terça-feira, 13 de abril de 2010

O Tarô Zen, de Osho: O jogo transcendental do Zen

 
Olá pessoal. Fazia tempo que não postava algum comentário sobre baralhos que costumo usar, e este, em especial, tem sido presente em minha vida – tenho aberto este baralho com certa freqüência.
 

O Tarô Zen, de Osho, foi desenvolvido por Ma Deva Padma (Susan Morgan)  (apresentada no Clube do Tarô por Jaime Cannes) a partir de 1989, sendo resultado de diversas reflexões suas e de outros membros da Osho-Comunidade Internacional. A edição brasileira é da Editora Cultrix e conta com tradução de Paulo Rebouças. Possui 79 cartas – as 78 do Tarot convencional, somadas a uma carta que representa o Mestre (Osho), aquele que transcendeu a Roda. Ou, no contexto em que essa carta aparece no jogo, aquele que o está prestes a encontrar...
 

A estrutura do baralho segue a do Rider Waite. Inclusive, muitas imagens revelam clara inspiração no referido baralho. Duas cartas apenas mantém seus nomes originais – o Bobo e os Amantes. Todas as demais receberam novos nomes, mais próximos à sua interpretação simbólica que à sua representação gráfica. Os quatro naipes também receberam novos nomes – Paus tornou-se Fogo; Copas, Água; Espadas, Nuvens (assim como as nuvens turvam a passagem da luz, esse naipe representa a capacidade da mente de obstruir a passagem da voz da consciência... ainda que sejam efêmeras); e Ouros, Arco-Íris (para mim, o insight mais preciso desse baralho, que utiliza o arco-íris, ponte entre o céu e a terra, como referência para a funcionalidade dessas lâminas tanto nos níveis mais densos quanto nos mais sutis).
O primeiro baralho referente a Osho que conheci foi o Neo Tarot, edição esgotada da Editora Madras (que poderia muito bem ser reeditada, em uma edição limitada que fosse). Silvia Theberge o apresentou como fonte de mensagens diárias, mas definitivamente eu não tinha a dimensão das cartas que eu retiraria. Até hoje guardo de memória minha primeira leitura, não somente como uma recordação, mas também como um direcionamento. São sessenta cartas, cada uma delas relacionada a uma lição deixada pelos mestres de diversas religiões e crenças, comentadas por Osho. Veja as cartas aqui, e experimente esse jogo aqui.
Para cada lâmina deste baralho, temos a leitura simbólica de seu potencial pictórico, relacionada a um comentário feito por Osho. São leituras voltadas para o momento presente, focados na consciência pessoal do livre-arbítrio daquele que consulta as cartas. Magnífico.
Deixo, nesse post, minha gratidão ao Eclair, amigo e companheiro de jornada, que me presenteou com esse baralho. 
 

P.S.: Descobri  que existem duas versões: uma com 78 cartas, a que possuo, e esta, com 22 cartas.
 

Experimente jogá-lo online aqui.

6 comentários:

  1. Sabe que já vi vários taros que tinha justamente essa possibilidade? Um com 78 lâminas e outro com apenas 22. Tive um assim: o taro das bruxas. Mas hoje tenho dois tradicionais que não tem essa questão, ao menos não até o presente momento. Grande abraço carissimo

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  2. Cara, muito legal seu blog! estarei seguindo.
    Eu aprecio muito os escritos e Osho e já vi este tarot, mas AINDA não o possuo. rs
    Abraço

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  3. Oi Lunna, Tarot das Bruxas eu conheço vários, exatamente pq os autores se propõem a ser os mais próximos da tradição etc e talz...
    Quais tradicionais você possui?
    *
    Oi Daniel! Obrigado pela sua consideração!
    Pela questão de preço, eu continuo com o que já possuo. Mas não li o livro do segundo, logo não tenho como avaliá-lo.
    Abraços!

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  4. Olha pessoal, escrevi sobre o outro baralho, que adquiri recentemente: http://conversascartomanticas.blogspot.com/2011/02/o-espirito-do-zen-no-taro-de-osho.html

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  5. Tirei hoje a carta O Mestre, Qual o significado dela? Por favor!

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    1. Oi Mauro, faz uns dias que você tirou a carta, espero que ainda seja útil o comentário. O Mestre, se bem me lembro, diz respeito não só sobre a mestria de si mesmo, como do apoio de um Mestre na jornada. Eu não uso essa carta, já que para mim é a soma do Hierofante com o Eremita, mas espero que tenha sido um dia gracioso para você.

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Quando um monólogo se torna diálogo...