quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O diário de jogos

Olá pessoal. Depois de um "jejum" de algumas semanas, incluindo a semana do Natal e do Ano Novo - estava produzindo os textos para uma programação da Rádio Tropical de Três Corações - estamos de volta. Com o início do ano da Imperatriz, as frutificações começam e temos que nos adaptarmos a elas. 


Ontem, enquanto buscava uma informação acerca dos Elfos para uma próxima postagem, encontrei um registro de jogo de 2004, do dia 4 de setembro, para ser preciso. Foi um jogo que eu e minha avó fizemos juntos, quando eu passei no vestibular, poucos dias antes de eu sair de casa. Jogamos o baralho comum, que ela me ensinou, mas eu fiz a Cruz Celta, um jogo que ela ainda não conhecia. Juntos interpretamos as lâminas e, acredite, até hoje esse jogo me inspira, tanto a seguir em frente quanto recordações agradáveis.

Lembro-me também, não com certo aperto no coração, de um jogo que fiz para o primeiro semestre de 2006. Um três e um Cinco de Espadas, para os meses de maio e junho, figuraram como uma das maiores lições que tomei na vida. Hoje eu a vejo como necessária, mas naquela época... Ate eu entender a razão, demorou.



Tenho tantos registros de jogos que por vezes me perco entre eles, mas todos são importantes. Não acho essencial registrar todos os jogos feitos, mas há certos jogos que precisam ser lidos e relidos, mais de uma vez, para que seu conteúdo hermético seja revelado. Além disso, outros aspectos das cartas se revelam quando nos permitimos vivenciá-las por um determinado período de tempo.
Alguns Bruxos registram seu jogos em seu Book of Shadows; Magos em seus Grimoires (ou Grimórios); Cartomantes, em seus Caderno de Jogos (caso não tenham um Livro das Sombras ou um Grimório, claro). Eu tenho um diário onde escrevo tudo, para facilitar o acesso. Queria que ele fosse *cute*, como a maior parte das fotografias de livros que vemos,(dá uma olhada nesse aí em cima!), mas decidi que ele seria apenas funcional. Foi uma ótima decisão, que permitiu que eu o usasse tanto tempo. Afinal de contas, esferográfica azul tem em qualquer lugar... Dia desses eu faço um compilado bonitinho.
Sugiro que você, leitor do blog, faça uma experiência. Experimente fazer um jogo longo, para uns seis meses, elaborando previsões. Não se limite nesse ponto. Tente visualizar datas (conheço alguns sitemas: temos o oferecido por Celina Fioravanti em seu Tarô Místico,  o desenvolvido por Monica Buonfiglio em seu Tarô dos Anjos, e o presente nas cartas do Tarô Adivinhatório, da Editora Pensamento. Contudo, por vezes o melhor é se ater a sua intuição do que ao que está na tabela - as sensações do jogo sempre são soberanas a qualquer livro). 


Tente visualizar lugares. Pessoas. Situações. Acontecimentos.

Anote tudo. Tudo o que ver, intuir, sentir, ou mesmo recordar do livro. Tudo é importante nessa hora.
E vivencie o período do jogo. Não costumo reler o jogo com menos de um mês, para não ficar sugestionado. Contudo, essa escolha é sua. Após o período (que eu, particularmente, sugiro que não seja maior que seis meses), faça um exercício de reflexão com o texto escrito por você mesmo. Você consegue identificar os padrões vivenciados com aqueles outrora vistos? O jogo auxiliou sua caminhada de alguma forma? Quão preciso você foi em relação a datas, locais e acontecimentos? O jogo lhe permitiu evitar situações conflituosas ou trabalhar algum aspecto da sua personalidade?
Eu faço esse processo semestralmente desde 2004, e tenho tido ótimos resultados. Não só em relação à reflexão sobre mim mesmo, como também na interpretação de encontros e parcerias entre as cartas.
Até o próximo post.










4 comentários:

  1. Emmanuel, leio o teu blog já faz algum tempinho, não sei porque nunca comentei, talvez esperasse ler mais e formar opinião, agora sim já posso dizer: é muito bom!
    sempre que postas estou aqui pra ler, encontrei teu blog quando procurava coisas pra ler sobre o tarot de lenormand, porque eu tinha em casa, queria jogar mas precisava de mais informação e acabei encontrando aqui, lendo e gostando do blog todo! (me ajudou muito aquele post)
    esse foi outro post que eu adorei, excelente dica! é tão simples... já me aconteceu de os fatos se realizarem de alguma forma e eu ficar tentando lembrar o que saiu na jogada de cartas... agora vou anotar...
    Muito obrigada, parabéns novamente! e poste sempre.

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  2. Eu não entendo muito o que significa um ano regido pela Imperatriz e por Vênus, mas imagino!
    De qualquer maneira quero agradecer as palavras de carinho e reforçar mais uma vez o meu respeito e adminiração pelos seus textos e pela responsabilidade com que os escreve.

    Abçs

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  3. Emmanuel, tenho a maior admiração por quem saber jogar o tarô.
    Acredito que são pessoas com a alma refinada. Parabéns!

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  4. Oi Juliana! Fico muito feliz que essa postagem tenha te dado um toque! Como disse, é muito legal a sensação de "olhar de cima", "olhar de fora", uma situação já vivenciada. E um ótimo meio de estudo, porque parte da vivência dos Arcanos, não somente de sua leitura. É muito mais profundo!
    Oi Tatiana! Eu escrevi algo sobre o Ano de Vênus e da Imperatriz para o Clube do Tarô (www.clubedotaro.com.br)! Mas especificamente no seu caso, é para lembrar da sua boa sorte, e das risadas que você dará desse desabafo que fez! Ficp muito feliz com as suas considerações sobre este blog, são elas que me fazem seguir adiante!
    Oi Carolina! Eu também sou grato pelo seu trabalho, sempre leio seus textos no Personare e vejo que você é plenamente envolvida com o que faz! Um raro caso de devoção, sem dúvida!
    E, claro,obrigado a tod@s os leitores do blog por continuar me acompanhando!!

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Quando um monólogo se torna diálogo...