segunda-feira, 19 de julho de 2010

Organizando o baralho de Tarot

Olá pessoal.
Cada baralho, para mim, possui uma especificidade de vocabulário. Contudo, todos falarão sobre os temas que o consulente precisa entender. A minha escolha decorre do vocabulário que considero mais adequado à compreensão do consulente.
Mas, pensando no uso do Tarot e dialogando com o post anterior, gostaria de falar um pouco sobre as diferentes formas de se utilizar o grupo de cartas que forma este baralho, especificamente. Afinal de contas, da forma de utilização deriva a denominação...



22 cartas: É o costumeiro para iniciantes, ou para aqueles que tem alguma dificuldade com os Arcanos Menores. Das informações oriundas do nome, do número e da imagem dos 22 Arcanos são hauridas as principais leituras. Utilizo essa estrutura em jogos de emergência, quando quero uma resposta rápida. Existem cartomantes que se especializam no uso desse grupo e conseguem respostas precisas, que eu conseguiria com o uso do grupo todo – Arcanos Maiores e Menores.
Por vezes, deixo os Arcanos Menores de lado apenas para treinar a Visão do cotidiano aplicada aos Arcanos Maiores.



42 cartas: Não é muito usual, mas considero uma alternativa de transição para o baralho completo. São utilizados, além dos 22 Arcanos Maiores, a Corte – Rei, Rainha, Cavaleiro e Valete – somados ao Ás de cada naipe. Dessa forma, os personagens da Corte representam pessoas ou situações, e os Ases a plenitude da informação oriunda do naipe. No Brasil, tenho conhecimento de dois baralhos editados dessa forma: O Tarô Místico, da Celina Fioravanti, e o Tarô dos Anjos, da Monica Buonfiglio. Nenhuma das duas autoras remetem esse jogo a uma tradição ou a uma edição anterior em sua bibliografia, embora afirmem que seus respectivos baralhos são cabalísticos; não sei a procedência dessa forma de organizar as cartas, do que conheço das relações entre Tarot e Cabala. Não acredito, por falta de referências, que esta organização seja legitimamente brasileira. Utilizo o método apenas quando trabalho com os referidos baralhos.
Nota em 27 de março de 2011. Tendo ganho o Tarot Visconti-Sforza, tive o primeiro contato com essa forma de organizar o maço de cartas, de origem internacional. Stuart Kaplan sugere o uso das 42 cartas para a Cruz Celta, ou jogo de 10 cartas. 



56 cartas: Quando são utilizados apenas os Arcanos Menores. Nunca usei; quem aponta para este uso é a Patricia Fernandes. Quando é para usar as cartas ligadas ao cotidiano, prefiro usar o Baralho Inglês (nossas cartas comuns de jogar), de 52 cartas (quando usamos os significados das cartas de Tarot para as cartas de jogar, os significados do Cavaleiro se diluem entre o Rei e o Valete), ou o Baralho Francês, de 32 cartas (que possui significados levemente diferentes). Como já disse antes, não sei utilizar o Baralho Espanhol... ainda. E não possuo (ainda) o Grand Jeu de Mlle. Lenormand.



78 cartas: a forma mais completa de usar o Tarot, com seus 22 Arcanos Maiores e 56 Menores. A forma que eu utilizo correntemente, quando a edição do baralho permite. Dividindo os naipes em temas, e tomando os Arcanos Maiores como as lições a aprender, temos um panorama completo da vida do consulente com extrema precisão e máxima facilidade. É um pouco difícil guardar os principais significados de cada carta, sobretudo das cartas numeradas do Tarot de Marselha; devido a esse fato, temos hoje em dia baralhos com ilustrações que auxiliam a interpretação das mesmas (todos herdeiros do Rider Waite) ou com nomes próprios nas cartas (como o Thoth de Aleister Crowley). Só a prática, contudo, nos garante a precisão, nessa ou em outras organizações, mesmo que somente de 22 lâminas.
Até a próxima.

2 comentários:

  1. Emanuel, Excelente o seu site. Voce joga para clientes? Tem email para contato?

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  2. Oi Paulo. Infelizmente, só vi sua postagem hoje. Sim, atendo clientes sim, todos os contatos estão na aba Consultoria e Atendimentos, abaixo do título do blog. Obrigado.

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Quando um monólogo se torna diálogo...