatos não há argumentos.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Viagens.


Carruagem
Ancient Italian

Creio não existir nada mais prazeroso que viagens. Viagens são pacotes de surpresas esperando por nós em outros lugares. Pensando por esse lado, viajar é como procurar o presente de Natal ou o ovo de Páscoa, só que a alguns quilômetros de casa – e, definitivamente, sem nenhuma certeza de encontrar o que se procura, de fato.
Por isso o prazer em viajar. São outros sabores, outros odores, outros olhares, sensações diversas daquelas a que nos acomodamos, por comodismo ou por ausência de opção. Há quem faça da viagem uma fuga do conhecido, por isso. Qualquer coisa é melhor do que o que já se conhece.
Seis de Espadas
Universal Waite

Outros há que, por puro apelo futuro e falta de opção, fazem-se Ciganos de um mundo cujas porteiras foram levadas pelo vento. Em curvas e contracurvas rococós de possibilidades diversas, mergulham no desconhecido sem entender, exatamente, aonde é que esse mergulho vai dar – ou se terão oxigênio suficiente para voltar.
Há que se considerar também o detalhe: viagens são mais poderosas para marcar um corpo que uma tatuagem. Uma tatuagem ainda pode ser removida, mas uma vivência deixa marcas suavemente indeléveis em rostos, linhas de mão e destinos ilegíveis em nenhum lugar. Se previamente traçados, sabedeus; se futuramente alterar-se-ão, também.
E falando de mundos e linhas, viver também é uma viagem que terá um fim pelo menos nessa estrada que trilhamos. Que façamos proveito da passagem.
Abraços a todos.